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Novo Trailblazer: como mudanças no SUV tentam desbancar liderança da Toyota

A vida não é fácil para os rivais do SW4. Quando analisamos o segmento de SUVs derivados de picapes, as vendas em 2024 (janeiro a agosto) são de cerca de 14 mil unidades. Do total, mais de 10,5 mil emplacamentos são do modelo da Toyota. Ou seja: quase 75%.

Os outros 25% ficam divididos entre Pajero Sport e Trailblazer, com desvantagem para o produto da Chevrolet, que não chegou a 1.200 emplacamentos (o da Mitsubishi tem pouco menos de 1.800). Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Mas o Trailblazer mudou, e recebeu alguns bons argumentos para tentar ganhar um pouco da atenção dos clientes do SW4. Derivado da S10, traz as mesmas modificações aplicadas à picape. Ou seja: facelift, atualizações no interior e no conjunto motor-câmbio.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas será que isso foi suficiente? A verdade é que, apenas de olhar, o Trailblazer dá a impressão de não ter mudado muito. No entanto, as melhores atualizações são aquelas que não podemos ver. Além disso, o produto resolveu alguns de seus maiores problemas.

Argumentos contra o SW4

Os dois principais argumentos do Trailblazer são preço e potência. Quando consideramos apenas versões de sete lugares, único tipo de carroceria disponível para o Chevrolet (o SW4 tem opção com cinco), são R$ 386.260 iniciais para o modelo da Toyota, que pode chegar a R$ 433.490.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Já o Trailblazer High Country custa R$ 378 mil. Além disso, recebeu atualizações no motor que deixaram o 2.8 turbodiesel com 208 cv, 8 cv a mais que o entregue pelo SW4. Ou seja: o Chevrolet é mais barato e mais potente que o SW4.

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Mas não é apenas um número. A agilidade foi aprimorada e, com 9,5 segundos de 0 a 100 km/h, o Trailblazer está um segundo mais rápido que antes. A razão principal não é o motor, e sim a troca do câmbio automático de seis marchas pelo de oito velocidades.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

A suspensão, por sua vez, passou por mudanças que deixaram o carro com rodar bem mais confortável - embora o diâmetro de giro da direção ainda gere alguns problemas em manobras de estacionamento, por exemplo.

Por dentro

Havia questões no Trailblazer que eram difíceis de explicar. Exemplo: como pode um carro de quase R$ 400 mil não ter ajuste de profundidade para a coluna de direção? Era um problema simples de resolver e, enfim, foi resolvido nessa linha 2025.

Há outras coisas que o carro recebeu, com entradas USB-C e carregador de smartphones sem fio. Além disso, passa a trazer o novo infotaiment da Chevrolet, com painel de instrumentos configurável e multimídia personalizável.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Entre as novidades, há Android Auto e Apple CarPlay com conexão sem fio. As telas do quadro de instrumentos e do multimídia são conectados. Esse sistema estreou no Spin. Depois, foi incorporado à S10 e, por fim, à Trailblazer. Em breve, estará em todos os modelos nacionais da Chevrolet.

Faltaram algumas coisas

Como na S10, a mudança na dianteira é notável, com a grade maior e repleta de elementos cromados. Mas a traseira podia ter um pouco mais de cuidado. Estão ali as boas e velhas lanternas que sempre acompanharam o SUV, apenas com uma película preta "nova".

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Essa falta de cuidado com uma atualização na traseira foi a maior queixa registrada por pessoas que viram o vídeo sobre a mudança do carro em meu perfil no Instagram. Outros argumentam que a Chevrolet poderia ter aproveitado a oportunidade para colocar, no Trailblazer, freio de estacionamento elétrico.

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A exemplo da S10, o acionamento do sistema é manual. Por outro lado, o Trailblazer traz chave presencial e partida por botão. Por outro lado, falta teto solar.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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