Duelo de campeãs: Honda CG Titan é mais completa e cara que Yamaha Fazer
Colocar dois ícones do segmento street frente a frente não é uma tarefa fácil. Honda CG 150 Titan, a motocicleta mais vendida do Brasil, e Yamaha Fazer YS 150, líder entre os modelos da Yamaha nos últimos meses, brigam pelo consumidor que busca uma moto resistente, de manutenção simples e econômica. Entretanto, esse motociclista também quer um modelo com apelo visual e certa dose de esportividade e exclusividade.
Neste comparativo, Infomoto vai além dos aspectos dinâmicos, como desempenho e atributos estéticos, e analisa detalhes como preços das peças de reposição, garantia, seguro, e rede de concessionárias. Condições que influenciam o bolso do motociclista e podem ser decisivas no momento da compra.
A conclusão é de que a pequenina da Honda oferece conjunto mais completo e harmonioso que a concorrente, mas cobra seu preço por isso, a começar pelo valor para tirá-la da loja: R$ 8.180 (versão Titan EX), contra R$ 7.550 (Fazer 150 ED). Além disso, a cotação do seguro, feita em uma corretora de São Paulo (SP) especializada em motocicletas -- e que usou como base um motociclista de 37 anos, casado e morador da capital paulista --, ficou em R$ 1.392,92 para a CG, enquanto a da Fazer alcançou R$ 1.056,32.
Por outro lado, a marca da asa oferece rede com cerca de 1.200 concessionárias, muito mais do que as 500 da Yamaha, e dá garantia de três anos para seu produto, enquanto a rival oferece apenas um. REVISÕES E PREÇOS DE PEÇAS
Como já dissemos, quem compra uma CG 150 Titan tem direito a três anos de garantia. A Honda oferece ainda sete trocas de óleo grátis. Para ter acesso a este benefício, entretanto, é preciso fazer todas as revisões na rede autorizada. As trocas grátis só começam a acontecer a partir da terceira visita. A grande desvantagem é que a montadora não trabalha com tabelas oficiais de valores -- ou seja, o consumidor precisará pesquisar bem para achar a melhor oferta nas concessionárias.
Já a Yamaha determina garantia de um ano para a Fazer, porém com campanha de preços fixos nas revisões até 30.000 quilômetros. Clique aqui para conferir cronograma e valores.
Quando se fala em custo das peças, a Honda representa, pela primeira vez, uma vantagem também financeira. Infomoto pesquisou sete itens específicos em concessionárias das duas fabricantes em São Paulo e encontrou os seguintes preços médios: VISUAL E ITENS DE CONFORTO
Quando se leva em consideração só os gastos, a Fazer parece mais vantajosa. Ao analisar o conteúdo, no entanto, descobre-se por que a Honda cobra mais caro por seu produto. A começar pelo visual: desde a última reestilização, a Titan passou a ter visual mais jovem e a trazer farol e lanternas que remetem a modelos de maior porte. A receita foi seguida pela Yamaha, cujos itens estéticos conferem aspecto até um pouco mais radical.
De qualquer forma, a CG sai na frente quando oferece mais pontos de fixação de bagagem, inclusive um sob o assento, trava lateral para prender o capacete e alça de garupa mais ergonômica -- posicionada nas laterais, enquanto a da Yamaha envolve toda a parte de trás do banco. Os dois modelos falham ao não contar com botão corta-corrente no punho direito -- só o de acionamento do motor.
MECÂNICA E DESEMPENHO
Titan e Fazer usam receita mecânica bastante parecida: motor bicombustível de um cilindro, refrigerado a ar e com injeção eletrônica. As soluções diferem na hora de evitar trepidações típicas dos monocilíndricos: se a CG usa comando de válvula no cabeçote e balancins roletados, a YS 150 conta com balanceador antivibração, pistão de metal leve e cárter de alta rigidez. Na prática, o sistema da Honda é mais eficiente, pois o da Yamaha vibra mais, embora não chegue a incomodar.
Na prancheta, a street da Honda promete entregar 14,2/14,3 cavalos de potência (a 8.500 rpm) e 1,32/1,45 kgfm de torque (a 6.500 rpm), respectivamente com gasolina/etanol. No caso da Yamaha, o desempenho divulgado é de 12,2 cv (a 7500 rpm) e 1,28 kgfm (a 5.500 rpm), com os dois tipos de combustível. Apesar dos números mais baixos, o fato de entregar antes o torque máximo deixa a Fazer mais esperta do que a Titan nas arrancadas e retomadas. Rodando na cidade com etanol, a CG Titan marcou outro ponto ao registrar consumo médio de 30,7 km/l, contra 28,8 km/l da Fazer. Claro que esta medição pode variar muito por conta do estilo de pilotagem, peso transportado e condições das vias -- nos testes individuais feitos anteriormente por Infomoto, por exemplo, ocorreu o inverso: a máquina da Yamaha fez 29,1 km/l e a da Honda, 26,28 km/l.
O conjunto ciclístico da CG -- suspensão dianteira com 135 milímetros de curso e traseira com 106 mm --, se mostrou mais firme para aguentar a buraqueira das grandes cidades. Já o da Fazer, mais curto -- a suspensão dianteira possui 120 mm e a traseira, 92 mm --, tem comportamento mais macio (o que pode ser bom para o conforto).
Quando se fala em freios, a Honda leva grande vantagem por já ter adotado o sistema de freios combinados, que reduz em até 20% o espaço de frenagem e torna a pilotagem mais segura, especialmente para os motociclistas iniciantes.
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