Com 702.014 visitantes, Salão de Genebra apresentou novidades que interessam ao Brasil
O Salão de Genebra, em sua 82ª edição, reuniu 702.014 visitantes nos dez dias em que ficou aberto ao público. Aparentemente um fracasso, visto que esse número representa uma queda de 4,76% em relação à edição de 2011, o evento acabou se destacando pelo conteúdo. De acordo com a organização do salão, foram apresentados cerca de 150 novidades, destinadas somente ao mercado europeu ou ao mundo todo. É um número respeitável -- e que inclui veículos que interessam diretamente ao público brasileiro.
Entre os principais destaques da mostra que desembarcarão no Brasil, estão o Mercedes-Benz Classe A, o Audi A3, o Hyundai i30 SW, o Peugeot 208 e o Dacia Lodgy. Além de apresentar os carros em si, havia um setor do Palexpo (pavilhão em que é realizado o evento) destinado aos chamados "carros verdes". No estacionamento em frente ao pavilhão havia um espaço para que os visitantes pudessem experimentar diversos carros ecológicos. A organização divulgou que foram realizados mais de 10 mil testes do tipo.
ORGANIZAÇÃO SUÍÇA (OU QUASE)
UOL Carros acompanhou in loco os dias de imprensa do evento (6 e 7 de março). E, apesar da facilidade para transitar dentro da mostra, problemas na hora de conseguir as credenciais e no acesso ao Palexpo em si atrapalharam um pouco a experiência. Imprevistos atrapalharam a impressão de crachás, houve problemas com o trânsito no local (há poucas vias de trânsito rápido na região, que ficam saturadas devido ao evento); a organização e eficiência suíça saíram um pouco arranhadas.
A já citada neutralidade do salão -- tradição da Suíça -- também chamou a atenção. Empresas de tuning ocupavam espaços similares aos dos grandes grupos automotivos(algo impensável nos outros salões europeus). E, dado o escasso tempo para apresentar suas novidades, as coletivas de imprensa (duravam 15 minutos cada, sendo que ocorriam duas simultaneamente) foram realizadas de forma discreta, sem grandes shows ou pirotecnia desnecessária. Novamente, nada de privilegiar os grandes.
Ao final do evento, fica claro que a indústria europeia de automóveis, se não é a mesma do período pré-crise, ao menos busca se recuperar. Em tempo: os organizadores creditaram a queda de público ao clima primaveril da região durante os dias do evento. Após um dos invernos mais rígidos da história, o menor sinal de aumento na temperatura faria a população procurar qualquer atividade ao ar livre, em vez de andar pelos corredores do Palexpo.
Resta agora saber se o clima da economia europeia também passará para uma fase mais aquecida. E, se for para usar o Salão de Genebra como termômetro, resta esperar até o dia 7 de março de 2013, que é quando começará a 83ª edição da mostra.
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