Após reestilização, SpaceFox tenta recuperar sua fatia de mercado
A vida da SpaceFox ficou bastante difícil em 2010. Para começar, as vendas sofreram um baque no início deste ano por conta da tardia renovação visual da station wagon compacta da Volkswagen. Afinal, o Fox promoveu a reestilização visual em novembro do ano passado e a perua só foi adotar o mesmo estilo em maio, sete longos meses depois. Resultado: o desempenho comercial da Space caiu de uma média de 2.600 unidades mês do ano passado para 1.700 no primeiro trimestre deste ano. E, depois das vendas baixas em abril e maio por conta do lançamento da linha renovada e de adequações na linha de montagem na Argentina -- respectivamente 514 e 113 unidades --, o modelo demora a pegar fôlego. Emplacou 288 unidades em junho, 771 em julho e 1.100 em agosto.
FICHA TÉCNICA
Volkswagen Spacefox Sportline 1.6
Motor: | Flex, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha com comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. |
Transmissão: | Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma à ré. Tração dianteira. |
Potência máxima: | 101 cv com gasolina e 104 cv com etanol a 5.250 rpm. |
Torque máximo: | 15,4 kgfm com gasolina e 15,6 kgfm com etanol a 2.500 rpm. |
Diâmetro e curso: | 76,5 mm x 86,9 mm. Taxa de compressão: 12,1:1. |
Suspensão: | Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira interdependente com barras longitudinais, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos. |
Freios: | Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS de série na versão avaliada. |
Pneus: | 195/55 R15. |
Carroceria: | Station wagon em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,18 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,55 m de altura e 2,47 m de entre-eixos. |
Peso: | 1.150 kg. |
Porta-malas: | Entre 430 e 527 litros de acordo com a posição do banco traseiro corrediço. 2.800 litros com o banco rebatido. |
Tanque: | 50 litros. |
Para complicar ainda mais a vida da station, a concorrência também não deu trégua. A Fiat tratou de disponibilizar o novo motor e-Torq 1.8 de 130 cv para a Palio Weekend Adventure, enquanto a Peugeot fez uma promoção de ar-condicionado para toda a linha 207, inclusive a SW. Mas a SpaceFox também fez das suas para melhorar sua performance perante os rivais. Uma lógica meio “narcisista”, baseada em atributos estéticos. A frente adotou a nova identidade visual da marca apresentada no novo Polo europeu e repetida no Fox, com faróis e lanternas traseiras com cortes bem definidos. Por dentro, novos revestimentos, detalhes cromados e quadro de instrumentos originário do Passat CC. O motor continua o 1.6 de 101/104 cv de potência.
No preços, a Space agora começa em R$ 48.790, mas continua com um custo/benefício interessante. A versão Sportline, a que mais vende das quatro configurações da perua, com 50% do mix, parte dos R$ 55.190. Desta forma, se situa justamente entre a 207 SW 1.6 XS automática, que custa R$ 52.290 só com airbag -- a linha 1.6 só dispõe de câmbio automático --, e os R$ 57.330 da Adventure, única da linha Palio Weekend com motor 1.8. A favor da Space, uma habitabilidade mais otimizada. Afinal, o modelo da Volks pegou características de dois segmentos considerados “para a família”. A altura elevada e uma melhor flexibilidade interna dos monovolumes com o perfil de uma station. Tem 1,55 metro de altura, oferece de 430 a 527 litros de volume no porta-malas - com o prático banco traseiro corrediço opcional -, uma quantidade interessante de porta-objetos e porta-copos, além de ajustes do banco e do volante.
Na parte de equipamentos, a Space vem bem recheada. Ar-condicionado, direção hidráulica, trio, chave do tipo canivete, espelhos iluminados nos para-sóis, faróis e lanterna de neblina. A configuração top Sportline ainda recebe itens de segurança, como airbag duplo frontal e freios com ABS. Sensores de chuva, de luminosidade, retrovisor eletrocrômico, retrovisor externo com ajuste elétrico e rebatimento automático no lado direito ao engate da ré, computador de bordo e rodas de liga leve aro 15 são outros itens só encontrados na versão top Sportline. De opcionais, o modelo ainda pode receber revestimento em couro, rádio/CD/MP3 com entradas USB e SD card, volante multifuncional e Bluetooth e sensores de obstáculos traseiros, além do assento traseiro corrediço. Com tudo isso a bordo, a SpaceFox salta para R$ 59.450. (por Fernando Miragaya)
IMPRESSÕES AO DIRIGIR
SpaceFox Sportline 1.6
A SpaceFox permanece aquele carro ideal para o uso urbano e familiar. A station wagon compacta da Volkswagen reúne atributos que marcaram sua proposta de mesclar elementos de perua e minivan. Graças a esta filosofia, mantém um espaço interno interessante para o segmento, com bom espaço para cabeças e pernas de praticamente todos os ocupantes, e habitabilidade exemplar, graças aos amplos acessos e boa distribuição de porta-trecos. Além disso, o modelo argentino ainda oferece uma dirigibilidade eficiente. O motorista desfruta de uma ergonomia prática e com comandos intuitivos, de uma posição elevada de conduzir -- ainda beneficiada pelos bons ajustes de altura do volante e do banco -- e uma visibilidade generosa por todos os lados graças à ampla área envidraçada do carro. O desempenho, por sua vez, é condizente com a proposta. O conhecido motor 1.6 8V de 103 cv com etanol dá conta do recado de mover a SpaceFox, mas sem qualquer pitada de arrojo. As reações ao pedal do acelerador são ágeis, mas as relações compridas de terceira para quarta e de quarta para quinta marchas esmorecem um pouco o fôlego da perua. Na hora das ultrapassagens e de trechos de subida, contudo, a station demonstra ter mais disposição. O motor já enche antes dos 2.500 giros e otimiza retomadas, com um 60 km/h a 100 km/h em eficientes 6,7 segundos. Depois dos 100 km/h, é preciso paciência para ir além com a Space e chegar até 130 km/h. A Volks fala em máxima com etanol de 181 km/h, mas aos 120 km/h o modelo já deixa a desejar na estabilidade. A comunicação entre rodas e volante fica um tanto vacilante e obriga o motorista a correções a todo instante. A suspensão mais macia, que privilegia o conforto ao filtrar bem os buracos, deixa o carro meio bobo e quicando em altas velocidades. Nas curvas, em um comportamento mais agressivo, a perua também tende a desgarrar. Provas de que se trata de um veículo para andar de forma comportada e para desfrutar de sua praticidade a bordo. Além de um consumo que, se não chega a ser exemplar, pelo menos não é assustador. O carro testado em uso 2/3 urbano e 1/3 rodoviário acusou a média de 7,4 km/l com apenas etanol no tanque de combustível. A família agradece. (por Fernando Miragaya) |
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.