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Mercedes mostra o CLA, sedã que chega este ano por menos de R$ 120 mil

Mercedes-Benz CLA é apresentado à imprensa em Detroit (EUA), mas não estará no salão - AFP
Mercedes-Benz CLA é apresentado à imprensa em Detroit (EUA), mas não estará no salão Imagem: AFP

André Deliberato

Do UOL, em Detroit (EUA)

14/01/2013 12h01Atualizada em 01/02/2013 11h26

A Mercedes fez bastante barulho para apresentar mundialmente, em evento fechado para mais de 300 jornalistas na noite deste domingo (13), em Detroit (EUA), o até então inédito CLA, sedã feito com base na nova geração do Classe A.

O carro chamou a atenção pela harmonia do desenho externo e pela qualidade do acabamento. A marca afirma que "seu bebê" é o irmão mais novo do CLS (sedã-cupê de quatro portas) e quer repetir o sucesso dele (cerca de 35 mil unidades vendidas em todo o mundo em 2012). O CLA tem 4,63 metros de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e 1,78 m de largura.

Entre os itens de praxe, o novo integrante da família A é equipado com tela de 5,8 polegadas (7" é opcional) no painel, freios e controle de cruzeiro adaptativos, controle de suspensão, rádio por satélite com MP3 e entradas para iPod/iPhone, ar-condicionado de duas zonas, câmera de ré, 10 GB de espaço para música e teto panorâmico.

Também impressionou os jornalistas o coeficiente aerodinâmico de 0,22 cx. De acordo com a Mercedes, é o mais baixo já medido em todo o mundo num carro com fabricação em série.

O CLA começa a ser vendido na Europa ainda neste primeiro semestre (lá o carro será lançado na Berlim Fashion Week, entre os dias 15 e 18 de janeiro; nos EUA, será durante as finais do campeonato nacional de futebol americano, o Super Bowl, em fevereiro). O mais curioso é que o CLA não estará no estande da marca no Salão de Detroit: a prioridade é aos novos Classe E e à Classe GL -- talvez pelo fato de o público americano preferir SUVs a sedãs emergentes.

DE ONDE VEM?
O CLA é produzido na nova fábrica da Mercedes em Kecskemet, na Hungria, a cerca de 92 quilômetros da capital Budapeste. Ao menos por enquanto, a marca afirma que este será seu único local de fabricação. 

Seus sobrenomes são os mesmos da Classe C no Brasil (180, 200 e 250). Os motores disponíveis são 1.6 turbo de 122 cv (CLA 180) e 156 cv (CLA 200) e 2.0 turbo de 211 cv (CLA 250). Ainda há duas versões turbodiesel, um 1.8 de 136 cv (CLA 200 CDI) e um 2.2 de 170 cv (CLA 220 CDI). Todos são equipados com sistema start-stop. 

O câmbio pode ser manual de seis marchas (nas versões 180 e 200) ou automatizado de dupla embreagem com sete marchas (nas versões 220 CDI e 250). A tração é dianteira, a menos que o comprador peça o sistema 4Matic, opcional. Ainda não há nada sobre um CLA AMG.

  • Uli Deck/EFE-EPA

    Dieter Zetsche, presidente do conselho de administração da Daimler e CEO da Mercedes-Benz Cars, afirma que "uma parceria com a Renault-Nissan para produzir o CLA em novas fábricas [uma, possivelmente, no Brasil] ajudaria a reduzir custos, mas que tudo depende de estudos"

E NO BRASIL?
A previsão atualizada de chegada ao país é para 2014. A Mercedes diz que a definição de versões e motores que serão vendidos ainda está "em planejamento", mas já adianta que o carro irá custar menos que a versão de entrada do Classe C, vendida atualmente a R$ 120 mil. O valor estimado para os EUA é de US$ 30 mil; na Europa, 29 mil euros.

Com a confirmação da fábrica da BMW no Brasil, a produção nacional do CLA também foi especulada. A Mercedes não confirma e mantém a posição de que o carro será feito somente na fábrica húngara, ao menos por enquanto.

Questionado sobre uma possível parceria com a Renault-Nissan para a fabricação do modelo em outro país (a fabricante alemã poderia contar com a experiência do grupo nipo-francês em fabricação em massa -- e ceder alguma porcentagem dos lucros -- para, quem sabe, produzir o modelo no Brasil), Dieter Zetsche, presidente do conselho de administração da Daimler e CEO da Mercedes-Benz Cars, afirmou que "isso ajudaria, pois reduziria custos, mas que tudo depende de estudo e nada será definido da noite para o dia".

Viagem a convite da Anfavea