Diretor da Porsche é preso na Alemanha durante investigação do "dieselgate"
Executivo estava na Audi quando fraude dos motores a diesel veio à tona
Um executivo da Porsche foi detido na Alemanha após operações de busca e apreensão vinculadas ao escândalo de motores a diesel manipulados, conhecido como "dieselgate". A informação foi repassada à imprensa por uma fonte ligada à montadora.
Um porta-voz da empresa (que pertence ao Grupo Volkswagen) afirmou à AFP que o CEO da Porsche, Oliver Blume, "informou aos funcionários que a Promotoria de Stuttgart decretou a detenção preventiva de um executivo".
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Sem revelar a identidade do detido, um porta-voz da Promotoria de Stuttgart confirmou a detenção de um suspeito por "risco de fuga e ocultação de provas", pouco depois de uma operação contra dois executivos e um ex-diretor da Porsche.
Porém, os jornais Bild e Wirtschaftwoche afirmaram que o executivo detido é Jörg Kerner, ex-diretor de motores da Porsche. Kerner trabalhava na Audi quando explodiu o escândalo.
"A Porsche não desenvolve nem produz motores diesel ou programas associados", afirmou Blume na mensagem enviada aos funcionários da empresa.
Na mira da polícia
Mais de 160 policiais e 30 magistrados foram mobilizados em uma ampla operação de busca e apreensão realizada na última quarta-feira (19) em dez pontos dos estados da Baviera e Baden-Wurtemberg.
Estas foram as primeiras ações contra a Porsche no caso que afeta o Grupo Volkswagen.
A VW admitiu ter equipado 11 milhões de veículos a diesel -- sendo 600 mil deles nos Estados Unidos - com um software que manipulava os resultados dos testes antipoluição e dissimulava emissões que superavam em até 40 vezes o limite permitido por lei.
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