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Mitsubishi ASX chega à Europa para agitar o segmento de SUVs médios

Modelo foi criado pra brigar na categoria dos SUV médios e deve desembarcar no Brasil em 2011 -
Modelo foi criado pra brigar na categoria dos SUV médios e deve desembarcar no Brasil em 2011

Da AutoPress

Especial para o UOL

17/07/2010 10h00

A Mitsubishi quer ser protagonista no universo de utilitários. E com o lançamento do ASX na Europa, no Salão de Genebra, em março último, a marca japonesa parece ter os ingredientes certos para ocupar um bom espaço no mercado. E, de quebra, dificultar a vida de modelos como o Nissan Qashqai, Volkswagen Tiguan e Ford Kuga -- com dimensões e altura do solo suficientes para garantir alguma versatilidade no uso. Com 4,3 metros de comprimento, 2,67 metros de distância entre-eixos, 1,78 metros de largura e 1,60 metros de altura, o ASX segue o design das últimas criações da marca. Como o conjunto dianteiro, muito semelhante ao do SUV médio-grande Outlander -- de quem também herda 70% dos componentes. No Brasil, o ASX aparecerá durante o Salão de São Paulo, em outubro. Com estreia prevista para 2011, enfrentará rivais como o Chevrolet Captiva, Hyundai ix35, Kia Sportage, Honda CR-V e Volkswagen Tiguan. Caso a Ford também confirme a vinda do Kuga, o ASX terá mais um forte adversário.

No mercado europeu, o ASX tem versões 4X2 e 4X4 e conta com duas motorizações, uma a gasolina -- 1.6 MIVEC de 117 cv -- e outra a diesel, equipada com bloco 1.8 DI-D MIVEC com 150 cv --, acopladas a um câmbio manual de seis velocidades. A Mitsubishi afirma que o SUV chega à máxima de 200 km/h e faz o zero a 100 km/h em 9,7 segundos. As emissões de CO2 giram em torno de 145 g/km. O motor a diesel é o primeiro da marca a utilizar o sistema de abertura variável das válvulas em veículos de passageiros -- até então, a tecnologia só estava presente na linha diesel de veículos pesados da marca. Em um segundo momento, o ASX poderá contar com uma versão menos potente, com 116 cv, do mesmo propulsor a diesel. Entre os itens de segurança disponíveis estão freios ABS, ESP e sete airbags -- frontais, laterais, de cortina e de joelhos.

Desde a versão básica, a Mitsubishi também oferece piloto automático, sensor de chuva, ar-condicionado automático, direção elétrica assistida, computador de bordo com LCD e rádio com CD e MP3. (por Karina Craveiro)

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Por dentro, é notória a influência dos Lancer e Outlander na criação do ASX, principalmente na concepção e na disposição do painel de instrumentos. A habitabilidade é boa e os lugares traseiros oferecem liberdade suficiente para as pernas e evitar queixas em viagens. A posição de condução é correta e o volante dispõe de dupla regulagem, o que até agora era difícil de encontrar em um Mitsubishi, já que o ajuste em altura era o único que podia ser efetuado. O porta-malas tem uma capacidade de 416 litros, o que é muito salutar, e que pode ser ampliada até os 1.193 litros com o rebatimento do banco traseiro, o que pode ser feito de forma assimétrica.

A linha divide-se em três níveis de equipamento -- Invite, Intense e Instyle. Mas, mesmo a partir da configuração intermediária, já é possível contar com teto panorâmico, faróis de xênon, rodas de liga leve de 17 polegadas, entrada USB e sistema Bluetooth. Há também um pacote ClearTec, que inclui o sistema Start/Stop, que ajuda o ASX na missão de manter os consumos em patamares comedidos. A marca anuncia um valor médio de 8 km/l para a versão a diesel.

No breve contato com o crossover japonês, a versão diesel experimentada com tração 4X2 exibiu um bom fôlego, sobretudo entre as 2.000 e 3.000 rpm. Em regimes mais elevados, o ruído da unidade motriz aumenta mais do que o desejável. Mas nada que atrapalhe a experiência de condução do SUV compacto. Na configuração 4X4 há a opção de se escolher entre tração dianteira, integral e uma opção de bloqueio no diferencial para uma distribuição de 50% para cada eixo. Em Portugal, a versão a diesel custa 27.800 euros, enquanto a versão a gasolina sai por 22 mil euros – o equivalente a R$ 61.569 e R$ 48.724, respectivamente. (por Luiz Guilherme, do AutoMotor/Portugal, exclusivo para Auto Press)