Kawasaki Ninja H2 cobra R$ 120 mil para ser a mais rápida do mundo
Ao apresentar a Ninja H2 no Salão de Milão 2014, a Kawasaki deixou suas intenções bem claras: “Não fizemos essa moto porque precisávamos, e sim porque éramos capazes”, vangloriou-se Yasushi Kawakami, diretor geral da marca. A declaração mostrava o desejo de ter uma superesportiva incomparável, única.
Após testá-la, Infomoto pode afirmar: nada é impressionantemente tão rápido quanto a H2, que já está à venda no Brasil por R$ 120.000 (sem contar o frete). Por enquanto, somente 28 unidades foram importadas e, dessas, restam apenas quatro sem comprador.
Para torná-la o veículo de rua com aceleração mais rápida de todo o planeta, a Kawasaki movimentou diversos eixos do grupo no projeto. Um exemplo é o motor 4-cilindros de 1.000 cc e superalimentado por compressor, que foi desenvolvido pela divisão aeronáutica. Pintura, carenagem, quadro... todos os elementos representam o que de mais tecnológico o conglomerado japonês poderia criar.
Quando vista de perto, a Ninja H2 impressiona pelo porte avantajado (2,08 m de comprimento e quase 1,5 m de entre-eixos), pela pintura em camadas (fundo preto e faixas em prata que dão efeito reluzente), e pelo visual cheio de traços futuristas.
A geometria de suspensão é a mesma da ZX-10R, porém com posição de pilotagem um pouco mais relaxada, banco alto (a 82,5 cm do solo) e peso maior (238 kg em ordem de marcha).
Na pista
Domar os 210 cv de potência (a 11.000 rpm) e 13,6 kgfm de torque (a 10.500 giros) da H2 não é exercício para iniciantes. Por mais que seja experiente, o piloto precisa manter controle de tração (em três níveis), ABS (sistema antibloqueio das rodas), controle antiderrapagem e demais dispositivos eletrônicos ligados até se acostumar com tanta força.
O ronco não assusta, e até se assemelha ao de outras esportivas. Chegada a primeira reta da pista de testes de Sumaré (SP), contudo, foi possível notar que, a partir de 7.000 rpm, algo de diferente aconteceu. O compressor, de 2,4 atmosferas de pressão, passou a atuar de forma mais incisiva. No painel, os números do conta-giros analógico acendiam conforme os giros cresciam e, na pequena tela digital, um indicador denominado “boost” mostrava o quanto da pressão extra era aplicada ao motor.
Com aceleração máxima, o piloto sente um nível de retomada fora do comum. Se, com outras esportivas, é possível chegar a 220 km/h naquele circuito, com a nova Ninja a máxima chega a 240 km/h.
Eletrônica e ciclística eficientes
Nas curvas, porém, o comportamento não é tão arisco. Na verdade, sua atuação é até mais suave do que o esperado, apesar de seu porte exigir atuação intensa nas mudanças de direção. Tamanha estabilidade é garantida pela ultramoderna ciclística: suspensões usam garfo invertido Kayaba na dianteira (ar e óleo são separados) e monobraço traseiro amortecido com reservatório de gás, ambos completamente ajustáveis; freios possuem pinças monobloco Brembo de fixação radial e dois grandes discos de 330 mm.
O conjunto sofre para segurar tanta força, mas dá conta do recado. Controles de tração e antiderrapagem, amortecedor eletrônico e assistente de troca de marchas sem embreagem ajudam nesse sentido, embora permitam pequenas empinadas nos níveis mais brandos de atuação.
Pode ser que a Ninja H2 não seja a motocicleta de rua mais rápida para volta lançada em uma pista, mas sem dúvidas é uma máquina especial, dotada de aceleração sem igual. Para quem tem R$ 120 mil guardados e gosta de superesportivas, vale o investimento. Esta motocicleta certamente será um marco na história da velocidade em duas rodas.
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