Ducati XDiavel S é "monstro" de R$ 80 mil; saiba como anda
Intimidadora, potente e, ainda assim, dócil, a Ducati XDiavel S já tem data marcada para chegar ao Brasil. Será em agosto deste ano, com etiqueta que certamente não estará abaixo de R$ 80 mil. O porte robusto, os pneus e algumas linhas são herdadas da Diavel convencional, mas diversos itens mecânicos e estéticos, como motor e as belas rodas cromadas que lembram uma turbina de avião, diferenciam a versão de topo da linha.
O projeto demorou dois anos para ser concluído. O resultado é uma moto longa, baixa e musculosa, sendo a primeira Ducati a usar transmissão final por correia dentada (característica típica do segmento). Com isso, a fabricante italiana dá um recado a rivais como Harley-Davidson VRod Muscle, Yamaha VMax e MV Agusta Brutale Dragster RR: sua cruiser terá pegada bastante esportiva.
Forte, eletrônica e... conectada
Mesmo motor usado pela bigtrail Multistrada 1200, o Testastretta DVT -- bicilíndrico em L com comando de válvulas variável, arrefecimento líquido e 1.262 cc --, tem como novidades os pontos de fixação no quadro treliçado em aço e a bomba de água entre os cilindros, realocada. Ele produz 156 cv de potência (a 9.500 rpm) e impressionantes 13,35 kgfm de torque, entregues logo a 5.000 giros.
A entrega imediata de torque às rodas traseiras foi o que mais impressionou Infomoto em teste pelos arredores de San Diego (Estados Unidos). O consumo médio, nem tanto: 20 km/l. Para dosar o desempenho, três modos de pilotagem -- Urban (potência limitada a 100 cv), Touring (torque suavizado) e Sport (força total) -- e oito níveis de atuação do controle de tração estão presentes.
Além dessas funções, a central eletrônica da XDiavel conta com: sistema ABS (antitravamento) nos freios, em três níveis de atuação; piloto automático; e assistente antiempinadas para arrancadas. Todas as regulagens são facilmente executadas por botões no punho esquerdo e indicadas pelo painel de instrumentos em LCD. Na versão S, aliás, o piloto consegue até parear seu celular via Bluetooth e ter acesso a mensagens de texto, chamadas e até música.
Como pilotá-la
O piloto fica bem acomodado a bordo da XDiavel: braços esticados e abertos em guidão com três pontos de ajuste; pernas apoiadas em pedaleiras com quatro opções de posição; e assento com altura regulável em cinco níveis. São 60 configurações possíveis, portanto.
Em movimento, a cruiser oferece facilidade acima da média do segmento para contornar curvas, com ótimo ângulo de inclinação (40 graus). A ciclística conta com o que há de melhor no mercado -- freios Brembo e suspensão Marzocchi --, conferindo muita segurança, estabilidade e múltiplas opções de regulagem. No caso dos freios, é preciso saber modular a força no manete, pois o sistema entra em ação de forma muito rápida e eficiente (quase ao nível de uma superesportiva).
Após rodar cerca de 260 quilômetros, encontramos muitos elementos positivos: visual arrojado e chamativo (não é à toa que o modelo foi eleito o mais bonito do Salão de Milão 2015), motor "torcudo", postura ergonômica e boa autonomia de 350 quilômetros (proporcionada mais pelo tanque de 18 litros do que pela média de consumo). Apesar dos 247 quilos (em ordem de marcha), o bom nível mecânico e o vasto arsenal eletrônico dão confiança para pilotar de forma segura. Há ainda um amplo leque de acessórios para completar o pacote.
Portanto, trata-se de um modelo para aproveitar tudo que uma boa viagem tem a proporcionar. É destinado a motociclistas experientes e que querem rodar com personalidade, conforto, requinte e algumas doses de adrenalina.
Viagem a convite da Ducati do Brasil.
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