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Joshua Tree: visitamos oásis nos EUA que atrai Anitta e elite de Hollywood

Um oásis no deserto que atrai a elite de Hollywood desde os anos 1930. Um dos torneios de tênis mais importantes do calendário. Um dos mais aclamados festivais de música dos Estados Unidos.

Tudo isso tendo como epicentro o parque nacional Joshua Tree, cujo nome é o de uma árvore peculiar que você não vê em qualquer lugar, mas que existe em abundância no local.

Ao redor do Joshua Tree National Park está a cidade de Palm Springs, que tem entre as atrações resorts gigantescos, centros de compras importantes e casas que já foram ocupadas por lendários famosos americanos - como Elizabeth Taylor, Elvis Presley, Frank Sinatra e Marilyn Monroe.

No mês de março, em Indian Wells (ao lado de Palm Springs), é disputado o campeonato de tênis que reúne ATP (masculino) e WTA (feminino). Para ambos, é válido como um torneio de categoria 1.000 (a segunda modalidade mais importante, abaixo apenas dos Grand Slam).

Em abril, é a vez do festival de música e arte Coachella, que se caracteriza por ter bandas consagradas e também artistas independentes. Realizado no Vale Coachella, terá em 2025 atrações como Lady Gaga, Green Day, Travis Scott e Post Malone, e até alguns brasileiros (Alok, Anitta e Vintage Culture).

Seja para participar de eventos, dar de cara com famosos, curtir resorts ou fazer compras, quem visita essa região da Califórnia (no condado de Riverside) não pode perder o parque nacional Joshua Tree. Como explorar o local? De carro! Eu fui de Aston Martin e, sim, me dei bem.

Como chegar

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Imagem: Apu GOMES / AFP

O Joshua Tree National Park fica a cerca de 200 km de Los Angeles, no sentido leste. Pela rodovia I-10, são duas horas de viagem, aproximadamente. Mas fique atento: a estrada é muito movimentada e situações de trânsito intenso por muito quilômetros são comuns. Evite horários de pico, finais de semana e saídas de feriado, principalmente se o objetivo é fazer bate e volta.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Eu tive uma experiência ruim. Fui de Los Angeles à região na saída do feriado do Dia do Trabalho. Acabei levando cinco horas para completar o trajeto. Porém, a I-10 tem vias expressas que podem deixar o trajeto mais rápido em situações como essas. Elas são, no entanto, pedagiadas.

Para usar as vias expressas, certifique-se, com a locadora, de que o carro alugado tem dispositivos para cobrança automática de pedágio, pois não há catracas. Se o veículo não estiver preparado, haverá multa, que poderá ser cobrada no cartão de crédito usado para garantias na empresa em que o automóvel foi locado.

Em caso de I-10 congestionada, a CA-60 é uma boa alternativa, e não aumenta o tempo de viagem. Consulte serviços como Waze e Google Maps para se informar sobre as condições de tráfego. Alguns veículos, nos EUA, têm navegadores GPS conectados aos sistemas de trânsito - e que são mais precisos que os apps de smartphone.

Montanhas de San Bernadino
Montanhas de San Bernadino Imagem: Rafaela Borges/UOL

Para quem está indo de Los Angeles até a região, já bem próximo ao Joshua Tree, na própria I-10, há o Desert Hills Premium Outlets, considerado um dos melhores dos EUA para quem procura itens de luxo a preços promocionais. Localizado em Cabazon, tem lojas de marcas como Moncler, Loro Piana, Fendi, Gucci, Prada, Celine, Bottega Veneta, Balenciaga, Dolce & Gabbana e Valentino, entre outras.

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Outra cidade muito visitada por viajantes que fica próxima ao Joshua Tree é Las Vegas. São 300 km e três horas de viagem pela I-15. Aliás, o parque pode ser uma boa parada de uma ou duas noites para quem quer ir de carro de Vegas a Los Angeles, ou vice-versa. Será necessário, no entanto, um desvio do caminho original (que deixará o trajeto 100 km mais longo).

O que ver no Joshua Tree

Jardim de cactus
Jardim de cactus Imagem: Rafaela Borges/UOL

Há algumas entradas para o Joshua Tree. Como eu estava hospedada em Indian Wells (sudoeste), rodei cerca de 40 minutos até a sul, pelo Cottonwood Visitor Center. Esse centro de visitantes fica na via principal do parque, que é chamada inicialmente de Cottonwood Spring e, adiante, muda de nome (torna-se Pinto Basin Road).

