Chevrolet Equinox 2025 chega mais bonito e tecnológico; veja preços
Mais bonito, espaçoso e tecnológico. Ainda assim, sem grandes argumentos competitivos ante a concorrência. Após lançar o Equinox elétrico, a Chevrolet começa a vender no Brasil a versão a combustão da quarta geração do produto.
A plataforma é nova. Porém, o motor 1.5 turbo foi mantido - embora tenha sido retrabalhado para entregar mais potência. O câmbio também é novo (automático de oito marchas). São duas versões, Activ e RS, ambas por R$ 267 mil. E aqui está o maior problema do SUV mexicano.
A própria Chevrolet apontou como concorrentes Compass, Corolla Cross, Taos e Territory. Porém, esses são modelos com preços iniciais entre R$ 200 mil e R$ 220 mil (alguns até partem de menos). Todos são próximos ao Equinox em potência (o mexicano tem 177 cv). Porém, o Chevrolet tem tração 4x4 e é 20 cm maior que o Toyota e o VW (e 26 cm mais comprido que o Jeep).
Na casa dos R$ 267 mil está o Compass Overland Hurricane, que também é 4x4. Porém, com seu 2.0 turbo a gasolina, tem quase 100 cv a mais que o Equinox.
O Commander Overland flex (185 cv) também sai por R$ 267 mil. A vantagem deste Jeep é ter sete lugares (cinco no Equinox). Quando as três fileiras não estão em uso, são mais de 600 l de capacidade no porta-malas do Jeep (469 l no Chevrolet).
Por fim, há os SUVs chineses híbridos, cujas dimensões são semelhantes às do mexicano. O Song Plus (235 cv) custa R$ 235 mil. O Haval H6 PHEV34 tem tabela semelhante à do Equinox, mas entrega quase 400 cv.
Design e acabamento
O panorama acima deixa claro que vantagens competitivas notáveis ante a concorrência o Equinox não tem. Independentemente disso, os atributos são muitos, a começar pelo design.
O conjunto óptico tem vários elementos (com direito a faróis full-LEDs) e a grade preta é grande, dominando a dianteira. Activ, com pegada mais off-road, e RS (apelo esportivo) têm diferenças no para-choque, e também nas rodas. São 19" na primeira e 20" na segunda.
O Equinox RS tem 4,66 metros e o Activ, 4,67 m (por causa do para-choque). A largura é de 1,90 m e o entre-eixos, de 2,73 m. Atrás, as lanternas baixas vão se abrindo em direção à lateral.
A cabine do RS investe em detalhes pretos e vermelhos, enquanto os da Activ são nos tons caramelo e cinza. O painel é emborrachado, mas as portas têm detalhes de plástico duro.
Espaço e equipamentos
O espaço traseiro é um dos maiores destaques do Equinox. O entre-eixos é amplo, o assoalho plano e o teto, alto. Três pessoas ficam bem acomodadas nessa parte do SUV, que tem saídas de ar e duas entradas USB do tipo C, além de aquecedores para o banco. O teto solar é panorâmico.
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CARROS DO FUTURO
Energia, preço, tecnologia: tudo o que a indústria está planejando para os novos carros. Toda quarta
Quero receberO modelo passa a trazer painel de instrumentos e multimídia integrados. É um sistema bem parecido com o dos Chevrolet brasileiros (S10, Spin e Trailblazer). Mas o sistema é mais avançado, com mais possibilidade de personalização do quadro.
A central multimídia tem tela maior, mais opções de configuração e sistema 5G. O volante é multifuncional, mas há alguns problemas de usabilidade. Para desligar a assistência de manutenção de faixa é preciso dar uma grande volta no multimídia.
É nessa tela também que o motorista executa funções como ligar e desligar o farol e zerar o hodômetro. Por outro lado, há facilidades como Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de Google Built-In - usuário loga em sua conta e, nesse caso, não precisa de smartphone. O Google Maps, aliás, é o GPS nativo.
Entre os sistemas ADAS há controlador de velocidade adaptativo com função stop and go. O leitor de faixas faz correções, mas não curvas. Na Activ, há sistema de tráfego cruzado com frenagem. Outra exclusividade dessa versão é a câmera 360.
Desempenho
O Equinox impressiona pela precisão das respostas de direção, que tornam sua condução prazerosa sem ser desconfortável. Para isso, contribui o bom ajuste das suspensões independentes nos dois eixos, que deixa a carroceria firme em curvas e alta velocidade e, ao mesmo tempo, garante rodar macio.
No quesito dirigibilidade, portanto, o Equinox evoluiu muito nesta quarta geração. Já na aceleração, o desempenho é correto, até eficiente, mas não desses que vão empolgar muito os fãs de velocidade dispostos a pagar R$ 267 mil em um carro. O 1.5 turbo tem 5 cv extra (177 cv) e 28 kgfm de torque.
Mas o que fez mesmo a diferença foi o câmbio automático de oito marchas, substituindo o de seis. As trocas são rápidas e sem trancos, ajudando o 1.5 turbo a entregar seu melhor. As retomadas são boas para não deixar o motorista na mão em uma ultrapassagem, mas não há sobras no desempenho.
De 0 a 100 km/h, o Equinox acelera em 9,3 segundos. É um desempenho próximo ao do Compass 1.3 flex, Corolla Cross 2.0 flex e Taos. Há três modos de condução, mas apenas um para o dia a dia na cidade e na estrada - o normal.
Os outros dois são o "Neve" e o "Off-Road". A tração pode ser usada apenas no modo 4x2 (dianteiro), privilegiando a economia de combustível. Quem quiser usar a integral por demanda aciona o modo AWD em botão no painel, à esquerda do volante. O Equinox também se destaca pelo baixo nível de ruído.
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