Exclusiva do Brasil, Ducati Panigale S Senna celebra memória do piloto
Falar de Ayrton Senna perto do aniversário de 20 anos de sua morte, a ser completado nesta quinta-feira (1º), é reviver uma saudade. E assim como a palavra "saudade" é exclusiva da língua portuguesa, também será exclusiva para o Brasil a série especial Ducati 1199 Panigale S Senna, limitada a 161 unidades (número alusivo ao total de GPs que o brasileiro disputou na F1) e que começou a ser vendida esta semana.
O preço da superesportiva é alto, fixado em R$ 100.000. Segundo a marca italiana, que atualmente faz parte do Grupo Audi (marca alemã da Volkswagen que o piloto ajudava trazer ao Brasil no ano de sua morte), cada unidade vendida terá parte de seu lucro revertida ao Instituto Ayrton Senna, criado pelo tricampeão mundial e tocado por sua família.
Segundo Ricardo Susini, diretor-geral da fabricante no Brasil, a entidade também participou da criação da série. "A ideia de que fosse uma edição limitada e que tivesse o número de corridas disputadas por ele veio do Instituto", ressaltou.
Apesar da oportuna homenagem, esta não é a primeira Ducati a levar o nome de Senna na carenagem. Em 1995, ano seguinte a seu falecimento no trágico GP de San Marino, em Ímola (Itália), a marca italiana lançou o modelo 916 Senna, versão especial daquela que à época era sua principal superesportiva no mercado.
A 916 Senna contava com modificações sugeridas pelo próprio piloto em conversas com Claudio Castiglioni, então chefe da Ducati e amigo pessoal do piloto. Entre os itens exclusivos estavam peças em fibra de carbono e o tom de cinza escuro, contrastando com as chamativas rodas cor-de-abóbora. “Ele escolheu a cor e os componentes para deixar a moto ainda mais esportiva, mas também divertida de pilotar. Ele queria uma moto de rua, não de pista”, relembrou Susini.
O plano de homenagear Senna na semana em que se completam duas décadas desde sua morte veio um ano antes, em maio de 2013. Inicialmente, a Ducati cogitou levar a ideia adiante com os modelos Monster 796 ou Diavel, recém-nacionalizadas. Entretanto, o próprio perfil de "superesportista" de Ayrton levou a montadora a alterar o projeto e bater o martelo em favor da superesportiva 1199 Panigale.
E, a fim de seguir o "padrão Senna de qualidade" -- o piloto era conhecido por sua meticulosidade e perfeccionismo no trabalho com engenheiros e mecânicos --, a Ducati escolheu para essa série limitada o que de mais esportivo poderia trazer a uma moto de rua.
COMO ELA FICOU
A 1199 Panigale S Senna é equipada com o motor bicilíndrico Superquadro, de 1.198 cm³ e refrigeração líquida, montado em “L” e dotado do famoso comando desmodrômico de válvulas. Ele é capaz de gerar até 195 cv de potência, a 10.750 rpm, e torque máximo de 13,4 kgfm, disponíveis aos 9.000 giros. O câmbio é de seis marchas e conta com o sistema de trocas rápidas Ducati Quick Shift (DQS).
Para segurar toda a força gerada por esse propulsor, o conjunto de freios conta com discos duplos semiflutuantes de 330 mm de diâmetro na roda dianteira, mordidos por pinças de quatro pistões montadas radialmente, e disco único de 240 mm na roda traseira, com pinça de pistão duplo. O sistema ABS (antitravamento) faz parte do pacote.
O quadro monocoque em alumínio se ali ao conjunto de suspensões com ajuste totalmente eletrônico. O garfo dianteiro é invertido e possui 120 mm de curso, contra 130 mm da balança traseira. As rodas em liga leve de três pontas calçam pneus 200/55 ZR17 atrás e 120/70 ZR17 na frente. Ela também agrega controle de tração com oito níves, acelerador eletrônico (ride-by-wire) e três modos de pilotagem: Road (rua), Wet (piso molhado) e Race (pista de corrida).
Nenhuma novidade até aí, já que esses itens já estão inclusos na versão S Tricolore da superesportiva. Mas a Panigale S Senna também é dotada de componentes únicos: paralamas frontal e traseiro, proteções do monobraço e calcanhar, e revestimento do compartimento interno da mesa inferior são em fibra de carbono; os escapamentos, especiais, pertencem à Termignoni; já a pintura é exclusiva e recebe o nome de "Cinza Senna".
Além disso, é claro que não poderia faltar a "assinatura" do multicampeão, estampada na carenagem e nas rodas na cor abóbora, assim como na extinta 916 Senna.
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