Dacia mostra van Lodgy, herdeira da Renault Scénic, e confirma novo Sandero

Marca de baixo custo da Renault, a romena Dacia pode não atrair a mesma atenção em Genebra do que a alcançada por marcas consagradas. Para o mercado brasileiro, entretanto, os carros da fabricante estão entre os mais interessantes. Basta lembrar de Sandero, Logan e Duster, que em nosso país recebem o emblema Renault e são legítimos carros de volume.

Assim, a novidade da vez é o monovolume Lodgy. Chamado na Europa de MPV (veículo multi-proposta), o carro é destinado a famílias grandes que precisam de espaço, mas sem pagar muito por isso. Essa definição causa uma espécie de déjà vu ao brasileiro, afinal, é o principal argumento de marketing da dupla Sandero e Logan. Estilo defasado, acabamento pobre ou qualquer característica ruim fica em segundo plano diante da soma dos itens “espaço" e "baixo preço”.

Aqui na Europa, porém, o “baixo preço” é realmente baixo: 9.900 euros, cerca de R$ 23 mil. O carro será vendido, primeiramente, no leste europeu. O plano, segundo um executivo da marca, é expandir o território de atuação do Lodgy rumo ao restante da Europa para, depois, atacar em países emergentes, como o Brasil, já com o emblema da marca-mãe francesa, talvez um nome mais chamativo e a missão de ocupar o espaço que já foi da Scénic.

TEM ESTILO
Como virou moda entre os monovolumes, o Lodgy tem a opção de ser configurado com cinco ou sete lugares. Na configuração de cinco pessoas, além do espaço bom para os ocupantes, o carro também permite carregar uma bela bagagem: 827 litros. Essa capacidade cai para 207 litros no caso do transporte de sete pessoas, mas pode chegar aos 2.617 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Um verdadeiro latifúndio.

E, para quem achou que esse dia nunca chegaria, uma surpresa: sim, o Lodgy é bonito. O estilo, proporcional, equilibra bem as superfícies planas com os elementos da carroceria, como conjuntos ópticos e apliques de plástico, deixando visual do carro competente. O Lodgy mede 4,5 metros de comprimento, 1,75 metro de altura e ótimos 2,81 m de espaço entre-eixos.

Se no exterior o Lodgy vai bem, quem entrar no carro de olhos fechados vai pensar que está em um Sandero. O painel utiliza um desenho bastante similar ao do hatch, com alguns aprimoramentos no quesito ergonomia -- sim, aqui falamos da posição de comandos como os dos vidros elétricos. Também há itens mais avançados, e provavelmente destinados apenas ao mercado europeu, como um navegador com tela sensível ao toque de sete polegadas, que também controla o sistema de som, interface com o celular e outras funções do carro.

Aqui na Europa, o carro terá quatro opções de motores: duas a gasolina e duas a diesel. Os motores a gasolina são o 1.6 MPI de 91 cavalos e o TCe 115, de 1,2 litro e turbo, capaz de gerar até 122 cavalos. Essas informações abrem espaço para a dedução lógica de que, no Brasil, o carro pode ser equipado pelo menos com os conhecidos blocos flexíveis (gasolina e etanol) 1.6 de 110/115 cv e de 2 litros de 138/142 cv. A conferir.

NOVO SANDERO 
Além de mostrar o Lodgy, a Dacia revelou outra informação interessante para o brasileiro. O hatch Sandero deverá ganhar uma nova geração ainda esse ano, sendo mostrada, provavelmente, no Salão de Paris, no final de setembro. Perguntados sobre quais seriam as novidades desse carro e quando ele chegaria ao Brasil, não houve qualquer tipo de previsão. Mas que ele vem, vem.

* Viagem a convite da Mercedes-Benz