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Um dia após anúncio de saída do Brasil, Ford se reúne com presidente do TST

Arquivo - Representantes da montadora se reuniram em videoconferência com a presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi (foto) - Giovanna Bembom/TST
Arquivo - Representantes da montadora se reuniram em videoconferência com a presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi (foto) Imagem: Giovanna Bembom/TST

Idiana Tomazelli

Em Brasília

13/01/2021 08h36

Um dia após o anúncio da saída da Ford do Brasil, representantes da montadora se reuniram em videoconferência com a presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Maria Cristina Peduzzi, ontem.

Segundo comunicado da corte trabalhista, o diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, disse que a decisão de reestruturação da empresa na América Latina foi tomada diante de prejuízos obtidos anualmente, amplificados durante a pandemia da covid-19.

"O advogado enfatizou que a empresa sempre valorizou a negociação coletiva e buscou manter uma postura de composição e de apoio aos parceiros, uma vez que parte da produção seguirá ocorrendo até o último trimestre do ano, e outras atividades continuarão sendo realizadas no Brasil", diz a nota do TST sobre a reunião.

De acordo com a assessoria, a presidente do TST lamentou o fechamento das unidades e o consequente desemprego gerado nas respectivas localidades. Cerca de 5 mil postos diretos de trabalho devem ser impactados pela decisão da montadora.

Maria Cristina afirmou que a Justiça do Trabalho está aberta à interlocução. "Somos instrumento de pacificação, seja pela decisão, seja pela promoção da conciliação e da mediação pré-processual. Esperamos que seja possível resolver os conflitos de forma consensual para satisfazer de maneira efetiva a vontade das partes", disse a presidente do TST.