Comerciais de carro do Super Bowl vão do jeito bad boy ao lado família
Ano após ano, o Super Bowl se consolida como maior evento esportivo do mundo em termos de televisionamento e comercial -- a edição número 47 da decisão do futebol americano, realizada no último domingo (3) entre Baltimore Ravens e San Francisco 49ers, foi vista em 52 milhões de lares nos Estados Unidos, além de ter sido retransmitida para todo mundo. Mas se o resultado do jogo é algo menor e de interesse praticamente restrito aos americanos (os Ravens venceram por 34 a 31), o espetáculo e seus eventos paralelos seguem comentados mesmo após a partida.
É o caso do show com a cantora Beyoncé, que animou o intervalo do jogo no estádio Superdome em Nova Orleans -- ao mesmo tempo em que foi acusado de ter causado um apagão na cidade --, e das milionárias propagandas exploradas cada vez mais pelas fabricantes de carros.
Para exibir um vídeo nos intervalos do Super Bowl, a rede de televisão CBS cobra US$ 4 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por espaços de 30 segundos. As marcas não se fazem de rogadas e abrem seus cofres não apenas para pagar a emissora, mas também para realizar produções que consigam atrair o público do jogo também durante o tempo em que a bola não rola -- tarefa ingrata, afinal o intervalo serve para que o torcedor saia da frente da TV para ir à cozinha, renovar o estoque de bebidas e petiscos, ou ao banheiro.
Quem mais abriu a mão foi a Mercedes-Benz, que gastou US$ 16 milhões (cerca de R$ 32 milhões) só com o espaço para seu comercial de quase 2 minutos, que divulga o novo CLA, sedã baseado na nova geração do Classe A e que é considerado um compacto premium nos Estados Unidos. A conta não inclui o cachê dos astros da propaganda, como o ator William Dafoe (no papel do diabo), a modelo local Kate Upton e o cantor de R&B Usher. Todos são coadjuvantes do jovem que busca todos os chavões atribuídos à posse do carro novo: fama, dinheiro e mulheres. O fato é que com pinta de esportivo e feito para fisgar o público jovem, o CLA vai custar menos de R$ 60 mil por lá. O charme do carro vale até um vídeo extra, que pergunta quem é mais sexy, o carro ou a modelo.
Na contra-mão, o grupo coreano Hyundai tratou de falar com a família americana com os comerciais de sua nova geração de SUVs -- o Hyundai Santa Fe, que chega com versões de cinco e sete lugares e cara de mau, e o Kia Sorento, com o qual os coreanos resolvem contar de onde vêm os bebês -- e do sedã Sonata Turbo, que não é lançamento, mas foi reforçado com motor 2.0 Turbo para aguentar a competição do novo Ford Fusion. Pelo mesmo caminho segue a Toyota com seu novo RAV4 e a atriz Kaley Cuoco, da série "Big Bang Theory", como um gênio que promete realizar os desejos da família ianque, inclusive o de tirar o estepe da tampa traseira do SUV.
A Audi também tenta assegurar seu espaço entre os consumidores americanos apelando à mãozinha da mãe para o filho formando: de S6, o garoto se sente confiante o suficiente para ter uma decisão ousada em seu baile. Por aqui, o alemão é carro de gente grande e custa pelo menos R$ 450 mil. Ousada também é a propaganda principal da Kia, que divulga o novo Cerato (Forte para o mercado norte-americano) num vídeo controverso e até violento -- o carro também chega ao Brasil este ano, mas numa comedida versão 1.6 flex de 128 cavalos (o mesmo motor do Hyundai HB20).
Como não é preciso ser bad-boy para gerar polêmica nos Estados Unidos, a Volkswagen conseguiu ser o centro das discussões com um vídeo totalmente "paz e amor", que embala o novo Fusca no ritmo do reggae, mas foi mal-visto por fazer isso usando atores brancos, de terno e gravata num escritório, em tom bem humorado.
QUANTO VALE O SHOW
Cheia de cifrões é também a premiação do Super Bowl: o jogador Joe Flacco, quarterback do Baltimore Ravens, foi eleito melhor jogador da partida (MVP) e recebeu o recém-lançado Chevrolet Corvette Stingray 2014. O esportivo só chega às lojas no final do ano e ainda não tem preço oficial definido -- em leilão, uma unidade semelhante foi arrematada por US$ 1,1 milhão.
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