Lexus UX 300h é SUV premium de entrada com ótimo custo-benefício

A Lexus, porém, está iniciando em 2024 um processo de expansão. Ainda é cedo para se aproximar das seis maiores mas, para este ano, a marca almeja totalizar 1.200 emplacamentos (o que representa um crescimento de 50%). E o UX 300h, seu carro de entrada, é parte importante dessa estratégia.

O modelo concorre diretamente com BMW X1, Audi Q3, Mercedes-Benz GLA e Mini Countryman. E, desse grupo, é forte candidato a produto com melhor custo-benefício. A marca também considera rivais os Volvo EX30, C40 e XC40.

Porém, o fato frente eles serem elétricos os torna interessantes para um nicho específico de clientes. Isso porque, no Brasil, a ainda restrita rede de recarga é um limitador para circulação fora das cidades de modelos 100% a bateria - o que compromete o quesito custo-benefício desses carros, quando os comparamos aos a combustão.

UX 300h x concorrência

Em redes sociais, há um comentário comum sobre o segmento de luxo. Acredita-se que consumidores dessa categoria não se importam com preço ou custo-benefício, nem com gasto de combustível. Porém, os que defendem essa ideia geralmente não são os clientes de carros premium.

Porque a verdade é que, com raras exceções (como carros superesportivos ou produtos de outras categorias para lá de R$ 1 milhão), custo-benefício quase sempre importa. Especialmente quando falamos do segmento de entrada do universo premium, do qual o UX 300h faz parte.

Consumo de combustível é importante para esse cliente? Sim. Pode não ser o fator mais determinante para a compra, mas faz a diferença - seja por economia de dinheiro ou por autonomia. Então, a favor do UX 300h, que substitui o UX 250h, está o fato de ser o único híbrido HEV (motor elétrico pode impulsionar as rodas) da categoria.

Além disso, sua única versão sai por R$ 299.990 e tem o mesmo nível de equipamentos das mais caras dos rivais. Para comparação, o X1, mais vendido da categoria, é tabelado entre R$ 347.950 e R$ 368.950 nas versões com potência e itens de série equivalentes.

O Q3 começa em R$ 297.990. Porém, para ter o mesmo nível de equipamentos do UX fica entre R$ 329.990 e R$ 358.990. O GLA tem preço sugerido entre R$ 339.900 e R$ 369.900.

O que o UX 300h oferece

O modelo de entrada da Lexus é o que mais tem jeito de hatch nessa categoria. Seu vão livre do solo, por exemplo, é de 15,7 cm - ante a média de 18 cm dos demais. Até por isso, a marca o chama de crossover, não de SUV. As dimensões, no entanto, são semelhantes às dos rivais, e o espaço interno se destaca.

O conjunto híbrido entrega 198 cv, 14 cv a mais que o modelo anterior. Ele também ficou mais rápido para acelerar de 0 a 100 km/h, missão cumprida em 8,1 segundos. O consumo na cidade é de 17,3 km/l e na estrada, de 14,9 km/l.

Apesar de o motor a combustão ser aspirado e não ter torque muito alto (fica abaixo dos 20 kgfm), o UX 300h responde bem em retomadas e é bom de ultrapassagens. Além disso, com centro de gravidade baixo e direção com respostas precisas, tem dirigibilidade melhor que a média do segmento - sem abrir mão do conforto.

O pacote de itens de série impressiona. Há teto solar, painel digital, multimídia com navegador GPS e sistema semiautônomo de condução. Uma coisa que rara no segmento e é oferecida no UX é o ajuste elétrico da coluna de direção.

O acabamento interno é bem-feito, com materiais de qualidade e emborrachados e macios. Os bancos usam couro de verdade - nada de imitação. E, apesar da aparência geral mais conservadora, o design de algumas peças quebram o gelo para dar um toque de modernidade à cabine.

Os principais pontos negativos

Mas nem tudo é festa no UX 300h. Apesar do bom espaço interno e das comodidades da cabine, o porta-malas é muito pequeno, com menos de 300 litros. Uma bateria (não relacionada ao sistema elétrico de propulsão) colocado no compartimento prejudica ainda mais sua capacidade de acomodar bagagens.

Com isso, é um carro para pessoas solteiras, casais sem filhos ou com uma criança, no máximo. Isso, claro, se o objetivo for cair na estrada para viagens de longa duração, que exigem muita bagagem.

Mas há sempre a possibilidade de o objetivo ser usar mais na cidade, ou em viagens de curta duração. Outro ponto negativo é que o Android Auto exige conexão com fio. Ao menos, o Apple CarPlay é sem fio.

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