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BYD Dolphin Mini: 3 polêmicas do carro elétrico mais vendido do Brasil

O Dolphin Mini chegou ao Brasil há pouco mais de dois meses fazendo bonito.

Teve recorde de pré-venda e, de cara, já se tornou o carro elétrico mais emplacado do Brasil, superando o "irmão maior" Dolphin. Em março, foram quase 2.500 unidades vendidas. Em abril, o hatch de R$ 115.800 superou 3 mil exemplares.

Com o resultado, o carro elétrico chinês já ocupa uma boa posição no segmento de hatches, que é de altíssimo volume. Está atrás de VW Polo, Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Fiat Argo, Fiat Mobi e Renault Kwid. Porém, vende mais do que Citroën C3, Peugeot 208 e Honda City. Todos esses produtos têm versões mais baratas que o BYD. Em alguns casos, bem mais baratas.

Só que nem tudo é festa para o novo carro, que em outros mercados se chama Seagull - no Brasil, a BYD quis aproveitar o sucesso do Dolphin no batismo de seu modelo mais compacto. Para quem estava acostumado com a qualidade dos demais produtos da marca, algumas coisas do Dolphin Mini geraram muitas críticas.

Ele é, sim, um produto trazido para concorrer com hatches compactos. Não os de entrada, como Mobi, Kwid e C3, e sim com os que têm um pouco mais de sofisticação, a exemplo de Polo, Onix e HB20. Porém, tem uma versão apenas. Por isso, briga com as opções topo de linha desses produtos que, pelos preços (semelhantes aos do Dolphin Mini), de populares não têm nada.

Confira quais são os pontos polêmicos do Dolphin Mini. E também se eles são válidos, ou pura implicância de quem tinha o Dolphin como régua de qualidade.

1 - Limpadores de para-brisa

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

O Dolphin Mini tem apenas um limpador de para-brisa dianteiro. Em redes sociais, muitos consumidores reclamaram dessa característica, atribuindo-a a corte de custos. Mas, na verdade, esse não é o caso.

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O limpador dianteiro é grande e pantográfico. Ele foi adotado porque o Dolphin Mini tem um para-brisa com ampla área envidraçada. Para esse tipo de peça, a solução adotada pela BYD é mais eficiente do que dois limpadores.

Porém, o Dolphin Mini não traz o limpador de para-brisa traseiro. Nesse caso, é mesmo corte de custo. E uma decisão que merece ser alvo de polêmica e reclamação. Afinal, qualquer hatch de entrada tem essa solução.

2 - Suspensão

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Aqui a polêmica tem mesmo toda razão de existir. Faltou adaptação da suspensão do carro às condições brasileiras. A traseira e a dianteira não conversam. Além disso, a de trás é macia demais, bem ao gosto do consumidor chinês.

Isso deixou o Dolphin Mini bem ruim na hora de fazer curvas, pois comprometeu sua estabilidade. E a falha nem foi compensada com uma boa dose de conforto. Isso porque as suspensões traseira e dianteira têm pouco curso.

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Na buraqueira e nos pisos irregulares do Brasil, a absorção de impactos não é das melhores. Além disso, são comuns os baques secos, e os consequentes barulhos. Alguns deles chegam a assustar. Vale a BYD do Brasil solicitar à matriz uma adaptação melhor para lotes futuros do Dolphin Mini.

3 - Usabilidade

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A tela giratória dos modelos da BYD é um verdadeiro hit. E está disponível em todos os modelos da marca, inclusive o de entrada, que é o Dolphin Mini. Porém, ao conectar Android Auto e Apple CarPlay, é preciso dar uma bela volta para sair da aplicação e regular o ar-condicionado.

Isso porque o comando do sistema é feito apenas na tela. No console central, há somente dois botões, um para desligar o vento e o outro, o próprio ar-condicionado (algo que não faz nenhum sentido).

Para mudar temperatura, velocidade e direcionamento, quem estiver usando Android Auto ou Apple CarPlay tem de ir ao menu das aplicações, selecionar o ícone "BYD" e, depois o do ar-condicionado. São muitos processos, que podem distrair o condutor, comprometer a segurança e também a comodidade, caso o motorista esteja usando o navegador GPS, por exemplo.

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Méritos do Dolphin Mini

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Porém, apesar dessas polêmicas, o Dolphin Mini traz tecnologias interessantes para o segmento e faixa de preço em que atua. A já mencionada tela giratória tem imagem de câmera de ré com qualidade comparável a de carros de categorias bem superiores - mas, diferentemente do Dolphin, sem o sistema 360.

Outro destaque fica por conta dos faróis full-LEDs, bem raros nessa categoria - são mais comuns dos SUVs subcompactos e compactos em diante. Freio de estacionamento elétrico é outro destaque no Dolphin Mini.

Mas o que chama mesmo a atenção é o fato de os bancos do motorista terem ajuste elétrico, uma solução de comodidade especialmente para famílias em que mais de uma pessoa usa o veículo. Isso nenhum outro carro da categoria tem.

E, claro, há o fato de ser elétrico. A tecnologia tem sido cada vez mais requisitada por consumidores que querem um automóvel para uso urbano. O espaço traseiro também está acima da média da categoria de compactos.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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