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Ford completa 1 ano como importadora; veja a situação da marca no Brasil
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A Ford completou um ano como importadora no mercado brasileiro. Integrante do grupo de quatro primeiras montadoras do Brasil, a empresa, que já foi líder de mercado, anunciava em 11 de janeiro de 2021 o fechamento de todas as suas fábricas em território nacional.
Naquela data, saíram de linha os modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport, que eram responsáveis pela maioria das vendas da Ford. Logo após o anúncio de fechamento das fábricas, veio o novo posicionamento da empresa no Brasil. O objetivo anunciado: construir uma imagem de marca premium.
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Para isso, a linha de produtos importados tem como principal diretriz modelos de segmentos de maior valor agregado e muito bem equipados. Além do esportivo Mustang, a gama passa a ser composta por picapes e SUVs.
Lançamentos da Ford
Desde que deixou de ser fabricante, a Ford fez dois lançamentos importantes no mercado brasileiro no segmento de carros de passeio. Vieram o Mustang Mach 1, sucessor do Mustang GT, e o SUV médio Bronco Sport. Preços: R$ 545 mil e R$ 272.650, respectivamente.
Agora, a marca se prepara para lançar a picape Maverick, com proposta semelhante e porte um pouco superior ao da Fiat Toro, mas posicionada acima em preço e equipamentos. O novo modelo será apresentado aos brasileiros no dia 15 de fevereiro.
Entre este ano e o próximo, estão previstos o utilitário-esportivo off-road Bronco (rival do Jeep Wrangler), o SUV elétrico Mustang Mach E e a picape grande F-150, com porte de Ram 1500.
Perda da participação
A Ford já não estava com essa bola toda antes da mudança de condição de fabricante para importadora. A marca encerrou o ano de 2020 como quinta em volume de vendas. Já não fazia mais parte do grupo das quatro maiores montadoras, que por décadas formou junto com Fiat, Chevrolet e Volkswagen.
Em janeiro de 2021, com o impacto do anúncio do fim da produção, mas ainda vendendo o estoque dos produtos nacionais, foi a oitava colocada no ranking de vendas. No fim daquele ano, havia caído para a 11ª posição.
Em janeiro de 2022, sem interferência dos produtos nacionais - cujos estoques duraram por alguns meses de 2021 -, caiu para o 13º lugar. Se comparada às marcas consideradas premium, a Ford vai bem.
Ficou à frente de todas (BMW, Volvo, Audi, Mercedes-Benz e Land Rover, entre outras), com 1.473 emplacamentos no mês passado - em janeiro de 2021, somou pouco mais de 8 mil unidades vendidas.
Por outro lado, esse número é impulsionado por um modelo de volume médio, a Ranger, que é produzida na Argentina. Descartada a picape (e o utilitário Transit, de baixo volume), a Ford somou 248 emplacamentos apenas. Ficou atrás de todas as marcas citadas acima.
O resultado é justificável. Atualmente, a marca tem apenas três carros de passeio na linha. Além do Mustang e do Bronco Sport, há o SUV Territory.
Para este ano, no entanto, a participação geral tende a melhorar. A Maverick deverá chegar para ser o segundo Ford mais vendido do Brasil, atrás da Ranger. O segmento do qual ela faz parte é de alto volume - a Toro está entre os dez mais emplacados do Brasil.
Além disso, a categoria é carente de representantes. A Maverick não fará volume nem próximo ao da Toro, já que tem apenas uma versão, com preço alto. Mas deverá cativar clientes que desejam uma picape intermediária, com apelo aventureiro e foco em estilo de vida, e não querem o modelo da Fiat.
Rivais de verdade
Antes, a Ford era rival de Fiat, Chevrolet, Volkswagen e Hyundai, entre outras marcas generalistas. Agora, os concorrentes mudaram. Não são Audi, BMW, Land Rover, Volvo e Mercedes-Benz. Isso porque o cliente é bem diferente.
Essas montadoras são premium em todo o mundo, não apenas no mercado brasileiro. Além disso, a linha da Ford é diferente, e os produtos mais fortes em volume são as picapes.
Eu vejo a Ford como rival de algumas versões de modelos da Jeep, como o Compass Trailhawk (topo de linha). Outra marca com a qual a norte-americana deve brigar por clientes é a Mitsubishi. O volume de ambas, aliás, é bem próximo tanto na soma de vendas de automóveis e comerciais leves, como considerando apenas o segmento de carros de passeio.
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