Lifan e Effa estão fora da associação de importadoras de carro
As marcas chinesas Lifan e Effa pediram a desvinculação da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), não fazendo parte da entidade desde o final do mês de julho. Por falha da redação, UOL Carros publicou na última terça-feira (14) que as fabricantes tiveram venda zerada no último mês.
Por não estarem mais associadas à Abeiva, Lifan e Effa deixam de ter seu balanço mensal divulgado pela entidade, o que em momento algum significa que ambas tenha deixado de importar seus modelos ao país, nem que tenham deixado de emplacar unidades. A Abeiva, no entanto, mantém os dados acumulados das duas marcas até o final de junho, último mês de participação de Lifan e Effa na associação.
UOL Carros procurou as representações locais das fabricantes chinesas, mas só obteve os dados atualizados de vendas no ano até final de julho (e não de julho somente). A Effa emplacou 3.278 veículos, enquanto a Lifan -- que trabalha apenas com carros de passeio -- vendeu 1.017 unidades. Nos bastidores, a percepção é de que as duas marcas enfrentam grave crise no Brasil.
A falha de informação sobre as duas marcas chinesas não invalida, no entanto, o restante da reportagem sobre a situação das marcas afiliadas à Abeiva. De acordo com a entidade, as vendas de carros importados de marcas sem fábrica no Brasil em julho caíram 4,1% na comparação com o mês de junho e despencaram 41,5% no confronto com os números de 2011. A situação chegou a ser classificada como "insustentável" pelo presidente da entidade.
"A viabilidade dos negócios em nosso setor chega a um ponto insustentável”, afirmou Flavio Padovan, que também comanda a Land Rover no Brasil, em comunicado enviado à imprensa.
O balanço das importadoras para o último mês foi ruim: julho foi fechado com entrega de 10.739 unidades, contra 11.202 unidades emplacadas em junho -- em julho de 2011, apenas para comparar, haviam sido entregues 18.346 carros. Com tais números e mais a dura concorrência com as marcas instaladas no Brasil, a taxação extra de 30 pontos sobre o IPI estabelecida pelo governo e a conjuntura cambial desfavorável, a entidade prevê "consequências irreversíveis", com possibilidade real de perda de empregos no setor que podem chegar a 10.000 postos de trabalho.
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