Desmanche ilegal eleva casos de furto de carros em SP; veja os mais visados

O número de roubos e furtos de carros de passeio e comerciais leves teve alta de 28,2% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2021.

É o que aponta levantamento da empresa de rastreamento veicular Ituran, com base em dados publicados no site da Secretaria da Segurança Pública do governo paulista e fornecido com exclusividade para UOL Carros.

Conforme o estudo, em setembro deste ano foram registrados 7.807 casos de roubo ou furto de veículos, contra 6.091 em setembro de 2021

Essas são as informações mais recentes disponibilizadas pelo Palácio dos Bandeirantes.

Até a sexta-feira passada (28), ainda não tinham sido divulgados os números referentes a julho e agosto, impossibilitando contabilizar o acumulado deste ano.

No primeiro semestre de 2022, o estado paulista registrou 44.229 ocorrências de roubos e furtos de automóveis e comerciais leves - alta de 22,7% na comparação com o mesmo período de 2021.

Em setembro 2022, o automóvel mais visado pelos ladrões foi o Volkswagen Gol, com 628 casos de furto ou roubo - quando o bem é subtraído mediante violência ou ameaça.

Segundo Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran, 78,5% dos 7.807 casos de setembro correspondem a furtos.

"Furtos de veículos estão ligados diretamente ao desmanche e ao comércio de peças ilegais. Quando a gente fala em roubo, nem sempre a motivação é a posterior venda do carro ou dos respectivos componentes. O automóvel pode ter sido roubado para a prática de outros crimes ou até para a fuga dos criminosos".

Boutti acrescenta que uma das causas para a alta nos roubos e furtos é o aumento na quantidade de veículos nas vias - uma consequência do fim das restrições à circulação de pessoas que vigoravam no ano passado, para conter a disseminação do coronavírus.

"Está muito explícito que os casos de roubo ou furto de veículos estão voltando às médias anteriores à pandemia", estima o especialista.

Especificamente em relação aos furtos, o especialista explica o aumento na demanda por peças ilegais.

"Além de haver mais carros nas ruas, os novos ficaram muito caros e há falta de modelos zero-quilômetro devido à escassez de microchips. Dessa forma, a frota está envelhecendo e cresceu a demanda por peças de reposição para veículos usados, inclusive componentes fornecidos por desmanches ilegais".

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.