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Por que o Jeep Renegade não terá mais motor a diesel

Novo Jeep Renegade 1.3 flex - Rafaela Borges/UOL
Novo Jeep Renegade 1.3 flex Imagem: Rafaela Borges/UOL

Colunista do UOL

03/01/2022 04h00

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Na linha 2022, a ser lançada em fevereiro deste ano, o Jeep Renegade terá apenas uma versão de motor. Trata-se do mesmo 1.3 turbo de 185 cv que equipa Compass, Commander a a picape Fiat Toro. Com isso, saem de cena tanto o antigo 1.8 flex aspirado quanto o 2.0 turbodiesel na gama do menor Jeep à venda no Brasil.

O adeus do motor a diesel, aliás, é um ponto de preocupação na cúpula da marca de utilitários esportivos. Executivos temem que o consumidor fique de pé atrás com a combinação de motor flex com tração 4x4, que será usada em algumas versões do SUV de entrada da montadora.

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Tanto que, durante a pré-estreia do carro, 90% do teste foi realizado em trecho off-road. O objetivo era mostrar que, com o motor flex, a aptidão do carro para o fora de estrada continua inabalada. Inclusive, para os modelos 4x4 o câmbio é o automático de nove marchas típico dos veículos a diesel da Jeep. Os 4x2 vêm com o de seis velocidades.

Novo Jeep Renegade 1.3 flex rodas - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Imagem: Rafaela Borges/UOL

No teste rápido, o desempenho do Renegade no off-road pareceu o mesmo de antes. E não tinha por que não ser. O consumidor tende a associar a valentia de um propulsor a diesel com aptidão para o fora de estrada, mas o fato é que os dois maiores ícones das trilhas vendidos no Brasil são a gasolina: Land Rover Defender e Jeep Wrangler.

Claro que o alto torque em baixa dos motores a diesel pode auxiliar em situações adversas, mas o 1.3 flex também tem boa força em baixa rotação: são 27,5 mkgf a 1.750 rpm. A associação do diesel com 4x4 pode sim ser essencial para quem usa o veículo para situações extremas no trabalho, como no agronegócio.

Por isso, fica claro que o posicionamento do Renegade 4x4 é muito mais focado no universo da aventura, não da lida.

O diferencial de verdade do propulsor 2.0, agora disponível no Compass, no Commander e na Toro, é a autonomia. O carro rodava mais de 600 km por tanque, um cenário ideal para quem precisa fazer longas viagens com frequência.

Por que o Renegade a diesel saiu de linha?

Renegade flex traseira - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas, afinal, por que a Jeep decidiu dizer adeus ao Renegade turbodiesel? O modelo já representou 30% das vendas da gama. Porém, desde 2020, não passava dos 8%. Com o aumento nos preços dos carros, impulsionado pelo cenário da pandemia, o SUV de entrada acabou ficando caro demais.

De acordo com fontes da montadora, houve uma migração de clientes do Renegade para o Compass a diesel. Este SUV é mais espaçoso e tem porta-malas mais generoso, fatores com forte apelo para o cliente desse tipo de modelo.

A marca espera que, com a saída do motor a diesel, o Renegade 4x4 cative mais clientes. Isso porque carros com motores flex pagam menos impostos que os modelos a diesel. Por isso, o SUV com essa opção de tração deverá ficar mais barato do que antes.

Isso porque a tração 4x4 era associada apenas aos motores a diesel. Essa prática foi mantida no Compass, no Commander e até na Toro. No Renegade, no entanto, houve uma renovação da estratégia.

O que muda

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O novo Renegade mudará menos que o Compass. Dentre os destaques há um novo painel virtual personalizável. Porém, ele não é igual ao do SUV maior, mas o mesmo usado na Toro, mais simples.

O modelo não ganhou saída de ar-condicionado para o banco traseiro, mas passa a vir com carregador de smartphones sem fio. A central multimídia traz atualizações no sistema, embora mantenha a tela do modelo anterior. No Compass, esse detalhe foi renovado.

Outra coisa que muda no Renegade é o volante, que fica igual ao do Compass. No visual, destaque para os novos elementos full-LEDs nos faróis, leve atualização na grade frontal e para-choques mais pronunciados.

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