Topo

Salão de São Paulo teve público menor em 2012 e Anhembi pode ser culpado

Pouco movimento nas bilheterias do Anhembi no último domingo (4), último dia do Salão do Automóvel 2012 - UOL
Pouco movimento nas bilheterias do Anhembi no último domingo (4), último dia do Salão do Automóvel 2012 Imagem: UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/11/2012 12h45

A Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa organizadora do Salão do Automóvel de São Paulo, divulgou nesta sexta-feira (9) o balanço final da edição de 2012 do evento. O número total foi de 748.733 visitantes, 0,3% menor que o do Salão de 2010 (750.823).

De acordo com a Reed, 40% dos ingressos foram comprados pela internet, o que, de fato, evitou que muitas pessoas encarassem grandes filas debaixo de sol escaldante. Outros pontos importantes, ressaltados pela empresa, foram o crescimento do público feminino (este ano, quase 25% do total eram mulheres), o tempo médio de cada pessoa no evento (cerca de 4 horas) e a quantidade de estreias mundiais (Taigun, Onix, HB20X, entre outros).

ANHEMBI PEQUENO
Apesar da redução do público total, o Salão de 2012 cresceu, tanto no número de expositores e carros, quanto na importância. Parte da culpa de não haver um crescimento ainda maior é do Pavilhão do Anhembi, que é limitado em tamanho e estrutura.

"Infelizmente, o Anhembi atua como limitador do crescimento de um evento como este. Temos o problema da falta de ar condicionado no ambiente e a restrição de tamanho de estandes, apesar do número recorde de 49 expositores e 500 carros, toda uma situação que nos faz trabalhar com o mesmo público de 2010", afirma Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed.

"É impossível fazer no Anhembi algo como em Paris, Frankfurt ou outros Salões pelo mundo, que estão liberados para receberem até 1 milhão de pessoas. Não podemos abrir este limite por aqui, pois não temos como assegurar que todos os visitantes sejam recebidos a contento neste espaço", conclui.

A edição de 2014 deve superar a de 2012 em termos de importância, principalmente por causa da tendência econômica mundial, mas a limitação do local será a mesma e devemos ter uma repetição do que aconteceu este ano. A expectativa de solução fica só para depois de 2016, quando o Expo SP (pavilhão em construção no bairro de Pirituba, zona oeste de São Paulo, com previsão de entrega para 2014) poderá se tornar a nova "casa" do evento. Mas até lá, terá de ser no Anhembi mesmo.