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Vendas de carros importados recuam 28,1% em um ano

Chery QQ: como outros importados, ele recuou em abril: 885 vendas, ante 944 em março - Murilo Góes/UOL
Chery QQ: como outros importados, ele recuou em abril: 885 vendas, ante 944 em março Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

14/05/2012 11h53Atualizada em 14/05/2012 12h27

As empresas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) encerraram abril com 11.917 carros emplacados no Brasil, número 12,8% inferior ao de março, que teve 13.666 vendas. Na comparação anual a queda foi mais drástica, de 28,1%: em abril de 2011 as marcas da Abeiva venderam 16.573 veículos importados. Os dados foram anunciados nesta segunda-feira (14), em São Paulo (SP).

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Na leitura da associação, a culpa é do IPI elevado para modelos que vêm de fora do eixo Mercosul-México, em vigência desde dezembro de 2011.

"Os primeiros sinais da influência da alta do IPI começam a aparecer", diz Flavio Padovan, presidente da entidade. "Registramos queda de 12,8% em abril, enquanto o mercado anotou desaceleração de 13,8%. Mas na comparação anual a queda foi de 28,1% para a Abeiva e 10,3% no setor automotivo em geral".

O quadro tende a piorar, segundo Padovan, porque os estoques de importados sem repasse do IPI devem se esgotar entre maio e junho, forçando as empresas a aumentarem os preços ao consumidor.

O dado do quadrimestre também é desfavorável às importadoras. Com 47.380 unidades, elas perderam 9,2% ante as 52.161 emplacadas entre janeiro e abril de 2011. É um valor maior que os 3,1% da queda geral do mercado.

A participação de mercado -- cujo percentual relativamente baixo vem sendo usado como argumento da Abeiva para mostrar que o IPI elevado é desnecessário -- também sinaliza retração: foi de 4,87% no mês passado, contra 6,07% em abril de 2011. Comparando os quadrimestres, a participação recuou de 4,96% para 4,66%.

No entanto, o número de concessionárias cresceu entre janeiro e abril, de 848 pontos de venda para 882 -- ressalvando que se tratam de contratos firmados em 2011. Segundo a Abeiva, cerca de 35 mil pessoas trabalham para as marcas filiadas em todo o Brasil.