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Por que Aston Martin DBX de R$ 2,8 milhões não é o SUV de James Bond
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Há alguns símbolos que fazem parte da história do espião secreto 007 no cinema. Um deles, talvez o mais forte, é a marca Aston Martin. Bond sempre esteve ao volante de carros da montadora britânica.
Quando pesquisamos o Aston Martin DBX no Google, é bem comum encontrar títulos como "o SUV de 007". Mas a realidade é que o primeiro utilitário-esportivo da marca jamais esteve em um filme de James Bond.
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Qual é a razão? De acordo com informações da UK Motors, importadora oficial da marca britânica, no segmento de utilitários-esportivos o contrato da franquia é com a também inglesa Land Rover.
Por isso, James Bond, cujo mais recente filme estreou faz pouco tempo, pode ser visto ao volante de qualquer Aston Martin, menos o DBX. Uma pena para Daniel Craig, seu último intérprete, pois conduzir o SUV é uma experiência muito legal.
Na cola do Urus
Na década passada, a Aston Martin teve representação oficial no Brasil. Seu representante foi Sergio Habib, ex-presidente da Citroën e atualmente à frente da JAC Motors.
A empreitada logo foi abandonada. Agora, a Aston volta com a UK Motors, braço da rede Eurobike que também traz ao Brasil modelos da McLaren. A cerimônia que marcou a inauguração da revenda da montadora inglesa ocorreu na semana passada, em São Paulo.
O DBX é um dos destaques da Aston Martin do Brasil. Apesar da tradição da marca no segmento de esportivos, em qualquer categoria é dos SUVs que os clientes parecem gostar mais.
Essa tese é reforçada pelo sucesso do Urus, que vende tudo o que tem destinado ao Brasil. Aliás, é para concorrer com o Lamborghini que a Aston Martin trouxe o DBX, que tem preço inicial de R$ 2,8 milhões.
Com 5,04 m de comprimento e porta-malas com mais de 640 litros, o DBX se destaca pelo amplo espaço interno e a sofisticação do acabamento. Outro destaque fica por conta do design. Por onde passa, o SUV chama a atenção - claro que o fator novidade contribui bastante para isso.
Ao volante do DBX
Recentemente, foi apresentada uma nova versão do DBX, que entrou em evidência por fazer do carro o SUV mais potente do mundo. São 707 cv.
Porém, essa configuração ainda não chegou ao Brasil. Por enquanto, a disponível é a de 550 cv, com 71,2 mkgf de torque. Esses números são entregues por um V8 4.0 biturbo de origem Mercedes-Benz - a marca alemã tem participação na Aston Martin.
O câmbio automático de nove marchas, da ZF, também é o mesmo usado pelos Mercedes. E como é guiar esse SUV, que divide com o AMG GTR o posto de safety car da Fórmula 1?
O que chama a atenção no DBX é sua posição de guiar, extremamente baixa para um SUV. A sensação é de estar ao volante de uma perua. Com suspensão adaptativa, é bem grudado no chão e faz curvas como um sedã esportivo - mesmo com quase 2.300 kg.
O zero a 100 km/h não é em menos de 4 segundos, como no Urus ou no Cayenne Turbo S e-hybrid, por exemplo. O DBX cumpre essa missão em 4,5 segundos.
Ainda assim, as respostas do acelerador são viscerais, gerando aceleração brutal. Isso acompanhado pelo som instigante do V8, que tem escapamento esportivo para roncar ainda mais alto no modo de condução Sport+.
O ponto negativo fica pelo excesso de botões no console central. A indústria está obcecada pela redução de botões e, quanto menos o carro tem, mais moderno parece. Além disso, a central multimídia não é sensível ao toque.
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