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Golf volta a ter versão conversível após três gerações

<b>Golf Cabriolet é a estrela inquestionável do estande da Volkswagen</b> - Claudio de Souza/UOL
<b>Golf Cabriolet é a estrela inquestionável do estande da Volkswagen</b> Imagem: Claudio de Souza/UOL

CLAUDIO DE SOUZA

Editor de UOL Carros<br>Enviado especial a Genebra (Suíça)

04/03/2011 18h30Atualizada em 04/03/2011 20h54

Além de um esboço do que pode ser a Kombi do século 21 (que, salvo engano, começou faz tempo), a Volkswagen apresenta no 81º Salão de Genebra, aberto ao público desde a quinta-feira (3), o SUV Tiguan com visual reformulado -- para resumir, a frente ficou igual às de Jetta, Passat e Touareg -- e a volta do Golf Cabriolet, abandonado durante três gerações do modelo (na contagem europeia, onde ele está na sexta).

O carro é indubitavelmente a grande estrela da marca alemã em Genebra, tanto que o Tiguan repaginado foi diluído no meio de modelos sem novidades, enquanto o Golf conversível ganhou um espaço nobre somente para si.

A primeira pergunta que vem à cabeça ao ver o Golf Cabrio não é "Quando ele vai chegar ao Brasil?", porque para esta a gente já sabe a resposta com 99% de certeza: nunca. Na Europa já se especula sobre a sétima geração do Golf, e no Brasil estamos na quarta-e-meia. Assim, o que intriga mesmo é: O que será do Eos?

Bem, há diferenças importantes entre os dois conversíveis europeus da Volks: o Golf tem capota de lona, que é -- digamos -- menos "nobre" do que a rígida do Eos, mas muito mais fácil de operar. Abri-la ou fechá-la leva menos de dez segundos, e pode ser feito até a velocidade de 30 km/hora, ao contrário do primo, que precisa estar parado para ser "descapotado", como dizem os portugueses.

Pelo fato de a capota se dobrar sobre si mesma e assim ocupar pouco espaço, o Golf Cabrio pode oferecer um porta-malas típico de hatch, de 250 litros com a capota recolhida, enquanto o Eos simplesmente não tem espaço real para carga, totalmente ocupado pelo complicado mecanismo de recolhimento do teto -- e pelo teto propriamente dito.

Mas a principal diferença é de categoria, o que em princípio justifica a existência dos dois modelos. Embora construído sobre a plataforma do Golf V (que tinha a cara do nosso Jetta), o Eos é maior e entrega mais luxo, visual em linha com o restante da gama VW (da qual o Golf se diferencia um pouco) e uma opção de motor V6 de 3.6 litros e 260 cavalos. Para o Golf Cabrio, a extensa gama de propulsores começa com um 1,2 litro turbo a gasolina de 105 cavalos, indo até um 2.0 também turbo, e também com injeção estratificada, de 210 cavalos (há opções a diesel também).

Na Europa o Eos parte, em média, de 27 mil euros (o equivalente a R$ 65 mil). A Volks não divulgou o preço do Golf Cabrio, mas a gama do modelo "normal" começa em 16.570 euros (cerca de R$ 40 mil). Como o Golf está sempre no topo da briga pela liderança de vendas no Velho Continente, é razoável afirmar que, na Europa, o Cabrio chega para ser uma espécie de conversível "quase-popular".

Além do belo desenho da sexta geração do Golf, preservado à exceção de um retoque na traseira para acomodar a peça retrátil, o que chama a atenção na versão Cabrio (que é única, com diversos pacotes de opcionais) é o soberbo acabamento, ao menos nas unidades expostas no salão. Bancos em couro e costura vermelha no revestimento do volante, também em couro, são exemplos do cuidado que a Volks tem com seu carro mais vendido em todos os tempos -- e isso porque na Europa, como dissemos, o Golf é um "carro do povo".