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Vetados para nós: argentinos têm carros brasileiros que não podemos comprar

Fabricado em São Paulo, VW Nivus tem verrsão 1.0 turbo menos potente e câmbio manual na Argentina - Divulgação
Fabricado em São Paulo, VW Nivus tem verrsão 1.0 turbo menos potente e câmbio manual na Argentina Imagem: Divulgação

Alessandro Reis, do UOL, em São Paulo (SP)

22/04/2023 04h00Atualizada em 23/04/2023 10h16

Maior polo automotivo da América do Sul, o Brasil produz veículos para abastecer o mercado interno e também para exportação. Dentre os vários países da região que importam automóveis brasileiros está a Argentina. Devido às particularidades e às demandas de cada mercado, carros fabricados aqui para venda no exterior podem ser bastante diferentes daqueles com os quais estamos acostumados.

A principal diferença é a tecnologia flex, exclusiva do Brasil. Por essa razão, modelos nacionais para exportação costumam "beber" apenas gasolina.

Essa não é a única peculiaridade. Confira a seguir exemplos de carros brasileiros que argentinos e clientes de outros países podem comprar e nós não podemos.

Carros nacionais que brasileiros não podem comprar

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    Citroën C3 com motor 1.2

    O Citroën C3 é fabricado em Porto Real (RJ), de onde vai para outros mercados da América do Sul. No Brasil, o hatch traz nas versões mais baratas o motor 1.0 Firefly flex aspirado de origem Fiat, capaz de render 75 cv e 10,7 kgfm.

    Na Argentina, as configurações de entrada do C3 têm o propulsor 1.2 PureTech a gasolina de 82 cv e 11,7 kgfm, mais potente.

    Esse 1.2 é o mesmo motor que aqui equipava as gerações anteriores do C3 e do Peugeot 208.

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    Jeep Renegade manual

    Produzido em Goiana (PE), o Renegade deixou de ser vendido com transmissão manual no Brasil em meados de 2019. Porém, continuou sendo fabricado em Pernambuco com câmbio manual de cinco marchas, mas exclusivamente para abastecer outros mercados, como o argentino.

    Lá, o pedal de embreagem é exclusivo da configuração Sport, que também pode ser automática. Mas tem uma 'pegadinha': nessa versão, o Jeep mantém o velho motor 1.8 aspirado, enquanto no Brasil hoje sempre traz o propulsor 1.3 turbo flex.

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    Renault Oroch 4x4

    A picape fabricada em São José dos Pinhais (PR) é comercializada no Brasil sempre com tração dianteira. Contudo, a fábrica paranaense também produz o utilitário com tração 4x4, exclusivamente para exportação.

    A tração nas quatro rodas é disponibilizada na Argentina apenas na configuração topo de linha Outsider - equipada, como aqui, com o motor 1.3 turbo a gasolina TCe.

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    Toyota Etios

    No Brasil, a Toyota deixou de vender o Etios em abril de 2021, quando o Yaris assumiu o posto de modelo de entrada da marca japonesa em nosso mercado. Mesmo assim, a produção do Etios em Sorocaba, no interior paulista, não foi interrompida e prossegue, em menor escala, apenas para exportação.

    A Argentina é um dos mercados onde o modelo feito aqui continua à venda, com carroceria hatch ou sedã.

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    Volkswagen Nivus manual

    A VW recentemente começou a vender no Brasil Polo e Virtus com uma opção menos potente do motor 1.0 TSI, trazendo a mesma calibração usada no up! e câmbio manual.

    Aqui, Nivus e T-Cross não passaram por essa simplificação e mantiveram o propulsor 1.0 turbo flex com 128 cv e 20,4 kgfm, mais transmissão automática.

    Contudo, o Nivus fabricado em São Bernado do Campo (SP) é exportado para a Argentina e outros mercados na versão de entrada 170 TSI, com 95 cv e pedal de embreagem.

Fonte: Sites oficiais das montadoras citadas na reportagem