DS3, o 'diferenciado' da Citroën, encara Mini e 500 com acerto quase esportivo
Que melhor moldura do que a esplêndida capital francesa para o primeiro teste urbano do Citroen DS3? O novo compacto de prestígio internacional é um dos produtos mais interessantes de 2010, por vários motivos. Do ponto de vista estético, é o primeiro degrau do novo projeto DS. A filosofia subjacente a esta nova família de carros, segundo a Citroën, pode ser sintetizada no slogan "anti-retrô". Enquanto os concorrentes Mini, da BMW, e o 500, da Fiat, se resumem a modelos históricos do passado revistos sob uma interpretação moderna, a montadora francesa quer ir além.
Com o DS3, Citroën aumenta a aposta no conceito 'premium' e encara Mini e 500
Ela procura recuperar o espírito inovador da DS, série de modelos surpreendente para a época -- foi lançada em 1955. O DS3 chega com cinco opções de motorização e três versões de acabamento. Seu preço parte dos 14.470 euros (equivalentes a R$ 37.500) para uma versão básica particularmente bem fornida.
ÁLBUM DE FOTOS |
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MAIS IMAGENS DO DS3 |
O visual do DS3 conquista ao primeiro olhar, graças a um esperto mix entre elegância e dinamismo. Ele lembra uma luxuosa lancha "off-shore", graças às formas suaves, embora não desprovidas de tensão e energia. Chegando mais perto, tem-se uma sensação de opulência: analisando a carroceria e o conjunto óptico munido de LEDs, essa impressão é reforçada. Visto de lado, sua área central torna-se pouco acentuada graças à pintura bicolor.
A meta do DS3 é o segmento premium, no qual a Citroën tem experiência -- e alcança seu objetivo. As partes em metal escovado fazem boa figura, e não parecem falsas ou improvisadas. Os botões do console estão harmoniosamente dispostos, com fácil acesso, enquanto a grande tela do Media Center é bem visível, sem quaisquer problemas, mesmo num dia ensolarado.
O DS3 arranca um sorriso de admiração: há uma sensação de satisfação diante de um fora-de-série em escala urbana -- e isso não é tão distante da realidade, já que, graças às inúmeras possibilidades de personalização, é difícil que um Citroën DS3 seja idêntico ao outro.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
O DS3 foi testado em sua versão mais potente, a 1.6 THP Sport Chic, com 155 cavalos de potência. O motor turbo 1.6 de injeção direta fornece uma sensação sempre brilhante. Suas retomadas são satisfatórias, enquanto o câmbio de seis marchas é eficiente e caracterizado por trocas de relação muito contrastantes.
Como nos carros esportivos, há uma percepção clara do momento da troca de marcha, característica que auxilia o piloto a entrar em simbiose com a máquina. A direção é leve o suficiente para manobras rápidas e estáveis.
Nosso trajeto começou no Arco do Triunfo e, em seguida, fora de Paris, para alcançar as auto-estradas, o que permitiu testar o potencial do DS3 em diversas situações.
A versatilidade do DS3 aparece imediatamente. Dentro do carro, o perfume do couro invade as narinas, enquanto os dedos escorregam sobre o elaborado acabamento dos materiais plásticos do console central. O banco do condutor é confortável e envolve o piloto, enquanto as portas pesadas e sólidas isolam bem o habitáculo dos ruídos exteriores.
O DS3 tem uma esportividade comparável à dos rivais Alfa Mito e Mini Cooper. Rápido para mudar de direção no trânsito, o novo "chéri" da França é estável e muito seguro nas estradas, mesmo em curvas fechadas. A suspensão transmite as imperfeições da pista, característica esportiva exigida pelos motoristas. Embora menos macio que o C3, o DS3 não chega ser desconfortável.
O sistema de controle de estabilidade garante a segurança e não termina sendo invasivo: graças ao bom resultado do novo projeto dos chassis, é difícil o ESP entrar na ação, supondo que não se vá exagerar com o acelerador. Sob o pé direito, comunicam-se os 155 cv e um torque robusto, capazes de garantir -- para um carro compacto -- o desempenho de um GT de pequeno porte. (por Carlos Valente e Ivana Cenci, do Infomotori.com/Itália)
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