5 vezes em que marcas de carros trapacearam no mercado
Não é novidade que empresas podem trapacear e, às vezes, o fazem por diferentes motivações. O mercado automotivo já se viu envolvido em alguns desses casos polêmicos.
Se nem sempre o consumidor soube ou foi lesado diretamente, acaba sofrendo por baixo dos panos ou coletivamente enquanto sociedade.
Separamos cinco casos em que as marcas quiseram levar vantagem e o que era anunciado não era exatamente o que acontecia - ou que o público deveria saber.
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Autolatina
Na década de 90, a Ford e Volkswagen criaram uma associação entre as marcas no Brasil, a Autolatina. E dela surgiram carros "gêmeos", como o Santana e o Versailles, por exemplo.
Dessa combinação também há uma série de carros, incluindo os dois citados acima, que nunca passavam de 99 cv - ao menos não oficialmente.
Na prática, como testes de publicações da época mostraram, os propulsores e os carros entregavam mais que a potência declarada nos registros.
E por que declarar um motor mais fraco? O motivo aqui não era emissões, mas sim a taxação sobre carros equipados com motores que rendiam mais do que 99 cv de potência. -
Fiat
A Fiat já teve suas artimanhas e pagou até multa no Brasil por isso. No início da década de 90, ela descobriu um jeito de burlar os testes de emissões e liberar mais desempenho no Uno.
Na época, os testes de emissões dos carros eram feitos com o capô do carro aberto. Com isso, a Fiat desenvolveu um sistema que, quando o capô estava aberto, liberava um botão que restringia o motor.
Quando o capô era fechado, o botão era acionado e liberava uma nova programação que tirava a restrição necessária para ser homologado nos testes.
Ela chegou a ser multada pela Cetesb-SP (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em 1995 devido a essa artimanha no Mille Electronic. -
GM/Cadillac
Entre 1991 e 1995, a General Motors (GM) apostou em uma falcatrua nos carros de luxo da Cadillac. A central eletrônica dos veículos era programada para enriquecer a mistura de ar e combustível no motor quando o ar-condicionado estivesse ligado.
Ao fazer isso, os carros mantinham um desempenho exemplar, sem que o sistema de ar "roubasse" potência e rendimento do motor. Mas, por outro lado, isso aumentava as emissões de monóxido de carbono além do limite legal estabelecido pela EPA, agência reguladora de questões ambientais nos EUA.
A multa que foi acordada na época pela companhia com a EPA foi de US$ 25 milhões. -
Mitsubishi e Subaru
As duas montadoras japonesas foram pegas em uma fraude envolvendo o consumo. As marcas realizaram testes inconclusivos de consumo de seus carros e vendia os veículos com números que não estavam de acordo com a realidade, fora dos padrões exigidos no país oriental.
No caso da Mitsubishi, a marca assumiu que fez isso por 25 anos seguidos. Já a Subaru teria enganado clientes e autoridades entre 2012 e 2017. -
Volkswagen
O mais recente e também um dos mais polêmicos envolveu mais de 10 milhões de veículos ao redor do mundo. Carros de diversas marcas do grupo Volkswagen que tinham carros com motor a diesel se viram implicadas.
O caso, que recebeu o apelido de "dieselgate", foi provado e mostrou que os carros tinham um dispositivo que permitia que eles poluíssem mais em condições normais de uso do que o previsto por lei.
Com isso, a VW conseguia oferecer a emissão exigida por lei, mas o fazia apenas nos testes, enquanto na vida real liberava mais poluição e, no caso, mais desempenho.
No Brasil, o único carro envolvido foi a Amarok, que também é o único carro de passeio com motor a diesel de todas as marcas do grupo instaladas aqui: VW, Audi, Porsche e Ducati.
O caso derrubou diversos executivos, acelerou o investimento em carros elétricos do grupo VW e ainda rende multas à companhia ao redor do mundo até hoje.
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