Que a Volkswagen não quer deixar a Tesla abrir espaço na corrida por carros elétricos, isso já é de conhecimento público. Mas a marca alemã aumentou a aposta na intenção de incomodar a fabricante norte-americana e mostrar que veio para ser um concorrente forte no segmento. Hoje, o grande gargalo dos carros elétricos são as baterias. Seja pela capacidade de carga ou pelo custo. O novo projeto da VW promete reduzir o custo em 50%, tornando assim o carro como um todo mais barato e acessível. Item necessário para garantir que a eletrificação aconteça nos próximos anos. Eles divulgaram um novo projeto de aumentar a produção de células de baterias e reduzir o custo. Serão seis gigafábricas (nome dado as fábricas de pacotes de baterias) com capacidade de desenvolver 240 GWh no total. A planta atual, em Skelleftea, na Suécia, terá sua capacidade expandida para 40 GWh. O foco é chegar a esta meta já em 2030. Para que todo o ciclo do carro elétrico seja realmente sustentável, a VW trabalhará junto com seus fornecedores para que 95% de resíduos da matéria-prima sejam reciclados. Isso significa garantir um ciclo de primeiro uso das baterias, nos carros, um segundo ciclo, quando elas já não estiverem com a capacidade máxima, para armazenar energia em casa, por exemplo, para então irem à reciclagem, bem como outros sistemas. Em 2023, a VW quer colocar reduzir a complexidade das células de baterias, melhorando assim a capacidade de produção, custo e rapidez. Diferentemente da Tesla, a VW quer controlar boa parte do processo. Hoje a Tesla tem suas gigafactories, mas trabalha em parceria com marcas como a Panasonic. A Volkswagen quer ser a dona da tecnologia, produzir as baterias para as suas plataformas elétricas modulares. Além disso, a empresa já falou que pode vender essas plataformas para outras empresas que quiserem produzir carros elétricos, mas não tem como desenvolver uma base. Por fim, não basta ter baterias mais eficientes, mas sim uma cadeia de carregamento - e a VW sabe disso. Por isso, fechou uma parceria na Europa com BP, Iberdrola e Enel para criar uma rede de carga rápida (150 kW). A proposta é criar 18 mil pontos de recarga até 2025. Se confirmados os números, isso será uma expansão de rede de carga rápida de cinco vezes maior que a atual. Ainda assim, será apenas 1/3 da demanda total prevista para o Velho Continente em 2025. Além dos parceiros citados, há também a Ionity, que já tem parceria com outra empresa do grupo VW, a Audi. A Volkswagen também trabalha com parceria para aumentar os pontos de recarga rápida nos Estados Unidos e China, outros mercados importantes para o segmento de veículos elétricos. Na operação "Electrify America", a proposta são 3,5 mil pontos de recarga rápida até o final de 2021. No gigante asiático, o foco são 17 pontos até 2025 em uma joint venture com a chinesa CAMS. PUBLICIDADE | | |