Chevrolet diz "estudar" Malibu, mas já o testa no Brasil; leia impressões
A GM apresentou neste domingo (13), a jornalistas brasileiros que estão em Detroit (EUA) para a cobertura do Salão americano, a nova geração do Chevrolet Malibu, que, de acordo com a fabricante, ainda "passa por estudos" para ser lançada no Brasil.
O sedã ficou mais musculoso, com algumas linhas e detalhes inspirados no esportivo Camaro, que deixam seu desenho mais agressivo que o da geração anterior, que por sua vez tinha a traseira baseada na do Corvette -- e que mesmo assim não emplacou no país, fato assumido pela própria GM.
Caso o planejamento para importá-lo "dê certo", a estimativa é que o carro seja lançado no segundo semestre.
O fato é que a GM está fazendo de tudo para aclimatar o sedã ao Brasil. Primeiro, uma unidade esteve no Salão do Automóvel de São Paulo, no último mês de outubro, para "sentir a reação" do público. Mas o principal indício do esforço da marca vem de dois flagrantes de um mesmo carro no Brasil, com quase nenhum disfarce, feitos neste mesmo domingo por dois internautas distintos, Joseval da Cruz Santos Filho e Paulo Henrique de Gouvêa, praticamente no mesmo momento em que testávamos o modelo nos EUA.
Apesar do flagra, a GM afirma ainda não ter definido em qual configuração e de onde o carro viria ao país. O Malibu é produzido em duas fábricas dos EUA, Detroit/Hamtramck e Fairfax, e também na Coreia do Sul, em Bupyeong.
Por não ser fabricado no México, o carro teria de pagar imposto de importação maior, mesmo percalço da atual geração -- que começou sendo vendida a R$ 89.900, mas atualmente é encomendada por quase R$ 100 mil. É bom lembrar que o Sonic também começou sendo importado do país asiático -- no final de 2012, porém, a GM passou a trazê-lo do México --, o que indica que esta é uma opção real, apesar de tudo. A fabricante afirma que sua importação dependerá de "onde a produção estiver melhor".
AVALIAÇÃO
UOL Carros rodou pelas ruas de Troy, cidade vizinha a Detroit, com um Malibu 2.5 LTZ (configuração menos equipada que a do carro visto no Brasil). O sedã, de fato, está mais estiloso e mais elegante que o anterior.
Por dentro, o material evoluiu e deixou de lado o plástico duro que chegou a irritar consumidores na antiga geração. Ainda há plástico, mas de qualidade superior.
Também há vacilos ergonômicos, como a opção de trocas manuais do câmbio automático de seis marchas feitas por um botão em cima da alavanca e não, por exemplo, por borboletas atrás do volante. É uma opção consolidada nos modelos da Chevrolet. Da mesma forma, o console central chega a ser confuso por causa da quantidade de comandos ali colocados.
O espaço traseiro não parece ser de um sedã-grande como o Omega, por exemplo, mas também não decepciona: duas pessoas têm conforto, ao passo que três viajam apenas bem. Claro, desde que os ocupantes da frente não tenham mais de 1,75 m. No total, o entre-eixos é de 2,73 metros, para um carro de 4,86 m de comprimento.
PESADO
Na hora de acelerar, o motor não empolga. O Malibu testado usa o 2.5 aspirado de 197 cv e 26,4 kgfm de torque, intermediário entre o 2.4 Ecotec de 184 cv, também aspirado, e o 2.0 Ecotec Turbo, de 262 cv. São bons números (os da geração anterior, com motor 2.4, eram 171 cv e 22 kgfm), mas que são claramente afetados pelo peso de 1.609 kg.
O câmbio tem respostas lentas e contribui ainda mais para o rodar pacífico do sedã. A suspensão, do tipo McPherson na dianteira e multibraços na traseira, nos pareceu bastante eficiente, pelo menos num país onde o asfalto é um tapete se comparado ao nosso.
De toda forma, o novo desenho e os equipamentos devem garantir ao novo Malibu uma vida mais próspera que a da geração anterior. Resta saber se a opção de importação escolhida pela GM será capaz de satisfazer os fãs do finado Omega, bem como os consumidores nunca atendidos pelo velho Malibu.
ENQUANTO ISSO, NO BRASIL...
Também neste domingo, enquanto UOL Carros testava um exemplar americano do novo Malibu nos Estados Unidos, uma unidade cinza do carro foi flagrada em São José dos Campos (SP), onde a GM mantém fábrica e centro de testes. Com adesivos cobrindo apenas os emblemas de nome, versão e as gravatinhas douradas da grade frontal e porta-malas, o Malibu entregava alguns detalhes, mas também guardou alguns mistérios. A placa verde, por exemplo, era de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e mostra que o carro é testado pela sede da GM do Brasil.
Detalhes cromados de grade e molduras de janelas, desenho das rodas e dupla saída de escapamento indicariam tratar-se, possivelmente, da versão LTZ, topo da gama nos EUA, que conta com o motor 2.5 aspirado de quase 200 cv ou o 2.0 turbo de 262 cv. Lanternas e maçanetas, porém, apontam para a versão anterior LT. O híbrido de equipamentos poderia indicar um "pacote Brasil". Os americanos pagam de US$ 25 mil a US$ 30.700 (entre R$ 50.800 e R$ 63 mil) por estas versões, sendo que a mais cara tem bancos de couro elétricos, ar de duas zonas, rodas aro 18", dez airbags, controle de estabilidade, sensores de mudança de faixa e câmera traseira, entre outros itens. Na Coreia, por sua vez, a versão topo tem menos airbags (seis) e custa perto de R$ 60 mil.
Viagem a convite da Anfavea
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