Motos-conceito e robô motociclista roubam a cena no Salão de Tóquio
Em sua 44ª edição, o Salão de Tóquio sempre serviu de vitrine para futuras tecnologias também nas duas rodas. A de 2015 não será diferente: as principais fabricantes japonesas aproveitam o evento automotivo para mostrar como pensam as motocicletas do futuro. Confira:
Honda
A maior fabricante de motos do mundo aproveitou o amplo estande em Tóquio para apresentar diversos conceitos sobre duas rodas. A motoneta elétrica EV-Cub, releitura da pioneira Super Cub, foca na mobilidade urbana: usa bateria portátil que pode ser retirada para recarga na tomada.
Já o protótipo Neowing, talvez o mais revolucionário de todos, é um triciclo que inclina nas curvas, o que, segundo a fabricante, proporciona ao piloto a sensação de estar em uma moto convencional. Embora a ideia não seja nova, já que Piaggio e Yamaha produzem modelos semelhantes, o Neowing utiliza propulsão híbrida, com propulsor 4-cilindros a explosão auxiliado por outros dois elétricos.
Para quebrar a onda futurista, a pequena esportiva Supersport despertou a imaginação dos jovens pilotos ao trazer equipamentos agressivos para a categoria: suspensão dianteira invertida, pinças de fixação radial e sistema de escape esportivo Akrapovic. Tudo indica que ela será a substituta da CBR 250R, para brigar com Kawasaki Ninja 300 e Yamaha R3.
Mais perto da realidade está a reformulada família “X”, formada pela CB 500X, NC 750X e a VFR 1200X. Todas ganharam desenho mais moderno, com linhas angulosas, e melhorias pontuais, como suspensões ajustáveis e outros detalhes. Produtos globais da Honda, tais novidades certamente virão ao Brasil.
Yamaha
Certamente a montadora que mais ousou em Tóquio. Primeiro, porque decidiu fazer um carro, o esportivo Sports Ride Concept, concebido pelo processo i-Stream, do famoso projetista Gordon Murray (o criador dos Brabham que deram dois dos três títulos de Nelson Piquet, e da McLaren do primeiro campeonato de Ayrton Senna na F1).
Com chassi tubular rígido e painéis, sistema semelhante ao utilizado nos carros de F1 atuais, o protótipo aproxima o motorista do veículo, que o conduz como a uma moto. Pesando apenas 750 kg, o modelo mede 3,9 metros de comprimento e 1,72 m de largura.
Segundo, porque mostrou um robô motociclista capaz de acelerar a nova superesportiva YZF-R1 a mais de 200 km/h. Motobot, como foi batizado, é um humanoide rígido que funde tecnologias da divisão de motos e de robótica da Yamaha.
Por que isso? Segundo a fábrica, a tarefa de controlar os movimentos de uma moto em altas velocidades requer infinitos sistemas de controles que exigem muito precisão. O objetivo é entender esses processos para aplicá-los em novos sistemas de segurança para as motocicletas.
Completa as inovações o triciclo MWT-9, que utiliza o mesmo sistema de rodas que inclinam do Tricity (scooter de três rodas vendido na Europa). Com o propósito de ser um “devorador de curvas”, o MWT-9 carrega visual e motor da MT-09: um 3-cilindros de 850 cm³.
Suzuki
Com o tema “os próximos 100 anos”, a Suzuki chamou a atenção com o pequeno scooter Hustler Scoot, aposta da fábrica para executivos e jovens urbanos. Além do tradicional espaço sob o banco, ele vem com uma mala que pode ser encaixada na plataforma entre as pernas do piloto.
Também chamou atenções a GSX-Concept, um mocape que antecipa traços de uma nova superesportiva, ou até da substituta da Hayabusa.
Porém, o grande destaque não tinha rodas: era um motor bicilíndrico turbo, com cerca de 600 cc -- a marca não deu detalhes sobre especificações --, que poderá equipar uma moto média no futuro. É o conceito de “downsizing” chegando às motos.
Kawasaki
Marca que já se aventura na onda de motores superalimentados -- com as superesportivas Ninja H2 e H2R, cujo propulsor funciona com compressor --, a Kawasaki apresentou um esboço chamado SC 01 Spirit Charger, que propõe um novo modelo equipado com esse mesmo motor. Vale sempre lembrar que H2 e H2R surgiram assim, neste mesmo salão, há dois anos.
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