Novo BMW X2 muda de personalidade; veja preço e detalhes do SUV
A segunda geração do X2 acaba de ser lançada no Brasil em versão única de acabamento, XDrive 20i MSport. Porém, além da configuração a combustão, o carro passa a trazer uma elétrica, chamada de IX2, por R$ 443.950.
Assim como o X2, o IX2 tem um único acabamento, XDrive 30 MSport. Visualmente, são praticamente o mesmo carro, mas se diferenciam por inscrições na traseira e pela grade frontal, fechada modelo elétrico. No fim do ano, chega o X2 35i, também a combustão.
Quando olhamos para o visual, o X2 mudou completamente de personalidade nesta segunda geração. Antes, era um crossover que parecia um hatch altinho e tinha dimensões menores que as do X1, com o qual divide plataforma. Agora, passou a ser o que todos os X acompanhados por números pares são na linha BMW.
O modelo se transformou em um SUV cupê. E, assim como o X4 em relação ao X3 e o X6 em comparação ao X5, o X2 pode ser considerado a versão "cupê" do X1 - além de, claramente, estar posicionado acima deste.
Aliás, como ganhou quase 20 cm de comprimento em comparação à geração anterior, o X2 é agora maior que o X1. E custa R$ 23 mil a mais que a versão topo de linha desse produto, também chamada de MSport.
O conjunto mecânico é o mesmo, assim como a lista de equipamentos de série. O valor extra do X2, porém, não é apenas por causa da carroceria. Há um outro argumento nessa equação: a tração integral.
Design
A dianteira traz grade maior, preta, e conjunto óptico dianteiro mais alto que o anterior. Ele concentra todos os elementos de iluminação - assim, o X2 perdeu os faróis auxiliares. O para-choque recebeu entradas de ar aerodinâmicas, que direcionam ar para as rodas para melhorar eficiência.
Também com esse fim, o X2 traz grade e entrada de ar inferior aerodinâmicas - abrem e fecham conforme necessidade. Vale ressaltar que o carro tem pacote visual MSport, da divisão esportiva M - mas sem preparação em componentes mecânicos.
Por isso, é arrojado o design das rodas de 20", montadas em pneus Continental. Acima delas, na lateral, está a inscrição "MSport". Atrás, de um lado "X2" e de outro, "XDrive 20i". Nessa parte, há um spoiler sobre a tampa do porta-malas.
Como o X1, o X2 não tem saídas de escape aparentes. Na lateral, está a maior revolução estética, pois o carro passa a trazer coluna C rebaixada e uma seção traseira muito mais pronunciada.
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Essa parte traseira pronunciada é uma das responsáveis pelo ganho de 19,4 cm no comprimento, que agora é de 4,55 m - 5 cm a mais que o X1. O entre-eixos, de 2,69 m, está 2,2 cm superior ao do X2 anterior.
O porta-malas ganhou 90 litros e tem 560 l - no método VDA, o mais comum nas medições usadas no Brasil, de acordo com informações da BMW. O modelo traz estepe de uso temporário. Aqui, vale destacar uma diferença importante do X2 para o IX2. A versão elétrica tem um motor no eixo dianteiro e outro no traseiro.
Este acaba comprometendo a capacidade do porta-malas, que cai para 525 l. Não é só isso. O IX2 também perdeu o espaço dedicado ao estepe. Por isso, para o mercado brasileiro, a BMW colocou o pneu extra no próprio compartimento, sobre a tampa inferior - solução usada em outros modelos da marca, como o i5.
A bem acabada cabine traz detalhes de alumínio nas portas e painéis, e também plástico que lembra fibra de carbono em algumas partes. Os materiais são macios ao toque e emborrachados.
Quadro de instrumentos configurável e multimídia sensível ao toque estão em duas telas integradas de cerca de 10" - infotainment padrão em novos modelos da BMW. Há também um bonito console suspenso com alguns botões físicos, como o para alterar os modos de condução.
Ali também ficam botão de partida e a pequena haste do câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens. O carregador de smartphone sem fio, na parte inferior do painel central, deixa o aparelho em posição vertical, com a tela para a frente - o que facilita a visualização, se esta for necessária, sem necessidade de retirar o telefone do dispositivo.
