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Califórnia 2: o parque de diversões gratuito dos apaixonados por carros

As duas estradas mais icônicas dos Estados Unidos passam pela Califórnia, mais especificamente na região de Los Angeles. A antiga Route 66 nasce em Chicago e termina em Santa Mônica. Já a Pacific Coast Highway, ou Highway One, é a que percorre todo o litoral do estado. O trecho mais famoso é de São Francisco a Los Angeles.

A maior parte da Pacific Coast Highway é conhecida como Califórnia 1. Mas há um trecho da Califórnia 2 que pode até não ser icônico, mas certamente é muito mais divertido. Tanto que se transformou em um parque de diversões para os apaixonados por carros.

Trata-se da Angeles Crest Highway, na imponente cadeia de montanhas que pode ser vista a partir de vários pontos de Los Angeles. A estrada está na bela Angeles Forest, e é comum ver motos, automóveis esportivos e até carros clássicos subindo e descendo a via, dependendo do dia da semana.

Isso porque Los Angeles é conhecida pela sua grande frota de supermáquinas, que desfilam por regiões como Beverly Hills, West Hollywood, Bel Air, Malibu e Calabasas, entre outras. Os donos desses supercarros vão se divertir na Angeles Crest Highway.

Mas, em minha experiência na estrada, eu vi também muitas motos, um 911 dos anos 60 e até um baja. Todos desfrutando dessa rara programação gratuita da cidade em que quase tudo é cobrado (e com altíssimos valores).

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Gratuita com ressalvas. O gasto de combustível é colossal, já que a subida é íngreme e a tendência é pisar forte no pedal do acelerador, assim como frear e acelerar muito, por causa das curvas. E isso pude aferir em minha experiência, com um Aston Martin DB12.

Destaques do trajeto

A Angeles Crest Highway é repleta de curvas desafiadoras. É preciso tomar cuidado para não exagerar, pois em alguns trechos a estrada é bem próxima das montanhas. Além disso, a medida em que vamos subindo, o precipício ao lado vai ficando mais e mais alto.

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Mas é também uma via bem vazia. A maioria das pessoas que circulam por ela tem o mesmo objetivo: diversão a bordo de suas motos ou ao volante de seus carros. Além disso, o piso é muito bem conservado.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Além das curvas, a estada também chama a atenção pelas paisagens deslumbrantes. No início, há mais montanha. Mais acima, a Angeles Crest Highway começa também a ser dominada pelas árvores altas da floresta em que foi construída.

Há diversos mirantes no caminho, para observar tanto a paisagem da própria estrada quanto abaixo. Eles são grandes e largos, e cheios de marcas de pneus. É que alguns donos de carros esportivos costumam fazer drift nessa área de escape.

Como chegar

O início da subida da Angeles Crest Highway fica próximo à Pasadena. Para chegar, uma dica é colocar no GPS o ponto de referência "La Cañada Flintridge". Este vai te colocar diretamente na via, e é preciso apenas fazer uma conversão à esquerda e seguir em frente.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas fique atento: como gasta-se muito combustível, vale subir com pelo menos meio tanque, pois lá em cima não há postos. Existe uma estação bem no "pé" da estrada, mas o melhor mesmo é já chegar lá preparado - o preço da gasolina em Los Angeles varia de pouco abaixo de US$ 4 o galão até mais de US$ 5,50 (tudo depende da região).

A velocidade máxima na maior parte dos trechos da Angeles Crest Highway é de 40 milhas por hora (64 km/h), com alguns trechos de 25 mph (40 km/h). Durante toda a subida, há diversas paradas com banheiros públicos.

Com o DB12 de 680 cv, subi cerca de 32 milhas (em torno de 50 km) até um dos centros de visitantes do local, o Chilao Visitor Center. Lá, além de banheiros, há área de piquenique e até para acampar.

Porém, os centros de visitantes só têm atendimento aos finais de semana. Além do Chilao, mais acima há o Grassy Hollow. No inverno, alguns pontos da região também são usados para a prática de esqui.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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