Jeep Grand Cherokee 2014 chega ao Brasil como SUV para ser blindado
Já protegida pelo "guarda-chuva" da Fiat, a Chrysler do Brasil apresentou a renovação de seu carro-chefe no país, o Grand Cherokee agora em modelo 2014. Com mudanças de estilo, conforto e tecnologia, o SUV chega primeiramente na configuração com motor V6 a gasolina, apenas, em versões de R$ 185.900 (Laredo) e R$ 214.900 (Limited), em preços de janeiro de 2014, sempre com câmbio automático de oito marchas da alemã ZF. A configuração a diesel chega apenas em março.
Chama atenção para o Brasil, porém, a eliminação do teto solar de todos os pacotes. A explicação dada pelos executivos da marca para o detalhe mostra bem o perfil do consumidor do SUV grandalhão: maior que o anterior, com duas lâminas de vidro, o novo teto inviabilizaria a segurança da blindagem, "exigência de quase todo comprador do Grand Cherokee".
Segundo a assessora da Chrysler, a blindagem preferida é a nível 3A. Com ela, o gigante de mais de 2,1 toneladas de peso ganha 200 quilos extras. A empresa informou que não costuma indicar blindadoras, mas aponta que as concessionárias costumam ter empresas parceiras.
QUEM NÃO TEM TETO DE VIDRO...
Acima o novo Grand Cherokee americano, com seu teto solar panorâmico...
... que foi retirado do modelo brasileiro (abaixo) por conta da preferência local por blindagem.
COMO É O 2014
O primeiro contato de UOL Carros com o novo Grand Cherokee aconteceu há quase um ano, em março de 2013, durante evento da Chrysler em Detroit (EUA). Em território americano, ouvimos de engravatados e engenheiros que a mão -- e o dinheiro -- da Fiat permitiram à gigante americana voltar a modernizar seus produtos, que ainda estavam "presos" ao padrão dos tempos da parceria com a Daimler (controladora da Mercedes-Benz). Por assim dizer, o Grand Cherokee anterior foi lançado em 2011, mas ainda tinha característica de modelo dos anos 1990, como por exemplo o painel de instrumentos.
Para colocar o Grand Cherokee no século 21, foi preciso modificar visual -- que ficou mais arrojado, atual e até esportivo -- e no conforto interno, apostando em tecnologia. Tudo para brigar em boas condições com europeus de Audi, BMW, Mercedes e até Volkswagen e com os sul-coreanos de Hyundai e Kia.
Sumiram as grandes áreas cromadas na grade dianteira e na tampa do porta-malas. LEDs dominam faróis e lanternas, finalmente. Na cabine, o painel de instrumentos (típico ainda do final dos anos 1990) foi substituído por uma tela de tamanho de tablete (sete polegadas), que tem imagens fixas para velocímetro, conta-giros e outras quatro funções, mas que também pode exibir informações condicionais de direção, do navegador por GPS (Garmin, totalmente em português do Brasil com mapas em 3D) e até do modo como o sistema 4x4 está atuando durante o off-road. No centro do painel, há outra tela enorme sensível ao toque, de cinco ou 8,4 polegadas, para o sistema multimídia (rádio, mídia, telefonia por Bluetooth e ajustes do carro e do ar-condicionado).
É impossível ignorar a influência dos modelos da Range Rover neste painel. Ou na nova transmissão automática de oito marchas, também usada pelos inglesas, apesar de ser alemã (da marca ZF) -- ela é percebida pela alavanca idêntica àquela do sedã de luxo Audi A8 e pelo modo Eco de condução, com marcha lenta e trocas em rotações mais baixas, além de mudanças manuais por borboletas no volante.
Mas finalmente pode-se dizer que o Jeep se igualou ao pares, quando o assunto é conforto.
Há ainda novidades como a maior altura para o solo, o uso de rodas de alumínio de 18 (Laredo) ou 20 polegadas (Limited), dupla saída de escapes cromadas, tampa do porta-malas com subida e descida automáticas comandadas por um botão, retrovisores externos com repetidores de seta e luz de cortesia apontada para o solo (Limited).
Atravessar riacho? Comprador padrão do Grand Cherokee no Brasil vai é encarar enchente.
MELHOR NA LAMA
A Chrysler insistiu em ressaltar que houve um acerto do sistema fora-de-estrada, que ficou 14% mais eficiente em subidas. Mas UOL Carros arrisca dizer que nem 1% dos compradores perceberá a alteração, uma vez que por aqui o uso seguirá predominantemente urbano.
Pena. O Grand Cherokee se porta muito melhor com o controle de marcha reduzida acionado: o pedal fica esperto, a aceleração, mais equilibrada e a dinâmica, menos latente. No asfalto, o motor Pentastar V6 de 3,6 litros a gasolina acaba não dando conta de embalar corretamente o SUV, apesar de seus 286 cavalos de potência e torque de 35,38 kgfm.
Tanto é assim, que a versão CRD (a diesel) deve seguir dominando as vendas quando retornar à cena, em março -- espera-se 50% para o Grand Cherokee diesel, 30% para o Limited a gasolina e 20% para o Laredo a gasolina. O consumo de gasolina, porém, foi bom: o computador de bordo indicou 10 km/l no trecho rodoviário, 7,5 km/l no urbano e cerca de 5 km/l no off-road, após 120 km do teste.
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