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Compass ou Commander? Chevrolet Equinox, afinal, é concorrente de quem?
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O SUV mexicano Chevrolet Equinox regressou ao Brasil com nova roupagem e em duas versões: RS e Premier (R$ 204.990 e R$ 221.990, respectivamente). Os valores são próximos, mas estão levemente acima do cobrado pelas duas opções mais caras do líder Compass (flex), Limited e Série S (R$ 194.490 e R$ 216.990, nesta ordem).
Já do Commander de entrada (Limited Flex), o Chevrolet se aproxima - o Jeep custa R$ 223.690. Porém, fica bem abaixo do topo da linha flexível, Overland (R$ 251.990). Mas, afinal, o Equinox é concorrente de quem?
Esta é uma pergunta difícil de responder. A principal razão é que a categoria de SUVs médios, da qual primordialmente fazem parte todos esses modelos, ficou muito variada nos últimos anos. Modelos cresceram, versões de sete lugares se proliferaram, e criou-se praticamente uma subcategoria dentro desse grupo.
Difícil de explicar, mas não impossível. O Equinox não se enquadra nem no grupo do Compass, nem da turma do Commander. Ele é para clientes que precisam de um pouco mais que o Jeep menor sem, necessariamente, tudo o que o maior oferece.
Aqui, você vai entender quem é, afinal de contas, esse tal de Equinox. E por que ele está gerando tanta confusão na cabeça das pessoas quando o assunto é concorrência.
Tiguan começou essa bagunça
Na geração passada, o Tiguan era um SUV médio. E o fim de papo. Seria um rival direto do Compass, se os dois tivessem tido muito tempo para convivência. Só que o Jeep chegou em 2016, e o VW mudou de geração um pouco depois.
O modelo da Volkswagen chegou totalmente renovado e bem maior que o Compass. Além disso, trouxe o diferencial e tanto: os sete lugares em suas duas versões mais caras.
O Tiguan teve ótimo desempenho de vendas no começo, mas nunca chegou a ameaçar o Compass. No mesmo período, veio o Equinox, que foi entendido, por suas dimensões, como um modelo mais próximo do VW que do Jeep.
Porém, tinha uma falha: nada de sete lugares. Compensava isso, no entanto, com um argumento e tanto: o forte motor 2.0 turbo que o tornava mais ágil que qualquer um dos rivais.
Sete lugares virou prioridade
O Equinox foi bem no começo das vendas, mas acabou não obtendo o mesmo sucesso do Tiguan. Ausência de sete lugares? Esse é um bom argumento, mas não o único.
Fato é que o bom exemplo do Tiguan acabou levando as montadoras a investirem mais em SUVs médios de sete lugares. Logo veio o Caoa Chery Tiggo 8 e, recentemente, o Commander.
As fabricantes, no entanto, não abandonaram os SUVs médios convencionais. Afinal, os sete lugares são importantes, mas quem vende mesmo é o Compass. Por isso, a Volkswagen lançou o Taos, para ocupar o lugar do velho Tiguan.
Da Toyota, veio o Corolla Cross, posicionado abaixo do RAV4 - outro que está em um "limbo" quando o assunto é posicionamento, por também não ter os sete lugares.
Porta-malas
Quem compra um carro de sete lugares nem sempre está de olho apenas nessa versatilidade. É que esses modelos têm sempre porta-malas muito generosos, acima de 600 litros de capacidade.
Por isso, muitos clientes que procuram esses carros mais interessados no porta-malas que nas três fileiras de assentos. O Equinox tem amplo compartimento de bagagem? Não, não tem. E esta é outra razão que pode explicar porque ele não foi tão bem sucedido quanto o Tiguan.
O porta-malas do Chevrolet é equivalente ao do Compass, um pouco superior ao do Corolla Cross e inferior ao do Taos. Ou seja: porta-malas de SUV médio convencional.
Para ilustrar, são pouco menos de 470 litros de capacidade. Mas há uma solução simpática: um compartimento embaixo do assoalho para guardar objetos pequenos.
Público do Equinox
Mas se não tem porta-malas bom nem sete lugares, o que o Equinox, com todo esse tamanho, oferece? Ele é o grande destaque da categoria quando o assunto é espaço interno.
Largo e com assoalho plano, oferece amplo espaço para pernas e cabeça. É um dos poucos da categoria capaz de levar três adultos com conforto no banco de trás.
Mas de qual SUV o Chevrolet é concorrente? De todos, dependendo da versão. Minha opinião é que ele é meio do caminho entre o grupo do Compass e a turma do Commander.
É aquele carro para quem precisa de espaço interno superior ao do Compass, mas não quer pagar um Commander para isso. Com R$ 205 mil, você leva o Equinox.
Já o Commander sairá por quase R$ 20 mil a mais, na comparação com a versão de entrada do Chevrolet. Outra opção é economizar R$ 10 mil e ficar com o Compass Limited. Mas essa só será a solução ideal se amplo espaço interno não for fundamental para o estilo de vida do cliente.
Uma coisa importante a se dizer sobre o Equinox. Ele perdeu o motor 2.0. Agora, traz apenas o 1.5 turbo. Com 172 cv, não traz mais desempenhos como destaque. Nesse aspecto, está na média do segmento.
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