Chevrolet Agile vem com visual de 2014 e mecânica de 2009
Um ano após a chegada do Chevrolet Onix (releia o texto de lançamento) ao mercado, restou à General Motors olhar com mais carinho para o Chevrolet Agile, modelo que marcou época para a marca em 2009, mas que depois disso só caiu de conceito por falhas conceituais de mecânica, acabamento e estilo. O resultado veio em outubro último, com a apresentação da linha 2014.
Na tabela
R$ 44.090
era R$ 42.990*
Agile LTZ
R$ 46.590
era R$ 45.990*
Agile LTZ Easytronic
R$ 46.140
era R$ 44.990*
Agile Effect
R$ 48.640
era R$ 47.440*
Agile Effect Easytronic
Esta reestilização do visual melhorou o Agile o suficiente para dizermos que ele sempre deveria ter sido -- desde o lançamento em 2009 -- como é agora. Grade e faróis mudaram mais e deixaram de ser desproporcionais como peças de caminhão encaixadas em um carro pequeno. A GM ainda usou friso plástico, que formou uma espécie de bigode delimitando a área do para-choque e dos faróis de neblina -- o estranho é que esta peça remete àquela usada no Fiat Grand Siena.
Na traseira, mudanças quase imperceptíveis, com ajuste também do para-choque e um "jogo dos sete erros" no arranjo dos elementos da lanterna. Achar o que mudou no interior também é tarefa para olhos bem treinados -- o comprador vai perceber que o volante agora tem base chata (única referência à esportividade que este carro pode ter), enquanto pequenas nuances de revestimento passarão batido.
Cara a cara
Mudança deixou estilo do Agile mais aceitável; friso do para-choque remete ao Grand Siena
Quem for às lojas agora atrás do Agile 2014 vai encontrar uma linha enxuta, com só duas versões e duas opções de câmbio. Os preços são:
+ Agile LTZ manual: R$ 44.090
+ Agile LTZ Easytronic (automatizado): R$ 46.590
+ Agile Effect manual: R$ 46.140
+ Agile Effect Easytronic (automatizado): R$ 48.640
Vale lembrar que estes são os preços válidos para o começo de 2014, com o primeiro estágio do aumento do IPI, que será gradualmente elevado ao longo do ano. Em relação a 2013, o Agile LTZ subiu R$ 1.100 na opção manual e R$ 600 na Easytronic; para o Effect, alta de R$ 1.200 em qualquer configuração.
O corte na linha do Agile matou a versão LT, mais básica, e assim adequou o modelo à lei de obrigatoriedade de freios com ABS (antitravamento das rodas) e airbag duplo. Restou apenas a versão LTZ, que sempre teve um pacote mais recheado, falando sobretudo em perfumaria e equipamentos eletrônicos: ar-condicionado simples (mas que emula sistemas mais avançados), direção hidraúlica, volante multifuncional, controle de cruzeiro, computador de bordo, sensor para acendimento automático dos faróis, rodas de alumínio aro 16 (pneus 195/55), chave do tipo canivete, faróis e lanterna de neblina, banco do motorista com ajuste de altura, banco traseiro com encosto rebatível e bipartido, vidro traseiro com limpador e desembaçador, vidros e travas elétricas para todas as portas, retrovisores elétricos, alarme, rádio com leitor de CD, entrada USB e conexão Bluetooth para celular, além de airbag duplo frontal e freios com ABS e EBD (distribuição eletrônica da frenagem) estão inclusos.
Quem leva o câmbio automatizado (também com cinco marchas), ganha reforço na eletrônica que permite ligar o motor com meio giro da chave no tambor e BAS (reforço de frenagem). No caso da versão Effect, lançada como série especial também em outubro, mas que segue à venda, mudam apenas o estilo externo (carregado de adesivos, com teto e retrovisores pretos) e interno (muitos detalhes em vermelho).
+ Baixe e veja a ficha técnica do Chevrolet Agile 2014
+ Veja também a lista de equipamentos
ISSO NÃO MUDA
Infelizmente, a cosmética só afeta a superfície e o Agile 2014 segue com a essência do modelo de 2009, que por sua vez era um carro que parecia saído dos anos 1990. UOL Carros dirigiu o novo Agile e resume assim a experiência: guiar um Agile ainda é ruim. Volante torto, pedais mal calibrados e banco pequeno demais deixam o motorista mal posicionado e cansado pouco tempo após assumir a direção.
Considerando engates, não podemos dizer que o câmbio manual é defasado, mas comanda um motor que o é, o Econoflex 1.4, com 102 cavalos e 13,5 kgfm de torque com etanol. Nada é muito complicado no anda-para da cidade, mas só quem tenta embalar com a pista livre sabe como é se sentir manobrando um dinossauro. Impossível deixar de pensar na evolução SPE/4, usada no Onix (106 cv e 13,9 kgfm com etanol), não adotada possivelmente por motivos comerciais (com o câmbio automático de seis marchas, a questão é de compatibilidade).
Até mesmo algo como positivo, como a eletrônica embarcada, é passível de questionamento e tem cada um de seus méritos derrubados pelo conjunto mais robusto e bem resolvido do Onix. E sempre há a lembrança da (in)segurança embaraçosa, com nota zero no Latin NCAP -- apesar do visual diferente, a geração é a mesma e, assim, a nota ainda vale. Já o Agile...
+ Você também pode assistir à vídeo-avaliação do carro feita pelo Auto+, da Band.
AUTO+: Agile 2014 traz alívio com novo visual e outros vídeos - TV UOL
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