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Como a Volkswagen brilhou em 2024 mesmo sem ter nenhum grande lançamento

Quando o assunto é lançamento de veículo, não dá para dizer que as três maiores montadoras do Brasil se destacaram em 2024.

Os nomes relevantes foram Creta, da Hyundai, Kardian, da Renault, 2008, da Peugeot, Basalt, da Citroën, e inúmeros carros inéditos da BYD. Enquanto isso, Fiat, Volkswagen e Chevrolet ficaram mais sumidas dos holofotes no quesito produtos novos.

A italiana, líder, teve como destaques a inédita Titano e seus primeiros híbridos brasileiros, Pulse e Fastback. A Chevrolet fez mudanças profundas em Spin e S10, lançou novos elétricos e, no finalizinho do ano, trouxe a nova geração do mexicano Equinox. E a Volkswagen? Alguém aí se lembra qual foi o grande lançamento da alemã em 2024?

Você não se lembra, não é? Isso ocorre porque a Volkswagen não teve nenhum grande lançamento em 2024.

Ainda assim, apareceu mais do que as duas principais concorrentes. Além disso, teve um ano repleto de resultados positivos.

Mudanças discretas, marketing forte

VW Amarok recebeu leve reestilização e continua na primeira geração, mas seu lançamento fez barulho
VW Amarok recebeu leve reestilização e continua na primeira geração, mas seu lançamento fez barulho Imagem: Divulgação

A Volkswagen promoveu, em 2024, lançamentos de produtos com leves atualizações. Foram discretas mudanças nos visuais interno e externo e, eventualmente, tecnologias extras em seus produtos.

A montadora renovou T-Cross, Amarok e, no fim do ano, o Nivus. Apesar das mudanças leves, ao menos dois desses lançamentos foram grandes acontecimentos de marketing.

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Com presença de inúmeros influenciadores digitais e shows da cantora Sandy e do humorista Fábio Porchart, o evento do T-Cross chamou a atenção nas redes sociais. No caso da Amarok, a montadora decidiu patrocinar todo o Circuito Sertanejo, participando dos mais importantes rodeios do país.

Nesse contexto, a Volkswagen escolheu a Festa do Peão de Barretos, a mais tradicional do Brasil, para lançar a renovada Amarok. Dentre as inúmeras ações promovidas pela marca, a que mais chamou a atenção foi o festival de luzes entre os shows do evento. Drones formavam a imagem da picape nos céus.

A montadora também foi uma das grandes patrocinadoras do Rock in Rio, o maior festival do País, que inclui várias vertentes da música a atrai público diversificado, de idades variadas. Lá, mostrou passado, presente e futuro, expondo o antigo Golf GTI, os carros atuais e os próximos.

No Rock in Rio estava o novo Golf GTI, cuja chegada ao Brasil em 2025 foi confirmada algumas semanas depois. E também aquele que será o principal lançamento da Volkswagen desde o Nivus (em 2020): o SUV subcompacto Tera (cuja tendência é, aos poucos, ir substituindo o Polo).

O Tera foi mostrado atrás de um vidro que permitia ver pouco de suas formas e anunciado como lançamento para 2025. O ano que acaba de começar também terá os já confirmados Nivus GTS (com motor 1.4 flex) e Jetta GLI. Com esses anúncios, a Volkswagen mantém o interesse na marca mesmo em um ano sem lançamentos.

Além disso, mostra sua cara a um público diversificado para deixar claro que está firme e forte no Brasil e com planos bem concretos para um futuro próximo. Presente em festivais de música variados e importantes, a marca conversou com o agronegócio, com a Geração Z, os Millenials e a turma do rock and roll.

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Além disso, ainda garantiu tanta presença na mídia quanto as marcas que tiveram lançamentos muito mais relevantes. Isso porque conseguiu fazer tanto barulho quanto a BYD, que lançou Dolphi Mini, King, Song Pro, Yuan Pro e Song Premium - todos inéditos.

Resultados

Conseguir aparecer muito mais que as outras por meio de ações de marketing garantiu excelentes resultados para a Volkswagen.

O Polo foi pelo segundo ano seguido o carro de passeio mais vendido do Brasil. Além disso, disputou até o final de dezembro com a Fiat Strada a liderança geral do mercado.

O T-Cross, por sua vez, superou com folga os concorrentes no segmento mais importante do Brasil, o de SUVs compactos. Ficou muito à frente de Tracker e Creta, dentre outros. Além disso, conseguiu crescimento para o Virtus e manteve resultados estáveis para Nivus e Taos (embora este tenha perdido participação, por causa dos chineses).

Com isso, a Volkswagen cresceu mais que as duas principais concorrentes e aumentou, na comparação com 2023, a vantagem para a Chevrolet no ranking de vendas de carros - no qual ocupa a segunda posição.

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Não é à toa que o CEO da VW Brasil, Ciro Possobom, foi eleito executivo do ano nos dois principais prêmios automotivos do país - dentre eles, o promovido pelo UOL Carros.

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Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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