Nova Kawasaki Z1000 é mais arrojada que feroz; Brasil ainda espera
Depois de muitos esboços, flagras e teasers na internet, a Kawasaki finalmente apresentou ao público a nova Z1000 no Salão de Motos de Milão (Itália), no início do mês. O projeto segue o mesmo conceito da Z800, batizado pela marca de "Sugomi" -- expressão japonesa que significa a "energia que inspira temor e impõe respeito".
Assim, a montadora tentou dar um ar mais feroz à supernaked, associando-a aos grandes felinos. Esse mote pode ser observado no vídeo de apresentação do modelo. "A Kawasaki desempenha um papel importante no segmento das supernaked. A Z750, por exemplo, foi a mais vendida em anos anteriores na Europa. Acreditamos que, com essa abordagem única, a nova Z1000 irá aumentar o número de pilotos que sentem uma extrema afinidade por esse tipo de moto", previu o diretor da divisão europeia da fabricante, Yasushi Kawakami.
Para emplacar a Z1000 no mercado do Velho Continente e competir com os modelos de grande porte vendidos por lá, a Kawasaki seguiu a filosofia Sugomi na elaboração do novo motor, porém de forma comedida: a unidade mantém a mesma arquitetura do anterior, só que agora oferece um pouco mais de potência (142 cv a 10.000 rpm, 4 cv a mais do que sua antecessora) e torque (11,3 kgfm a 7.300 giros).
Além disso, a resposta à aceleração também ficou mais rápida, muito graças a uma caixa de câmbio com relação mais curta, o que ajuda a manter a motocicleta em rotações medianas na estrada. Já a capacidade do tanque de combustível foi aumentada de 15 para 17 litros.
É no desenho, contudo, que se percebe a escolha da Kawasaki por uma linha mais agressiva: o conjunto óptico dianteiro da Z1000 foi rebaixado ao limite e ostenta quatro lâmpadas LED, enquanto as carenagens laterais e a traseira também foram remodeladas, ficando mais compactas. Ao mesmo tempo, a disposição do largo guidão em alumínio e das pedaleiras projetam o condutor para frente, imitando uma "posição de ataque".
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