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Dafra Cityclass 200i, R$ 9.390, é scooter descolado para o dia-a-dia

Aldo Tizzani

Da Infomoto

08/01/2015 08h00

Após quase dois anos de espera, finalmente a Dafra começou a vender o Cityclass 200i no Brasil. Com projeto baseado no italiano Garelli XO 200, o scooter chegou por R$ 9.390 -- preço seguido à risca pelas concessionárias, como nova opção ao dominante Honda PCX 150 no segmento de scooters pequenos.

Freios combinados, assoalho plano e dispositivos como entrada USB para carregar celulares dão aura de modernidade ao produto. Para adequá-lo ao mercado local, entretanto -- incluindo as (muitas) saliências de nosso asfalto --, a montadora brasileira teve de fazer 150 modificações em relação ao projeto original.

A expectativa é vender 3.300 unidades nos primeiros 12 meses, meta que não deve ser difícil de alcançar, a julgar pelas primeiras impressões de Infomoto. O Cityclass deverá fazer sucesso entre quem busca aliar estilo descolado a boa mobilidade urbana.

STREETS FICAM PARA TRÁS
O motor de 200 cc, monocilíndrico refrigerado a ar e alimentado por injeção eletrônica, parece até ser de porte maior. Ele é capaz de gerar até 13,8 cv de potência (a 7.500 rpm) e 1,4 kgfm de torque (aos 6.000 giros). 

Dafra Cityclass 200i - Mario Villaescusa/Infomoto - Mario Villaescusa/Infomoto
Entrada USB para carregar smartphones deixa Cityclass 200i mais descolado
Imagem: Mario Villaescusa/Infomoto
A transmissão CVT (continuamente variável), só transmite movimento para a roda traseira depois de 4.000 rotações. Nesse instante, é possível deixar as streets de 125 e 150 cc para trás sem dificuldades. A velocidade máxima supera os 105 km/h, mais do que suficiente para rodar em avenidas e até vias expressas de grandes cidades. 

Em meio ao trânsito pesado, é fácil mudar de direção, embora o centro de gravidade -- um pouco mais elevado que a média, devido ao tamanho das rodas -- possa atrapalhar um pouco a adaptação de pilotos menos experientes. Apesar disso, as rodas aro 16 são o grande trunfo do Cityclass. Calçadas com pneus Pirelli de perfil esportivo, ajudam a absorver impactos e superar obstáculos com eficiência.

Já as suspensões, tradicionais -- garfo telescópio de 87 mm na dianteira; sistema bichoque de 65,6 mm na traseira --, são firmes, absorvendo bem as imperfeições do piso. Na suspensão traseira, aliás, é possível regular a pré-carga da mola para transportar um garupa.

Os freios combinados, que distribuem a força da frenagem entre as duas rodas e serão obrigatórios no Brasil, garantem paradas tranquilas e seguras. Dá até para sentir a modulação proporcionada pelo auxílio. Além disso, as manoplas de borracha oferecem “pegada” confortável, aumentando a sensação de domínio na pilotagem. PRATICIDADE E CONFORTO
Para deslocamentos curtos e paradas rápidas, o Cityclass mostra muita praticidade. O apoio lateral permite estacioná-lo sem precisar do cavalete central, mais indicado no momento da manutenção, e o transporte de objetos é facilitado pelo porta-trecos sob o assento (que comporta até um capacete fechado), porta-luvas e gancho posicionado atrás do escudo. Faz falta só um freio de mão.

Na hora de abastecer, é verdade que o piloto precisa descer do scooter e virar a chave para abrir o banco e ter acesso ao tanque. Por outro lado, basta levantar a aba da tampa e desconectá-la com facilidade. A capacidade do tanque é de seis litros de gasolina, o que, em nossa medição (feita exclusivamente em território urbano), cujo consumo foi de 24,6 Km/l, projeta autonomia de 150 quilômetros.

Conforto também é outro ponto forte do Cityclass, desde o banco em dois níveis, com tecido antiderrapante para o piloto, até as largas pedaleiras retráteis para os pés. Um conjunto bem interessante e seguro para piloto e acompanhante. Na pilotagem noturna, o painel de instrumentos com luz branca permite boa visualização.