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Honda relança Biz carburada para tristeza de moradores de cidades frias

Honda reedita Biz com motor de 100cc e carburador: simplicidade para conquistar mulheres - M.Maranhão/Infomoto
Honda reedita Biz com motor de 100cc e carburador: simplicidade para conquistar mulheres Imagem: M.Maranhão/Infomoto

Aldo Tizzani

Da Infomoto

31/08/2012 12h22

Para o historiador e filósofo norte-americano Henry David Thoreau, a chave para a felicidade estava na simplicidade de "ter apenas o necessário”. Ao que parece, essa foi a receita da Honda ao lançar a Biz 100 2013. 

Segundo a fabricante, o foco do relançamento da motocicleta foi em quem busca economia, praticidade e baixo custo de manutenção. Da antecessora, a Biz 100 2013 herdará sua fama de resistente e quase indestrutível -- foram mais de 10 anos de produção e mais de um milhão de C 100 Biz emplacadas, por isso, até hoje, é tão fácil encontrar uma remanescente em nossas ruas.

A NOVA
A semelhança da nova Biz 100 com a anterior, a Biz 125, é tão grande que ninguém na rua notou que tratava-se do modelo 2013. A boa notícia é que as semelhanças são só visuais.

O novo motor de 97,1 cm³ de capacidade cúbica -- praticamente o mesmo que equipa a Honda Wave no exterior -- tem que girar alto para manter uma velocidade compatível com nossas estradas. A versão ES (de partida elétrica) avaliada superou os 100 km/h no velocímetro e, em algumas descidas, mostrava entusiasmo para chegar a 120 km/h. Para isso, era preciso manter punho torcido enquanto o pequeno propulsor trabalhava na casa dos 7.000 giros buscando sua potência máxima de 6,4 cv.

Nessa situação, o piloto sente a vibração do motor nas pedaleiras e também nas manoplas. Apesar do ritmo frenético, o baixo consumo foi o destaque: pouco mais de 42 km/litro e uma autonomia superior a 230 quilômetros -- o tanque de combustível tem 5,5 litros.

PEGA NO FRIO?
Contudo, é na cidade que a Biz se sente em casa, pois o motor (alimentado exclusivamente com gasolina) pode trabalhar em ritmo mais lento, já que o torque máximo de 0,7 kgfm aparece logo aos 4.000 giros. Não foi preciso trocar as marchas de forma excessiva para manter o giro do motor, pois o câmbio rotativo de quatro marchas se mostrou bem escalonado.

Para os iniciantes, a embreagem centrifuga (que acopla os discos de embreagem com o aumento do giro do motor) é uma grande aliada, pois a moto não corre o risco morrer nas saídas de farol, por exemplo. Na condição urbana, o consumo melhorou para 49 km/l.

Mas nem tudo é alegria. Em dias frios, o piloto sentirá falta da injeção eletrônica e precisará de paciência para um pequeno -- e clássico -- ritual: abrir a torneira de combustível, acionar o afogador, ligar a moto, esperar que o motor atinja a temperatura de trabalho e fechar o afogador.

Enquanto o processo acima é feito, o motociclista poderá ajeitar seus pertences sob o banco, onde cabe até um capacete fechado. Lá também está alojado um modesto estojo de ferramenta. Outra caraterística que faz dessa moto a segunda mais simples do line-up da Honda, perdendo apenas para a Pop, é a ausência do dispositivo de segurança no miolo da chave, chamado shuttle key.

FICHA TÉCNICA: Honda Biz 100 2013

Motor:Monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar.
Potência:6,4 cv a 7.000 rpm.
Torque:0,7 kgfm a 4.000 rpm.
Câmbio:Quatro marchas.
Alimentação:Carburador com 15,9 mm de diâmetro.
Tanque:5,5 litros (1,5 litro de reserva).
Suspensão:

Garfo telescópico com 100 mm de curso (dianteira). 
Braço oscilante com 86 mm de curso (traseira).

Freios:A tambor com 130 mm de diâmetro (dianteiro). 
A tambor com 110 mm de diâmetro (traseiro).
Chassis:Monobloco
Peso:99 kg.

EQUIPAMENTOS
Na busca pelo menor preço e baixo custo de manutenção, o modelo usa freios a tambor nas duas rodas. Embora a Biz não seja uma motocicleta de alto desempenho, esse tipo de freio não tem a mesma eficiência que o freio a disco, portanto o piloto deve ficar atento aos espaços necessários de frenagem.

Na ciclística, o chassi monobloco construído com tubos de aços e as suspensões reforçadas garantem que a Biz terá vida longa, apesar dos buracos de nossas ruas. Equipada com rodas raiadas, a pequena da Honda usa pneu 60/100 17 na dianteira e 80/100 14 na traseira. As medidas são estreitas, mas adequadas as necessidades e os pneus também têm baixo custo de manutenção (R$ 106 o dianteiro e R$ 126 o traseiro).

Destinada a calouros, a nova Biz também tem pela frente o desafio de empolgar as mulheres. Essa fatia de consumidores, segundo dados da Fenabrave, responde por mais de 25% das vendas de moto. Para isso, a fabricante oferece a cor rosa metálica, disponível apenas na versão com partida elétrica (ES). 

Nesta categoria, preço é fundamental para o sucesso do produto. A Honda sabe disso: a versão KS (partida a pedal) custa R$ 5.100 e a ES (partida elétrica) sai por R$ 5.700.