Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
BMW 320i: por que ele é o preferido dos entusiastas dos carros
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No universo em que os sedãs estão perdendo completamente a relevância, como o do mercado brasileiro, o BMW 320i é exceção. O modelo foi o carro de luxo mais vendido do primeiro semestre, com 2.829 emplacamentos.
Pode parecer pouco, mas você mudará de ideia em dois tópicos. O primeiro é o preço: o 320i parte de R$ 267.950 e chega a R$ 299.950 em sua versão mais badalada, a M Sport. Além disso, o segundo carro de luxo mais emplacado no semestre, Volvo XC40, somou 1.823 exemplares.
Quando se compara o 320i a outros sedãs, a vantagem é ainda maior. O Mercedes-Benz Classe C, segundo colocado no segmento de três-volumes de luxo, teve apenas 550 unidades vendidas no período.
Mas o que explica o sucesso do BMW? Simples: ele é carro de entusiastas, daquelas pessoas completamente apaixonadas por automóveis. Em um segmento de nicho, isso faz toda a diferença. A compra do carro de luxo é emocional. Por isso, o modelo premium precisa ter argumentos que mexem com os sentidos de quem compra.
BMW Série 3 manteve a essência
O Série 3 tem atualmente duas versões de conjunto mecânico no Brasil: 320i e 330e. O 330i caiu fora, e restou na configuração com final "30" a versão híbrida.
O 320i, por sua vez, manteve sua diretriz de "carro raiz". Nada de auxílio de motor elétrico. Turbo ele é, mas os entusiastas já entenderam que isso não é problema. Para ser aspirado, tem de ser um bom aspirado, e isso é raro.
O modelo da BMW evoluiu, ficou mais tecnológico, mas não perdeu a essência. E isso é o ponto principal da equação. Ele manteve, antes de mais nada, a tração traseira. Mesmo nessa marca alemã, a dianteira e a 4x4 vêm sendo adotadas.
Não no Série 3. Ele é, e provavelmente será para sempre, um carro de tração traseira. Um automóvel que exige mais do motorista, ou piloto, e o deixa sentir mais a sensação de estar no comando do carro. Experimente o 320i na chuva, subindo a serra, mesmo com o controle de estabilidade ligado: para controlar o sedã, é preciso ter "braço".
Mas não é só isso. Se conforto é seu negócio, esqueça o 320i ou qualquer modelo da gama Série 3. Dá para usar normalmente o veículo no dia a dia, mas o ajuste da suspensão, especialmente na versão MSport, foi feito para que o motorista sinta as reações. Sinta tudo.
Sabe aquele termo "rodar sobre trilhos", que usamos para expressar o conforto de um carro? Ele não se aplica ao 320i MSport.
Carro de entrada da emoção
O 320i é a entrada do segmento de carros para entusiastas. Não está ao alcance de qualquer pessoa. Pelo contrário: o MSport exige investimento de quase R$ 300 mil. Mas atende quem quer, por exemplo, um Porsche esportivo, mas ainda não tem condições, ou acha que não é o momento, de investir o dobro (ou mais).
Ou ainda aquele cliente que já investiu o dobro para ter um Porsche, mas quer um carro emocionante mais preparado para lidar com as condições do dia a dia. E, como investir alto em um carro é emocional, o 320i é o automóvel de entrada no mundo da emoção.
E olha que ele nem anda tudo isso. Seu 2.0 turbo tem 184 cv de potência e bons 30,6 mkgf de torque a apenas 1.350 rpm. Ele acelera com competência, mas ninguém vai comprar um 320i porque ele anda muito.
No sedã da BMW, a questão não é o ímpeto de acelerar, e sim a conexão homem-máquina, coisa cada vez mais rara em uma indústria que vem mudando e abandonando o prazer de dirigir como ingrediente principal.
Mas claro que o 320i se atualizou e também tem suas tecnologias. Internet a bordo, painel virtual, assistente de voz com comando artificial e sistema semiautônomo de condução estão entre as principais. É um carro adequado ao presente, mas que não abandonou seu passado. Está aí o segredo do sucesso.
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