Fazer 150 ganha freios combinados para entrar na lei; veja como anda
Versão mais sofisticada da linha street de 150 cc da Yamaha, a Fazer YS 150 passou por facelift no ano passado e agora ganhou sistema de freios combinados (CBS) para a linha 2017. Equipado com motor bicombustível, painel digital e rodas de liga leve, o modelo custa R$ 9.590.
Batizado pela marca de UBS (Unified Braking System, ou sistema de freios unificados), o dispositivo funcionamento mecanicamente e é relativamente simples. Quando o motociclista pisa no pedal do freio traseiro (a tambor), aciona automaticamente um cabo de retorno que “puxa” o manete do freio dianteiro (a disco).
Desta forma a Yamaha cumpre a resolução número 509/14 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que determina que, até 2019, todas as motos tenham auxílio ABS ou CBS -- esta última parte vale só para modelos abaixo de 300 cc.
A obrigatoriedade segue um cronograma progressivo de implantação, com exigência de que 10% das motos fabricadas no país possuam algum dos dois sistemas já este ano. Com isso, além de cumprir a legislação, a Yamaha coloca a Fazer 150 em base de igualdade com sua principal concorrente, a Honda CG 160 Titan, que já têm o sistema combinado há dois anos.
Ficou mais segura?
É importante frisar que o sistema de freios combinados opera somente quando o piloto aciona o freio traseiro. Ao tentar uma frenagem somente dianteira o sistema de trás não sofre interferência. Na prática seu propósito é corrigir uma deficiência de formação: seja por inexperiência ou medo de capotar, muitos jogam toda a carga de frenagem para a roda traseira.
No teste de Infomoto, sempre que deixamos de usar o freio dianteiro a assistência mecânica foi eficaz em ajudar a levar os 130 kg (em ordem de marcha) da moto à imobilidade de forma mais eficiente do que só o tambor traseiro faria.
Mas calma: não vá achando que o auxílio faz milagres. Em velocidades mais altas é recomendável, para não dizer necessário, distribuir a força de forma manual. O bom é que o UBS não interfere em nada a pilotagem de quem já sabe dosar normalmente os dois freios.
Pegada "esportiva"
Embora a maioria das motos de 150 cc tenha proposta utilitária, a Fazer consegue oferecer ar mais jovem e moderno a partir do visual inspirado em modelos esportivos. Traços angulosos ganharam reforços de pedaleiras recuadas e guidão mais baixo.
Com as mudanças, a posição de pilotagem também ficou mais “esportiva”: pernas flexionadas e tronco levemente inclinado à frente. Nada que comprometa o conforto para quem usa a Fazer de maneira mais moderada. Já quem trabalha o dia inteiro com a street pode não ser tão confortável.
O painel, formado por conta-giros analógico e tela de LCD, ganhou iluminação branca de melhor visualização e novas opções de informação: relógio, autonomia e o chamado indicador Eco, que acende quando o motor trabalha na faixa de rotação de maior eficiência.
Baixo consumo é ponto forte do motor flex de 149,3 cm³ e comando simples no cabeçote, com arrefecimento a ar e injeção eletrônica. Ele oferece 12,2 cv de potência (a 7.500 rpm) e 1,28 kgfm de torque (a 5.500 giros). Rodando com combustível fóssil Infomoto obteve excelente média de 41 km/litro em uso urbano.
No punho esquerdo a novidade é o lampejador de farol. Mas ainda sentimos falta do botão corta-corrente no manete direito.
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