Equipamentos
O espaço traseiro do X2 é bom para duas pessoas, pois o túnel central é alto e o console se projeta para a parte de trás, prejudicando a acomodação do passageiro do meio. Há saídas de ar para esses ocupantes, duas entradas USB-C (e outras duas na frente) e teto solar panorâmico.
O navegador GPS nativo traz realidade aumentada e Android Auto e Apple CarPlay têm conexão sem fio. O X2 vem ainda com câmeras 360 que incluem função 3D.
Entre as tecnologias de assistência à condução, destaque para o ACC, leitor de faixas com função de correção e Park Assist. A iluminação da cabine pode ser personalizada em diferentes cores.
Desempenho
O X2 traz o mesmo 2.0 turbo do X1. São 204 cv e 30,3 kgfm. A diferença é a tração integral, enquanto o SUV mais barato traz a dianteira. O sistema por demanda deixa o novato mais ágil em saídas de curva, por exemplo, e mais estável para contornar essas trajetórias.
Além disso, o X2 traz centro de gravidade e posição de dirigir mais baixos, o que deixa a pegada mais esportiva que a do X1. É um modelo para quem acha o 320i grudado no chão demais, mas também não é fã de SUVs. A novidade funciona como ótima opção intermediária.
Suspensão e direção têm um ajuste bem BMW. Ou seja: a prioridade é a dirigibilidade com pegada esportiva. Ainda assim, há mais conforto que em modelos mais tradicionais da montadora, como o Série 3.
É interessante notar que o X2 tem uma tocada mais firme que o IX2, que em alguns momentos passa a impressão de ser até molenga demais para um BMW. Há uma pequena diferença no ajuste de suspensão. Além disso, os pneus Continental têm um comportamento menos suave que os Pirelli usados no elétrico.
De acordo com informações da BMW, o X2 acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos. Já o IX2 cumpre a mesma missão em 5,6 segundos. Seus dois motores elétricos, alimentados por baterias de 64,8 kWh, geram 306 cv e 50,3 kgfm. A autonomia é de 337 km (conforme programa PBEV, do Inmetro).
Novos Mini
Também chegam em nova geração dois modelos da Mini, a marca descolada do Grupo BMW. Eles são o Cooper S e o Countryman. Começando pelo segundo, o modelo vem agora apenas em versão elétrica, com números de potência, torque e aceleração de 0 a 100 km/h iguais aos do IX2.
A diferença é que a bateria tem capacidade um pouco inferior, de 63,78 kWh. Com isso, a autonomia cai para 320 km. Visualmente, o Countryman perde os faróis redondos, substituídos por componentes mais quadrados. Eles têm três tipos de assinatura - assim como as lanternas.
Por dentro, não há mais quadro de instrumentos à frente do motorista. Seus dados foram incluídos na central multimídia redonda. Mas a versão topo de linha traz Head Up Display, que projeta as informações não no para-brisa, mas em uma telinha sobre o painel.
Equipamentos como ACC, leitor de faixas, teto panorâmico e GPS com realidade aumentada estão entre os destaques. Os bancos são elétricos e revestidos de imitação de couro. Ao volante, o Countryman é surpreendentemente divertido.
Isso especialmente no modo Go-Kart, que dá ao carro um curioso barulho artificial nas acelerações e desacelerações. A nova geração cresceu em todas as dimensões. O comprimento é de 4,43 metros, quase 14 cm extras. O SUV tem 2,69 m de entre-eixos.
O Countryman Exclusive custa R$ 294.990. O Top sai por R$ 339.990. O Cooper S, hatch de três portas, tem as mesmas versões. São tabeladas em R$ 239.990 e R$ 269.990, respectivamente.
O interior é praticamente o mesmo do Countryman. O design manteve os faróis redondos, mas traz traseira totalmente remodelada, com formato diferente nas lanternas interligadas por barra preta.
O Mini Cooper S não é eletrificado. O motor 2.0 turbo é o mesmo do X2, assim como o câmbio. Porém, menor e mais leve, o hatch é também mais rápido. Acelera de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos.
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