Para chefão da GM, Chevrolet Volt é alvo de 'perseguição política'
Do UOL, em São Paulo
25/01/2012 17h11
Após o presidente norte-americano ser criticado por congressistas republicanos por saudar o bom desempenho da General Motors em seu último discurso, foi a vez do CEO da General Motors, Dan Akerson, misturar política e direção. Em esboço de depoimento ao House Oversight and Government Reform Committee, comitê que supervisiona as ações do governo dos Estados Unidos, Akerson afirma que o Volt é vítima de perseguição política, conforme informações do boletim Automotive News.
"O Volt demonstra a capacidade técnica da GM e ele tem sido injustamente criticado por aqueles que querem criticar os prospectos e a política administrativa da companhia", afirmou Akerson. Como a Casa Branca tem interferência direta na GM pós-crise, a companhia estaria sendo envolvida na disputa entre Barack Obama, democrata, e os republicanos que querem chegar à presidência dos EUA este ano.
Em novembro, o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), responsável por legislar as questões referentes ao trânsito nos EUA, abriu investigação para apurar casos de colisão seguidas de incêndio envolvendo o Chevrolet Volt. De acordo com Akerson, a Chevrolet tratou o processo junto ao NHTSA com extrema urgência.
Na última semana, o órgão encerrou as investigações sobre o caso, afirmando que as mudanças propostas pela GM tornariam o Volt mais seguro e concluindo que não há risco maior de carros elétricos se incendiarem após colisões se comparados com modelos a combustão. O caso rendeu, chegando ao ponto de proprietários do modelo defenderem publicamente o Volt enquanto concessionários Chevrolet recusaram remessas do carro em suas lojas, com medo de encalhe nas vendas.
O comitê, entretanto, investiga porque o NHTSA demorou cinco meses (os primeiros casos de incêndio do Volt ocorreram em junho) para divulgar a ocorrência de incêndios durante os testes de colisão feitos pelo órgão. Esse possível favorecimento à GM, somado à crítica pelo discurso de Obama podem dar um tempero mais, digamos, automotivo à corrida pela Casa Branca em 2012.