Advogado de Ghosn pede demissão; ex-CEO da Nissan diz que provará inocência
Resumo da notícia
- Motonari Otsuru enviou uma carta de demissão ao tribunal
- Saída de advogados ocorre um dia antes de reunião com juízes e promotores
- Ghosn: demissão é "primeira etapa de processo" que permitirá "restabelecer sua inocência"
O principal advogado de Carlos Ghosn, detido em 19 de novembro e que está em uma prisão de Tóquio desde então por supostas fraudes financeiras, anunciou nesta quarta-feira que pediu demissão.
Motonari Otsuru, um ex-promotor que defendia o executivo que criou a aliança de montadoras Renault-Nissan-Mitsubishi, "enviou uma carta de demissão ao tribunal", assim como seu colega Masato Oshikubo, informa um comunicado divulgado do escritório de advocacia.
Ghosn afirmou que a mudança de advogados é "a primeira etapa de um processo" que permitirá "restabelecer sua inocência".
"Estou impaciente para poder me defender, com vigor, e esta escolha representa para mim a primeira etapa de um processo não apenas para restabelecer minha inocência, mas também para jogar luz sobre as circunstâncias que levaram a minha detenção injusta", afirmou em um comunicado enviado à imprensa.
A demissão dos advogados aconteceu antes da reunião prevista para a próxima quinta-feira (14) entre advogados, juízes e promotores para preparar o julgamento.
Ghosn é acusado de três delitos de abuso de confiança e de dissimulação de renda às autoridades da Bolsa entre 2010 e 2018, o que ele nega. Recentemente, o executivo afirmou ao jornal "Nikkei" que teria sido vítima de um complô armado pela Nissan para tirá-lo do poder da empresa.
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