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Por que novo BMW Série 5 híbrido é tão mais barato do que versão elétrica

Depois de lançar no início do ano a nova geração do Série 5 em versão elétrica, chamada de i5, a BMW começa a vender no Brasil o 530e, opção híbrida do sedã médio-grande. O modelo tem preço sugerido de R$ 575 mil. São R$ 185 mil a menos que o 100% a bateria.

Além disso, a tabela é R$ 65 mil inferior à do principal rival, o Mercedes-Benz Classe E. O produto também ganhou nova geração este ano e está disponível exclusivamente na versão E300. Mas, além de trocar o conjunto elétrico pelo híbrido, o que mais mudou no 530e para ele ficar tão mais barato?

Em recursos de tecnologia, o sedã não perdeu quase nada. Mas há sim, algumas coisas a menos, além da potência e desempenho. Enquanto o i5 tem 601 cv e acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos, o 530e traz potência combinada de 299 cv, com torque de 45,5 kgfm. Cumpre a missão de atingir 100 km/h, a partir da imobilidade, em 6,3 segundos.

O motor a combustão é 2.0 turbo. Já a bateria que alimenta o propulsor a eletricidade tem 19,4 kWh. É capaz de permitir ao híbrido plug-in (recarregável na tomada) rodar no modo elétrico por até 61 km, de acordo com informações do Inmetro. Com isso, é um carro que pode ser usado como EV na cidade.

E, quando o motorista precisar de mais autonomia, o motor a combustão entra em ação. Isso, além do preço mais baixo, é um grande argumento para fazer do 530e um produto mais aceito no mercado que o i5. Que, apesar de mais potente, e ser capaz de rodar quase 400 km a cada recarga, depende de rede pública de recarga se o objetivo for circular por rodovias - dependendo da distância.

De volta ao 530e, o motor elétrico e o a combustão também podem funcionar em conjunto. De acordo com a BMW, o consumo combinado do carro (ciclo misto entre cidade e estrada) é de 27 km/l.

Para comparação, o 530e anterior tinha 292 cv e 42,5 kgfm. Um dos maiores ganhos foi a autonomia elétrica, que antes era de 37 km. E, apesar de não haver mudança na plataforma, a nova geração (G60) cresceu em relação à anterior (G30). O comprimento foi de de 4,96 m para 5,06 m.

A largura, que era de 1,87 m, agora é de 1,90 m. O entre-eixos aumentou de 2,97 m para 2,99 m. Já o porta-malas perdeu capacidade. Antes, eram 530 litros. Na geração G60, oferece 520 litros.

O que perdeu

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Imagem: Divulgação
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Além do conjunto híbrido, em vez do elétrico, o 530e traz suspensão convencional, enquanto a do i5 é preparada pela divisão Motorsport da montadora alemã. Esta colunista ainda não teve a oportunidade de rodar com a nova configuração, mas a própria BMW informa que seu ajuste é mais macio.

Por dentro, há algumas mudanças. Os detalhes de fibra de carbono do acabamento dão lugar a alumínio escovado. Os bancos, como no i5, têm ajuste elétrico. Mas, em vez de couro convencional, são revestidos de imitação de couro. Aqui está a maior perda causada por uma escolha da própria BMW do Brasil.

Isso porque o 530e tem a opção de receber bancos de couro convencional. Mas a subsidiária brasileira decidiu usar a imitação no modelo importado do Brasil. No console central, o híbrido perde os detalhes de cristal na alavanca do câmbio e botão de partida.

Mas o material que lembra cristal foi mantido nos painéis e portas. Eles podem mudar de cor, às escolha do motorista ou conforme o modo de condução escolhido. O volante também é o mesmo. A única diferença é que, no i5, traz detalhe vermelho.

O que manteve

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Já quando o assunto é tecnologia a bordo, o 530e mantém quase tudo o que o i5 traz. Há o poderoso e preciso sistema semiautônomo de condução, que usa leitor de faixas com função de centralização, ACC e diversas câmeras ao redor de todo o carro para dar mais precisão ao recurso. Ele acelera e freia automaticamente. Na estrada, é capaz de fazer curvas sozinhas.

Outro destaque fica por conta das câmeras dianteiras que projetam imagens no painel de instrumentos. Além de oferecer ótima visibilidade noturna, a tecnologia também faz parte do pacote de realidade aumentada tanto do sistema semiautônomo de condução quanto do navegador GPS nativo.

As telas do multimídia e do painel de instrumentos digital configurável são integradas em um elemento curvo, como no i5. Outro destaque fica por conta do teto solar panorâmico. Atrás, há comando em duas zonas para a temperatura da cabine. Direcionamento e velocidade do ar também são exclusivos para essa parte do sedã.

Design

A grade do 530e tem desenho diferente da do i5, que é completamente fechada. Com barras verticais, a do 530e é aerodinâmica.

Pode ficar fechada em algumas situações, como quando o carro está parado e desligado. O modelo híbrido manteve os faróis full-LEDs matriciais.

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Lateralmente, as rodas do 530e, de 20 polegadas, têm desenho exclusivo. A traseira é praticamente idêntica. Os mais atentos vão perceber uma pequena diferença no difusor, mais agressivo no i5. O híbrido não tem saídas de escape aparentes.

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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