Versão 2.0 XLT garante requinte 'de vitrine' para o EcoSport
Da Auto Press
Especial para o UOL
14/03/2008 19h45
Uma das razões para o sucesso do EcoSport, indiscutivelmente, é o preço. Afinal, o SUV compacto da Ford exibe um design moderninho, é simpático e tem preço inicial por volta de R$ 50 mil. Enquanto isso, os concorrentes com atributos parecidos custam para lá de R$ 70 mil. Só que, na lógica marqueteira dos negócios da indústria automobilística, um modelo precisa ter versões mais "chiques", que emprestem algum status à linha. Têm também a função de "enfeitar" as vitrines das concessionárias.
Apesar de ter melhorado, o acabamento do EcoSport não permite classificá-lo como um modelo sofisticado. Ainda assim, a versão XLT, com motorização 2.0 16V, tem a clara função de agregar uma imagem mais requintada ao jipinho da Ford. Inclusive porque ela responde por apenas 2,5% das vendas no modelo no país.
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Um bom motivo para isso é que esta configuração do EcoSport começa em R$ 63.630. Em compensação, vem com um recheio bastante interessante: airbag duplo frontal, ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico (todos os vidros com sistema "um toque"), ajuste de altura e lombar do banco do motorista, aviso de faróis acesos, alarme, rádio/CD/MP3, banco traseiro bipartido e regulagem de altura do volante, entre outros.
Com a chegada da linha 2008, com um leve face-lift e a alcunha de "novo EcoSport", a gama 2.0 do sport-utility ganhou, ainda, computador de bordo e comando do som na coluna de direção. Segundo a Ford, exigências explicitadas por consumidores do "Eco" em clínicas de avaliação.
Por dentro as mudanças podem ser percebidas nos materiais usados no painel e nas forrações das portas, que aparentam mais qualidade ao toque e aos olhos. O EcoSport ainda ganhou novo quadro de instrumentos, com grafismos de melhor leitura, marcador do nível de combustível com ponteiro, nova manopla do câmbio e um porta-objetos ao centro do painel.
Por fora, a versão tem rodas de liga-leve aro 15, faróis de neblina, pára-choques e molduras na cor da carroceria. O "requinte máximo" da versão é obtido com o reforço da tímida lista de opcionais. Estão disponíveis apenas freios com ABS e EBD e bancos revestidos em couro. Itens que fazem o EcoSport XLT 2.0 pular para R$ 68.790.
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Concorrentes
Sair mais fornido, porém, faz o EcoSport perder o atrativo de ser mais acessível e o aproxima de utilitários compactos, digamos, mais legitimamente lameiros. Em alguns casos, aliás, fica até mais caro. O Chevrolet Tracker, por exemplo, com nível de equipamentos similar, custa R$ 61.274. Já o Mitsubishi Pajero TR4 manual, que só conta com airbag para motorista, começa em R$ 71.690.
Os dois rivais oferecem tração 4x4 com reduzida, o que os credencia para travessias mais exigentes. O EcoSport, no entanto, ganha na motorização. Apesar de todos contarem com propulsores 2.0 16V, o do EcoSport desenvolve 143 cv a 6.000 rpm, com torque máximo de 19,1 kgfm a 4.250 giros, enquanto o do Tracker gera 128 cv e o do TR4, 133 cv -- o jipinho da Mitsubishi, porém, é o único com motor flex.
O modelo da Ford também leva a vantagem no visual mais moderninho e simpático. E com a reestilização, feita em outubro do ano passado, o EcoSport ganhou um ar ligeiramente mais robusto. O capô foi elevado, os pára-choques ficaram mais proeminentes e a grade central recebeu uma barra horizontal.
Fez, vendeu
Ao mesmo tempo, os conjuntos ópticos ficaram maiores e com desenho irregular, seguindo o conceito kinetic, estilo de design da marca que tenta criar a sensação de velocidade pelo alongamento das linhas no sentido da aceleração. Atrás, as lanternas remetem ao Land Rover Freelander, com luzes do tipo canhão em secções redondas.
Além disso, há a questão da capacidade produtiva. No caso da Ford, a planta de Camaçari, na Bahia, já opera no limite, em três turnos. E, mesmo assim, só no ano passado foram entregues mais de 47 mil unidades do EcoSport. O TR4 somou pouco mais de 10 mil e o Tracker vendeu exatas 6.596 unidades. O modelo da GM, aliás, esbarra numa linha de montagem limitada na Argentina. A Ford, por sua vez, ri à toa. Seja nas versões requintadas ou básicas, o fenômeno EcoSport vende tudo que produz.
(por Fernando Miragaya)
DE ZERO A 100 PONTOS, O FORD ECOSPORT 2.0 XLT | |||||||||||
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