Triumph Daytona 675 R chega ao país por R$ 48.690; leia impressões
Feliz com as vendas dos últimos seis meses (após retornar ao mercado brasileiro), a Triumph finalmente passa a vender sua principal superesportiva no Brasil. A Daytona 675 R, montada em sistema CKD em Manaus (AM), chega em junho por R$ 48.690.
A moto não sofreu apenas mudanças estéticas, mas foi totalmente reformulada -- apesar de ter mantido o motor de três cilindros de 675 cc (ele ganha três cavalos extras, chegando aos 128 cv). Além disso, o chassi é novo e o escapamento foi reposicionado para melhorar a distribuição de peso.
Suas linhas ficaram mais agressivas e os conjuntos ópticos foram renovados. Novas suspensões, auxílios eletrônicos e 1 kg a menos (agora 184 kg) são outras novidades.
NO PAPEL
As modificações no motor são substanciais. O diâmetro e curso dos pistões foram redimensionados, passando de 74 mm x 52,3 mm para 76 mm x 49,6 mm, e projetados para aumentar a rotação máxima do conjunto (500 rpm a mais, segundo a fábrica). A taxa de compressão aumentou de 12.65:1 para 13.1:1.
Os cilindros agora contam com dois injetores, virabrequim está 5% mais leve e um raspador de óleo no cárter inferior passa a remover o líquido das teias de manivela.
O modelo também recebeu sistema de embreagem deslizante, chamado de slip-assist. O equipamento previne que a roda traseira da moto "salte" durante reduções de marcha mais bruscas. Isso permite entrar mais suavemente em curvas. A novidade, de acordo com a Triumph, deixa o acionamento do manete 25% mais leve.
Para completar o sistema de transmissão, o modelo vem equipado com o "quick-shift", sistema de mudança rápida de marcha. O recurso permite subidas de marchas sem embreagem, modificando o tempo de corte da ignição de acordo com a velocidade e a rotação do motor.
EQUILÍBRIO
Mudar o escapamento de lugar não apenas deixou a motocicleta mais equilibrada, como também permitiu o reposicionamento do motor, assim como a alteração de sua geometria. Segundo a Triumph, um dos principais objetivos era melhorar a agilidade. O entre-eixos foi reduzido em 20 mm e agora está com 1.375 mm, graças à inclinação mais acentuada do garfo dianteiro, que passou de 23,9º para 23º.
A suspensão dianteira continua a mesma Öhlins NIX30, mas ganhou 10 mm de curso e reduziu o atrito, oferecendo controle mais preciso de amortecimento e uma maior faixa de regulagens. Na traseira, a atuação do amortecedor Öhlins TTX36 foi revisado por conta do reposicionamento do escapamento.
A nova 675 R vem com freios ABS ajustáveis em três modos: off (desligado), on (ligado) e Circuit -- este último reduz a intervenção do ABS em condições secas e permite que a roda traseira deslize um pouco na entrada da curva.
NA PISTA
Apesar da nova configuração do motor valorizar altas rotações, o torque em baixos e médios giros não foi sacrificado. O piloto pode engatar terceira marcha e acelerar de forma progressiva -- o motor subirá o giro rapidamente.
Ao acionar os freios em uma entrada de curva, feita em terceira marcha, os dois discos flutuantes dianteiros de 310 mm, com pinças monobloco radiais Brembo de quatro pistões, e o disco traseiro de 220 mm impressionaram.
A moto é estável quando exigida e oferece incrível facilidade de pilotagem, apesar da posição esportiva. As saboneteiras (raspadores de joelho, ou "knee sliders") riscam a zebra com a 675 R inclinada. Na saída da curva, uma dosagem progressiva no acelerador garante maior aderência dos pneus.
A configuração de suspensão utilizada foi a mesma que a das motocicletas das concessionárias: um "set-up" mais firme na dianteira, próprio para utilização esportiva, e um acerto em meio termo -- estrada e pista -- na traseira. A sensação foi positiva, transmitindo confiança e esportividade.
Nas saídas de curva, sob forte aceleração, a moto pode balançar um pouco, mas nada que um ajuste preciso não corrija. A combinação entre as suspensões Öhlins e os pneus Pirelli não podia ser melhor. A 675 R é precisa.
A rotação do motor girou, em média, acima das 8.000 rpm, o que é tranquilo se pensarmos que ela atinge 14.400 rpm. Acima dos 11 mil giros o motor responde muito rápido, até mesmo em aceleradas mais suaves.
Triumph Daytona 675 R 2013
+ Motor: Três cilindros opostos, 675 cm³, 4 válvulas/cilindro, refrigeração líquida.
+ Potência: 128 cv a 12.500 rpm.
+ Torque: 7,54 kgfm a 11.900 rpm.
+ Câmbio: Seis marchas.
+ Alimentação: Injeção eletrônica.
+ Dimensões: 2.045mm x 695 mm x 1.112 mm (CxLxA).
+ Peso: 184 kg em ordem de marcha.
+ Tanque: n/d.
+ Preço: R$ 48.690
CONCLUSÃO
A Daytona 675 R 2013 sente-se muito mais à vontade quando está próxima do limite se comparada à versão anterior. Faz exatamente o que piloto manda. Beira a perfeição no quesito pilotagem esportiva.
A superesportiva competirá com a Honda CBR 600 RR (R$ 50.900 com ABS), Kawasaki Ninja ZX-6R 636 (R$ 52.990 com ABS) e Suzuki GSX-R 750 (R$ 49.900 sem ABS). A nova Daytona 675 R será vendida apenas na cor branca.
A versão standard não será lançada, mas a marca afirma estar preparando mais lançamentos -- que devem ser apresentados em outubro, no Salão Duas Rodas 2013.
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