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Logan deixa de ser "carrinho feio" da Renault e chega em novembro

Claudio Luís de Souza

Do UOL, em Buenos Aires (Argentina)

19/06/2013 19h13Atualizada em 20/06/2013 17h14

A Renault encerra no Salão de Buenos Aires o mistério sobre o futuro do sedã Logan no Brasil. Lançado em 2007 como uma espécie de Trabant melhorado para o século 21, feio mas espaçoso, antiquado mas robusto, o modelo tem o DNA da Dacia, subsidiária romena da marca francesa -- mas o Logan renovado que teremos em breve no Brasil já nasce como um Renault (ao menos no visual).

ELE ESTÁ ENTRE NÓS

  • Gilianno Rodrigues Assis/UOL

    Envelopamento camuflado, fita adesiva na grade, emblemas retirados das rodas. Esta é o visual do sedã compacto avistado num bolsão de estacionamento na avenida Teotônio Segurado, em Palmas (TO), nesta quinta (20).

    Ainda assim, foi fácil para o leitor Gilianno Assis apontar o novo Logan rodando no Brasil.

O sedã que o público argentino confere de perto a partir desta quinta-feira (20) destaca o enorme emblema da marca na grade frontal. Esta é mais estreita e forma um suave arco invertido, limitado por faróis que, finalmente, ganharam dimensões dignas de um carro de passeio contemporâneo. A referência mais próxima é o facelift do nosso Clio, que, por sua vez, é um pastiche do Clio 4 europeu. O SUV médio Koleos, também mostrado aqui, segue o mesmo desenho.

O Logan de Buenos Aires veio da Turquia, onde é vendido com o emblema da Renault e o nome Symbol (homônimo do sedã que saiu de linha no Brasil este ano); a nova geração do modelo disponível no restante da Europa segue como Dacia e tem outra frente, mas contida. A traseira, no entanto, é a mesma: com lanternas de Volkswagen e quinas aparadas, é mais suave, elegante e bem-resolvida que a do Logan "caixotão" atualmente vendido no Brasil.

Por dentro, o sedã incorpora refinamentos antes impensáveis: há bancos com revestimento em couro, apoio de braço para o motorista, comandos do som no volante, tela de 7 polegadas sensível ao toque, ar-condicionado com escala de temperatura (o ajuste é manual, mas reconheça-se a evolução), ancoragem Isofix traseira, alguns instrumentos digitais e, finalmente, duas luzes de seta no painel (em vez de apenas uma, que pisca independentemente da direção). Nada garante, porém, que as versões a serem vendidas no Brasil tragam esse equipamentos.

  • Claudio Luís de Souza/UOL

    Traseira do novo Logan, meio que "inspirada" na Volks, é muito mais agradável que a atual

A previsão é de que o Logan seja lançado em nosso mercado ainda este ano, possivelmente em novembro, o que já foi antecipado por UOL Carros. O "primo" Sandero só muda em 2014. A Argentina conhece o carro agora, mas o recebe apenas no ano que vem -- afinal, a fabricação é brasileira, em São José dos Pinhais (PR). Até o final da 1ª quinzena de junho, o Logan emplacou 9.481 unidades. Desempenho pífio: já foi ultrapassado, e de forma categórica, até pelo Toyota Etios três-volumes.

MÉGANE ESPORTIVO
Outro destaque da Renault no Salão de Buenos Aires é o Mégane RS. O cupê esportivo está sendo experimentado no Brasil: há duas unidades no país, uma delas exposta em Campos do Jordão (SP), cidade-reduto de um certo endinheirado paulista que, talvez, se interesse por um carro de 265 cavalos e preço acima dos R$ 100 mil.

Caso agrade, o Mégane RS deve compor, de modo minoritário, a cota de 9.600 veículos que a Renault pode importar anualmente, de acordo com as restrições do regime Inovar-Auto. O restante será preenchido pelo SUV compacto Captur, a ser posicionado como modelo premium, acima do Duster.

  • Claudio Luís de Souza/UOL

    Renault Logan, direto da Turquia para o Salão de Buenos Aires: acostume-se com essa cara

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