No centro de visitantes, é preciso pagar US$ 25 por carro, em passe válido por sete dias, para explorar o parque. Ali, dá para comprar lembranças relacionadas ao Joshua Tree, pegar mapa (gratuitamente) do parque e usar o banheiro, pois não há muitos outros no trajeto.

Esculturas naturais de pedras
Esculturas naturais de pedras Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Quem optar por ficar pela bem pavimentada e bela Cottonwood/Basin, repleta de curvas e com velocidade máxima permitida de 60 km/h, poderá usar qualquer veículo. O meu foi um superesportivo Aston Martin DB12, que combinou muito com o trajeto cênico.

A rota começa com vegetação desértica (o parque faz parte dos desertos de Mojave e Colorado). Logo, começam a surgir montanhas de San Bernardino e Little San Bernardino, com altitudes bem variadas.

Uma das grandes atrações está no meio do caminho: Cholla Cactus Garden. No pé de montanha, é um grande jardim de cactus coloridos, dominado por tons de amarelo. Tome cuidado ao se aproximar, pois eles são bastante pontudos.

Em seguida, a paisagem passa a ser dominada por esculturas naturais de pedras e, em seguida, pelas árvores naturais do deserto de Mojave que dão nome ao parque. Elas são chamadas de Joshua Tree.

Informações importantes

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Esse trajeto do sul ao norte é feito em poucas horas, dependendo do tempo que o visitante pretende passar em cada atração. Mas há atrações fora da estrada principal, e algumas delas exigem trilhas de distância e dificuldade variadas.

Por isso, para quem pretende explorar o Joshua Tree mais profundamente, serão necessários pelo menos dois dias. Entre as atrações interessantes há o Key´s View, um ponto de observação panorâmica, e a trilha Baker Dam - que, dependendo da época do ano, tem pequenos lagos.

O Joshua Tree National Park está no deserto e, no verão, as temperaturas podem ultrapassar os 40 graus Celsius. No entanto, chove mais nesse local do que em outro parque desértico nas proximidades, o Death Valley.

Com isso, as temperaturas podem ficar mais agradáveis mesmo no verão, e a variação é ampla - na minha visita, foi dos 25 aos 41 graus. Já no inverno, faz bastante frio no local.

O Joshua Tree National Park tem diversas áreas de camping. Nestas, muitas pessoas optam por trailers, que tem alguma infraestrutura, já que está é bastante precária no parque - especialmente em relação ao fornecimento de água.

Onde ficar

Árvores conhecidas como Joshua Tree
Árvores conhecidas como Joshua Tree Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Se campings e trailers não forem seu estilo, há inúmeras opções nos arredores do Joshua Tree National Park, para todos os bolsos e gostos. Na parte norte do parque, aquela em que terminei meu tour, estão as mais em conta.

Na cidade de Joshua Tree, o High Desert Motel tem diárias a partir de US$ 87. Para quem quer mais conforto, em Twentynine Palms há o Holliday Inn Express, a partir de US$ 175 a diárias. Esses valores são para o mês de fevereiro de 2025.

A região ao norte do parque é composta por pequenas cidades, dessas com centros comerciais que têm lanchonetes, mercados e algumas famosas lojas de rede. Não são locais com outras atrações turísticas além do Joshua Tree.

Já na região sudoeste estão Palm Springs, Palm Desert, Desert Hot Springs,Rancho Mirage, Cathedral City e Indian Wells, repletas de centros de compras e restaurantes, além dos resorts. Todas são próximas umas das outras, e estão entre 30 minutos e meia hora do Joshua Tree.

Para quem procura resorts, há opções como o Ritz-Carlton (parte de US$ 740 por diária), JW Marriott Desert Springs (a partir de US$ 850) e as propriedades da rede Westin (partem de US$ 220). Há opções mais simples, como o DoubleTree by Hilton Golf (US$ 180).

Minha escolha foi o Sands Hotel & Spa, em Indian Wells. É um hotel de design com decoração contemporânea, quartos com varanda, ótimo restaurante e piscina que fica aberta até 23h no verão - afinal, faz calor e os dias são longos.

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Bem localizado, é perto de diversos restaurantes badalados da região e tem estacionamento gratuito - mas é preciso deixar claro, na recepção, que não deseja pagar a taxa de resort, que é opcional. As diárias partem de US$ 350, mas vale pagar US$ 30 a mais por um apartamento Deluxe - maior e com um imenso box e banheira de imersão.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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