GM aposta alto em Trax no Brasil, mas volta atrás e desconversa sobre SUV
A apresentação da General Motors no Salão de Detroit dedicou quase todo seu tempo para o lançamento do Chevrolet Corvette Stingray 2014, também mostrado na noite de domingo em avant-première mundial. Mas não foi só isso. No salão, a marca também revelou, meio que sem querer, uma importante novidade aos brasileiros.
Numa espécie de mezanino instalado dentro de seu estande no centro de convenções de Detroit, a fabricante exibe alguns de seus produtos dedicados a países emergentes. Do Brasil, vieram o hatch Onix e a minivan Spin, com direito a totem de apresentação com bandeirinhas verde-amarelas.
Outro que estava lá era o novo SUV compacto da fabricante, o Chevrolet Trax, produzido no México. O modelo seria concorrente direto do Ford EcoSport se fosse vendido no Brasil.
Todos os carros colocados neste "puxadinho" possuíam a tal placa informativa (em inglês, obviamente): nela, um resumo sobre o carro, características técnicas e, marcados com pequenas bandeiras, os mercados onde cada carro é/será vendido -- no caso do Onix, o Mercosul é representado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Trax também tinha um cartaz com informações. E nele havia a bandeira do Brasil, e um texto que dizia: "O carro, fabricado na Coréia do Sul e no México, tem expectativa de vendas mais altas em seus países de fabricação e no Brasil, Argentina e Canadá". O site portenho Autoblog percebeu e colocou uma foto no ar.
Cartaz da GM sobre o Trax (esq.) dizia que o modelo deve ter suas melhores vendas, entre outros países, no Brasil; equipe brasileira da montadora pediu, e um novo cartaz foi feito (dir.), agora sem uma palavra sequer sobre o país...
Logo depois, a GM retirou a placa do local (mas deixou Onix e Spin com as suas). Questionados, assessores brasileiros que estão em Detroit disseram que a placa foi removida por estar equivocada: "Ainda não há confirmação oficial sobre a venda do Trax no país", disfarçaram. Isso foi na segunda (14). Nesta terça-feira, uma nova placa sobre o Trax voltou para o lado do carro -- ela foi totalmente refeita e não traz referências ao Brasil. Até a bandeirinha sumiu. Mas a da Argentina continua lá.
As cotas de importação determinadas pelo novo regime automotivo podem estar por trás desse vaivém de desinformação. Para importar o Trax, a GM do Brasil teria de "desimportar" outros modelos.
QUEM É O TRAX
Trax, ou Tracker, como poderá se chamar no Brasil (ressuscitando o nome de um SUV já fora de linha que era gêmeo do Suzuki Vitara), é um SUV feito sobre a mesma plataforma de quase todas as novidades da GM lançadas no Brasil desde 2011: Onix, Cobalt, Sonic e Spin compartilham a mecânica.
O jipinho tem 4,25 metros de comprimento e 2,56 m de entre-eixos, e pode ser equipado (no México) com motores a gasolina (1.6 de 116 cv e 1.4 turbo de 142 cv) e a diesel (1.7 de 132 cv).
No Brasil, o modelo usaria motores 1.6 (o mesmo do Sonic) e 1.8 EconoFlex (de Cobalt e Spin) e chegaria para enfrentar o disputado segmento de SUVs compactos, atualmente dominados por Ford EcoSport e Renault Duster. Outros concorrentes seriam os futuros Peugeot 2008 e, possivelmente, o novo SUV compacto da Honda e o Volkswagen Taigun de produção.
Viagem a convite da Anfavea
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