Pneu ajuda a reduzir consumo se você fizer sua parte; veja 10 dicas
Diz-se que os pneus são para um automóvel o que um par de sapatos é para nossos pés: se você anda com um tênis rasgado ou de sola solta... Pode ser até um modelo de grife acima de R$ 1.000, mas vai comprometer todo o seu conforto e equilíbrio.
No caso dos pneus, andar com um produto extremamente desgastado, calibrado de forma errada ou fora das especificações, além de ser infração de trânsito em alguns casos, compromete o acerto dinâmico e a estabilidade do veículo.
Isso afeta a segurança, em primeiro lugar, mas também significa maior consumo de combustível. Veja abaixo dez dicas sobre como fazer dos pneus de seu carro quatro aliados para ter uma condução mais tranquila e econômica.
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"Pneus verdes" fazem mesmo diferença?
Produzir pneus de baixa resistência ao rolamento, os chamados "pneus verdes", tem virado prática obrigatório. Estima-se que em até 10 anos todo carro zero-quilômetro sairá de fábrica com esse tipo de produto. Trata-se de um composto de sílica, 10% mais leve que a borracha sintética, e polímeros multifuncionais, que atuam como agentes de reforço na banda de rodagem. ?[A sílica] se mistura com os compostos do pneu com mais facilidade?, diz Fabrice Weisgal, gerente de marketing da Goodyear. Redução de consumo é estimada entre 10% e 30%.
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Qual a importância da calibração?
Pneus muito vazios ou cheios demais interferem diretamente no gasto de combustível e no conforto dos passageiros a bordo. Calibrar de forma incorreta prejudica a própria duração dos compostos. A pressão adequada está descrita no manual do automóvel, podendo também ser reproduzida em etiquetas no batente da porta do condutor ou na tampa do bocal do tanque. Assista ao vídeo e aprenda como fazer a calibração. Leia mais
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Devo fazer rodízio dos meus pneus?
O rodízio deve ser feito em intervalos previstos no manual, a fim de compensar diferenças de desgaste. Tal prática aumenta a durabilidade do produto e garante boa estabilidade. Caso tenha perdido o manual, siga o padrão de realizar o prcedimento a cada 5.000 km (pneus diagonais) ou 8.000 km (modelos radiais). Confira na ilustração acima a ordem correta do rodízio.
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Balanceamento é obrigatório?
Deve ser efetuado em cada conjunto pneu-aro. Portanto, ao trocar o pneu não haverá jeito: é preciso balancear.
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Com que frequência faço o alinhamento?
A cada 10.000 km ou a cada 5.000 km, caso se faça o rodízio). Entretanto, outros indicadores podem sugerir que é hora de realizar o serviço: se o carro está puxando para um lado; se os pneus ?cantam? à toa em qualquer curva ou velocidade; se o "ombro" do pneu apresenta desgaste excessivo; se a banda de rodagem degrada em forma de escamas; se um composto está desgastando mais que o outro; se há trepidação das rodas dianteiras ou vibração excessiva do carro; se a direção está mais rígida e pesada; se o carro caiu de forma brusca em buracos de rua. Atenção: embora recomendável, o alinhamento não é obrigatório na hora de trocar caso tenha sido feito pouco tempo antes.
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Como a cambagem interfere?
A cambagem é uma espécie de alinhamento completo, que inclui o ajuste de inclinação do topo das rodas. Ela pode ser positiva (parte superior fica para fora) ou negativa (para dentro). ?Cambagem positiva excessiva provoca desgaste acentuado no ombro externo; já a negativa pode comprometer o ombro interno?, explicou Fabrice Weisgal, da Goodyear.
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Afinal, qual a hora de trocar?
A dica mais usual é procurar por três letrinhas: TWI (sigla de "Tread Wear Indicator", ou "indicador de desgaste da banda"), que aparece de quatro a oito vezes em toda a volta do pneu. Se as letras começarem a ser ?comidas?, é hora de fazer a troca. Fique de olho também nos ressaltos de borracha entre os sulcos dos pneus ? que têm 1,6 mm de profundidade. Se chegarem ao limite é porque o pneu chegou a um nível de desgaste preocupante.
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E se eu quiser trocar só dois pneus?
É possível, mas recomenda-se optar por um composto de mesma marca e modelo. Não consegue encontrar um desses ou achou um produto similar mais barato? Você pode optar por ele, desde que os pneus novos tenham mesma medida, construção, índice de carga e símbolo de velocidade dos originais. Neste caso, o ideal é deixar, no mínimo, pneus iguais no mesmo eixo. ?Pneus diferentes, mesmo que idênticos em medida, terão comportamentos dinâmicos diferentes e podem comprometer a dirigibilidade do veículo?, alertou José Carlos Quadrelli, gerente de engenharia da Bridgestone.
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Posso trocar o jogo inteiro por pneus de medidas diferentes?
Sim, mas é necessário respeitar a equivalência, ou seja, manter o diâmetro externo equivalente ao dos pneus originais. Caso contrário, corre-se o o risco de ter a leitura do velocímetro errada. Isso ainda interfere na altura do automóvel em relação ao solo, afetando a estabilidade e o comportamento dinâmico do carro. No caso de pneus maiores, pode haver aumento de consumo de combustível, pois o veículo demandará mais força do motor. Além disso, pneus de diâmetro ou largura maiores poderão raspar nas suspensões ou carroceria.
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Quais os riscos de usar pneus desgastados?
Há riscos de estouro, maior suscetibilidade a aquaplanagens e derrapagens, e perda do poder de frenagem. Lembrando que trafegar com pneus fora das condições mínimas de utilização configura infração grave, com multa de R$ 127,69, punição de cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e até apreensão do veículo.
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